A deliberação moral: dimensões intelectuais e afetivas | Moral deliberation: Intelectual and affective dimensions

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v24n1a4232

Palabras clave:

Afetividade. Educação moral. Ética.

Resumen

Há uma “deliberação” moral, um pensar, um refletir que presidem um agir. Toda ação (e o próprio pensar é uma ação) depende, para ser realizada, da dimensão intelectual (a razão) e de uma motivação, ou seja, de uma energética. A deliberação moral e a ação que a segue não fogem à regra. O “dever” moral é uma forma de “querer”, e todo querer implica, por um lado, a formulação de um propósito (dimensão intelectual) e, por outro, uma “vontade” (dimensão afetiva). O artigo apresenta como essas duas dimensões se articulam e constituem a base das decisões dos sujeitos em diferentes contextos e situações, inclusive, o escolar. No que se refere a esse contexto, o texto aborda como a escola pode, por meio de uma “educação moral”, oportunizar aos alunos apreenderem esse fenômeno humano complexo que é a moralidade. Nesse sentido, o alcance desse objetivo se vê favorecido com a vivência de “uma verdadeira vida social aos alunos, no interior da sala de aula”. Vida social que permita relações de cooperação, de reciprocidade, na qual a justiça é fato e não apenas discurso, na qual o aluno poderá conquistar a autonomia moral e valorizar o “respeito de si”. A “verdadeira vida social” permitirá ao aluno vivenciar e compreender, na prática, o que lhe terá sido apresentado verbalmente, e nela investir a sua personalidade. A “verdadeira vida social” vai ajudá-lo a abrir seus horizontes intelectuais da moralidade, e também vai incidir sobre seus sentimentos, sobre a dimensão afetiva de seus juízos e atos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Yves de La Taille, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento da Personalidade. Av. Professor Mello Moraes, 721, Cidade Universitária, 05508-900, São Paulo, SP, Brasil.

Citas

Adler, A. Le sens de la vie. Paris: Payot, 1991.

Alain. Propos sur l’éducation. Paris: PUF, 1948. p.20.

Aristote. Ethique de nicomaque. Paris: Flamarion, 1965.

Camus, A. Le premier homme. Paris: Gallimard, 1994. p.187-188.

Cyrulnik, B. Les vilains petits canards. Paris: Odile Jacob, 2001.

Durkheim, E. L'Education morale. Paris: PUF, 1974.

Freud, S. Malaise dans la civilisation. Paris: PUF, 1971.

Harkot-De-La-Taille, E. Ensaio semiótico sobre a vergonha. São Paulo: Humanitas, 1999.

Kant, E. Traité de pédagogie. Paris: Hachette, 1981. p.45.

Kohlberg, L. Essays on moral development. San Francisco: Harper & Row, 1981.

La Taille, Y. Vergonha: a ferida moral. Petrópolis: Vozes, 2002.

La Taille, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

La Taille, Y. Formação ética: do tédio ao respeito de si. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Perron, R. Les représentations de soi. Toulouse: Privat, 1991.

Piaget, J. Les relations entre l’affectivité et l’intelligence. Paris: Sorbonne, 1954.

Piaget, J. Le jugement moral chez l'enfant. Paris: PUF, 1992. p.309.

Piaget, J. De la pédagogie. Paris: Odile Jacob, 1998. p.44.

Rawls, J. Théorie de la justice. Paris: Seuil, 1971.

Ricoeur, P. Soi-même comme um autre. Paris: Seuil, 1990. p.200.

Spinoza, B. L’Ethique. Paris: Gallimard, 1954.

Turiel, E. The development of social knowledge: Morality and convention. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

Publicado

2019-02-11

Cómo citar

La Taille, Y. de. (2019). A deliberação moral: dimensões intelectuais e afetivas | Moral deliberation: Intelectual and affective dimensions. Revista De Educação PUC-Campinas, 24(1), 5–14. https://doi.org/10.24220/2318-0870v24n1a4232

Número

Sección

Sección Temática: Escuela: conflictos, sentimientos y alteridad