Currículo para a educação e o cuidado da criança de 0 a 5 anos?

Autores

  • Célia Maria Guimarães Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Gilza Maria Zauhy Garms Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v18n1a1895

Palavras-chave:

Cuidar-educar, Currículo, Educação infantil , Política pública, Proposta pedagógica

Resumo

Abordam-se neste texto momentos significativos da política e legislação nacional em relação à visão da criança, do currículo e do trabalho do professor de Educação Infantil, refletindo-se acerca dos avanços e desafios originados da legislação e das políticas nacionais para a Educação Infantil. Assinalam-se possibilidades de formação da identidade de professores e da creche/pré-escola e, por isso, ressignifica-se o cuidar-educar como qualificativo necessário para a construção de um currículo da infância, mas, sobretudo, para programas de formação de professores. Para concluir, propõem-se alguns pressupostos nascidos da trajetória e da política nacional de Educação Infantil. A intenção do artigo é oferecer contributos às reflexões em torno da identidade do professor e da creche/pré-escola brasileira sendo, por conseguinte, refere-se ao currículo capaz de imprimira especificidade e a função da Educação Infantil brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Célia Maria Guimarães, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Professora Doutora, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciência e Tecnologia, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. R. Roberto Simonsen, 305, Centro Educacional, 19060-080, Presidente Prudente, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: C.M. GUIMARÃES. E-mail: <cmgui@fct.unesp.br>.

Gilza Maria Zauhy Garms, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Professora Doutora, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciência e Tecnologia, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. R. Roberto Simonsen, 305, Centro Educacional, 19060-080, Presidente Prudente, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: C.M. GUIMARÃES. E-mail: <cmgui@fct.unesp.br>.

Referências

Barbosa, M.C.S.; Horn, M.G.S. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Barreto, A.M.R.F. Introdução: por que e para que uma política de formação do profissional de educação infantil. In: Brasil. Ministério da Educação. Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília: MEC, 1994. p.11-15.

Becker, F. Vygotsky versus Piaget ou sociointeracionismo e educação. In: Barbosa, R.L.L. Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: Unesp, 2003. p.233-247.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: . Acesso em: 7 maio 2013.

Brasil. Ministério da Educação. Política nacional de educação infantil. Brasília: MEC, 1994.

Brasil. Ministério da Educação. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC, 1995.

Brasil. Ministério da Educação. Proposta pedagógica e currículo em educação infantil: um diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise. Brasília: MEC, 1996a.

Brasil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996b. Seção 1, p.27833.

Brasil. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC, 1998.

Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, 1999.

Brasil. Ministério da Educação. Política nacional de educação infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília: MEC, 2006a.

Brasil. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula

obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da União, 7, fev. 2006b. Seção 1, p.1.

Brasil. Ministério da Educação. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Brasília: MEC, 2006c.

Brasil. Ministério da Educação. Indicadores de qualidade na educação infantil. Brasília: MEC, 2009a.

Brasil. Ministério da Educação. Resolução CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil. Diário Oficial da União, 18 dez. 2009b. Seção 1, p.18.

Bronfenbrenner, U. The ecology of human development. Cambridge: Harvard University, 1979.

Campos, M.M.; Füllgraf, J.; Wiggers, V. A qualidade da educação infantil brasileira: alguns resultados de pesquisa. Cadernos de Pesquisa, v.36, n.127, p.87-128, 2006.

Campos, M.M.; Rosemberg, F. Critérios para um atendimento que respeite os direitos fundamentais das crianças. 6.ed. Brasília: MEC, 2009.

Campos, M.M.; Rosemberg, F.; Ferreira, I.M. Creches e pré-escolas no Brasil. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995.

Corsino, P. (Org.). Educação infantil: cotidiano e políticas. Campinas: Autores Associados, 2009.

Craidy, C.M. A educação da criança de 0 a 6 anos: o embate assistência e educação na conjuntura nacional e internacional. In: Machado, M.L. (Org.). Encontros e desencontros em educação infantil. São Paulo: Cortez, 2002. p.117-132.

Goulart, F.A.L. Para uma pedagogia da infância. Revista Pátio, ano 5, p.6-9, 2007.

Hernández, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Hernández, F.; Ventura, M. A organização do conhecimento por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Holanda, J. Retratos da infância. Revista Educação, ano 15, n.71, p.24-37, 2011.

Katz, L. O que podemos aprender com Reggio Emilia? In: Edwards, C.; Gandini, L.; Forman, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p.37-55.

Kishimoto, M.T. Contextos integrados de educação infantil: uma forma de desenvolver a qualidade. In: Barbosa, R.L.L. Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: Unesp, 2003. p.403-432.

Kramer, S. Direitos da criança e projeto político pedagógico de educação infantil. In: Bazilo, L.C.; Kramer, S. (Org.). Infância, educação e direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2003. p.51-81.

Kramer, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantiI e/é fundamental. Educação & Sociedade, v.27, n.96, p.797-818, 2006. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 14 mar. 2012.

Kuhlmann Júnior, M. Educação infantil e currículo. In: Faria, A.L.G.; Palhares, M.S. (Org.). Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados, 1999. p.51-66.

Leontiev, A.N. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978.

Malaguzzi, L. Historia ideias e filosofia básica. In: Edwards, C.; Gandini, L.; Forman, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p.59-104.

Moss, P. Para além do problema com qualidade. In: Machado, M.L.A. (Org.). Encontros e desencontros em educação infantil. São Paulo: Cortez, 2002. p.17-26.

Nunes, M.F.R. Educação infantil: instituições, funções e propostas. Salto para o Futuro. 2006. Disponível em: . Acesso em: 3 maio 2011.

Nunes, M.F.R.; Corsino, P. A institucionalização da infância: antigas questões e novos desafios. In: Corsino, P. (Org.). Educação infantil: cotidiano e políticas. Campinas: Autores Associados, 2009. p.15-32.

Nunes, M.F.R.; Corsino, P.; Didonet, V. Educação infantil no Brasil: primeira etapa da educação básica. Brasilia: MEC, 2011.

Oliveira, Z.M.R. Creches no sistema de ensino. In: Machado, M.L.A. (Org.). Encontros e desencontros em educação infantil. São Paulo: Cortez, 2002. p.117-132.

Oliveira-Formozinho, J. A visão de qualidade da associação criança: contributos para uma definição. In: Oliveira-Formozinho, J.; Formosinho, J. (Org.). Associação criança: um contexto de formação em contexto. Braga: Livraria do Minho, 2001. p.166-176.

Organização das Nações Unidas. Fontes para a educação infantil. São Paulo: Cortez, 2003.

Piaget, J. O nascimento da inteligência. 3.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1978.

Rocha, H.C. A pesquisa em educação infantil no Brasil: trajetória recente e perspectiva de consolidação de uma pedagogia. 1999. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de

Campinas, Campinas, 1999.

Rosemberg, F. Do embate para o debate: educação e assistência no campo da educação infantil. In: Machado, M.L.A. (Org.). Encontros e desencontros em educação infantil. São Paulo: Cortez, 2002. p.63-78.

Santos, M.O.V. A identidade da profissional da educação infantil. In: Guimarães, C.M. Perspectivas para educação infantil. Araraquara: Junqueira & Marin, 2005. p.87-101.

Sarmento, M.J.; Pinto, M. As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In: Sarmento, M.J.; Pinto, M. As crianças: contextos e identidades. Braga: Universidade do Minho, 1997. p.7-28.

Tyler, R. Princípios básicos de currículo e ensino. Porto Alegre: Globo, 1974.

Vygotsky, L.S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1996.

Wallon, H. Psicologia e educação da criança. Lisboa: Vega, 1979.

Downloads

Publicado

2013-06-27

Como Citar

Guimarães, C. M., & Garms, G. M. Z. (2013). Currículo para a educação e o cuidado da criança de 0 a 5 anos?. Revista De Educação PUC-Campinas, 18(1), 19–35. https://doi.org/10.24220/2318-0870v18n1a1895

Edição

Seção

Seção Temática: Educação Infantil: história, políticas e perspectivas