Os conteúdos televisivos presentes nos gostos e preferências infantis
Palavras-chave:
Formação de Professores, Educação Escolar, Teoria Crítica e PsicanáliseResumo
Nesta investigação buscamos analisar a seguinte questão norteadora do nosso estudo: como as pesquisas da Teoria Crítica e da Psicanálise analisam a atuação da TV e sua provável interferência na formação e desenvolvimento da criança, com as sugestões de maneiras de ser e conceber o mundo? Na revisão bibliográfica sobre o tema, utilizamos estudos de perspectiva teórica da Teoria Crítica que analisa como a indústria cultural tem contribuído para padronizar e uniformizar os gostos, as preferências, as necessidades e o pensamento das crianças e jovens, pois ela se encarrega de difundir os valores éticos e estéticos que geram uma falsa participação na experiência social. Nesse contexto, a decisão sobre preferências e gostos de consumo apenas parece ser da própria criança. A revisão bibliográfica incluiu estudos da Psicanálise que analisa os conteúdos televisivos presentes nos gostos e nas preferências infantis. Por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com doze crianças de sete a dez anos, procuramos identificar quais conteúdos televisivos estão presentes nos gostos e preferências infantis.
Downloads
Referências
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
ADORNO, T. W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
BURGELIN, Olivier. A Comunicação Social. São Paulo: Martins Fontes, 1970.
CAMURRA, L; TERUYA, T. K.; MESTI, R. L. Relatório do projeto de iniciação científica. Maringá: PPG/UEM, 2006.
LAPLANCHE; PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no Século XX: neurose. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
MOREIRA, Alberto da Silva. Cultura Midiática e Educação infantil. Revista Educação e Sociedade. Campinas; Cedes, vol. 24, n. 85, p. 1203-1235, dez. 2003.
PACHECO, Elza Dias. O Pica-Pau: herói ou vilão? Representação social da criança e reprodução da ideologia dominante. São Paulo: Ed. Loyola, 1985.
PACHECO, E. D. Televisão, criança, imaginário e educação. Campinas: Papirus, 1998.
REZENDE, Ana Lúcia de; REZENDE, Nauro Borges de. A Tevê e a criança que tevê. São Paulo: Cortez, 1993.
SOIFER, R. A criança e a TV: uma visão psicanalítica. Porto Alegre: Artes médicas, 1975.
TERUYA, T. K. Trabalho e educação na era midiática. Maringá, PR: Eduem, 2006.
WRIGHT, Charles R. Comunicação de massa: uma perspectiva sociológica. Rio de Janeiro: Block, 1968.
ZUIN, Antônio Álvaro Soares. Sobre a atualidade do conceito de indústria cultural. Cadernos CEDES, Campinas, ano 21, n. 54,
ago.2001.
ZUIN, A.A.S. Seduções e simulacros. Considerações sobre a Indústria Cultural e os paradigmas da resistência e da reprodução
em educação. In: PUCCI, B.(Org.). Teoria Crítica e Educação: a questão da formação cultural na Escola de Frankfurt. Petrópolis:
Vozes/São Carlos: Edufscar, 1994.