A amarga experiência de racismo em Moçambique: a cor da pele, a educação e a sobrevivência do mais forte

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DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v26e2021a5373

Resumo

O presente artigo, de cunho qualitativo hermenêutico e bibliográfico, versa sobre o legado racial deixado pelo colonialismo português em Moçambique, tendo como base a abordagem desenvolvida por Edward Said na obra intitulada Orientalism. Com base nos fundamentos ideológicos por ele apresentados e na compreensão da política colonial de assimilação, desenvolvida na literatura pós-colonial moçambicana, procura-se entender o impacto sociopolítico, econômico e educacional que o ato segregacionista deixou na mesma sociedade. No fim, o artigo propõe a adoção da justiça retificativa como sendo uma alternativa para a sociedade moçambicana solucionar os problemas provocados pela situação acima mencionada de modo a evitar possíveis conflitos entre os seus cidadãos no futuro.

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Biografia do Autor

João Abílio Lázaro, Universidade Aberta ISCED

Universidade Aberta ISCED, Direcção de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. Cidade da Beira, Moçambique.

Diléia Aparecida Martins, Universidade Federal de São Carlos

Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Psicologia. Rod. Washington Luiz, s/n., Jd. Guanabara, 13565-905, São Carlos, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: D.A. MARTINS. E-mail: <dileiamartins@gmail.com>.

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Publicado

2021-12-06

Como Citar

Abílio Lázaro, J., & Martins, D. A. . (2021). A amarga experiência de racismo em Moçambique: a cor da pele, a educação e a sobrevivência do mais forte. Revista De Educação PUC-Campinas, 26, 1–12. https://doi.org/10.24220/2318-0870v26e2021a5373

Edição

Seção

Seção Temática: Ensino, Tradução e Interpretação em línguas de sinais: intersecções entre gênero, raça e etnia