Neocolonialismos digitais e recuos civilizatórios através do agenciamento de infâncias e juventudes
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v29a2024e12079Palabras clave:
Colonialismo digital, Juventudes, Infâncias, Novas direitas, Subjetivação políticaResumen
O ensaio problematiza a ascensão das novas direitas políticas no agenciamento das infâncias e juventudes, através de estratégias discursivas e estéticas afeitas ao cultivo público de reacionarismos, negacionismos e revisionismos, em que os usos inusitados das tecnologias digitais tornaram-se centrais na mobilização e expressão do medo, do cansaço, da desafecção e do ódio nas/ das massas como estruturantes de um projeto neocolonial. Através de estudos de comunicação política, dos estudos da mídia e da infância e da psicologia política, destacadamente, o trabalho busca explicitar alguns acontecimentos (recortados de cenas recentes latino americana e brasileira, já reportados por mídias jornalísticas) e tecer algumas análises em torno desse singular projeto de poder-saber que se alicerça e se fortalece afetivamente pela “gestão do ódio”, com narrativas da destruição (com ênfase nas memórias e nos conhecimentos históricos, científicos, culturais e ambientais) e pela chamada militarização da informação/ comunicação, dentre outros aspectos. O ensaio evidencia uma tendência de crescente onda de socialização e subjetivação políticas violentas – em sua maioria jovem, branca e masculina – isto é, de novas identidades políticas que passam a clamar pelo extermínio do(s) outro(s) “diferente(s)” e do ambiente, por “liberdades individuais” e pela “mão dura” do Estado, dentre outras pautas. O trabalho busca, por fim, discutir algumas possibilidades de enfrentamento nesses cenários.
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