Relações na escola da infância
perspectivas teóricas e didático-pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v18n2a2023Palavras-chave:
Crianças, Educação infantil, Enfoque histórico-cultural, Escola infantil, Relações educativasResumo
Esse artigo retrata percursos e estudos, advindos de pesquisa já concluída, sobre relações constituintes do processo de apropriação-objetivação do mundo da cultura humana pela criança na Escola da Infância, sob o olhar do Enfoque Histórico-Cultural. O estudo configurou-se em consonância com um olhar teórico que entende as relações como propulsoras do processo de humanização e a criança como capaz de aprender desde muito pequena. Inicialmente, há aprofundamento de questões teóricas referentes às regularidades de formação humana entre os três e os seis anos de idade, com base nas proposições do Enfoque Histórico-Cultural. Posteriormente, apresenta-se resultados do percurso metodológico que integrou sessões de observação da prática educativa em escolas de Educação Infantil, envolvendo as relações entre as crianças, os objetos e os adultos; assim como sessões de desenhos e entrevistas semiestruturadas com as crianças. Esses resultados partem de análises advindas das implicações pedagógicas das proposições do Enfoque Histórico-Cultural acerca dos processos de humanização, de mediação e de atividade.
Downloads
Referências
Beatón, A.G. La persona no enfoque histórico-cultural. São Paulo: Linear B, 2005.
Becchi, E.; Bondioli, A. (Org.). Avaliando a pré-escola: uma trajetória de formação de professoras. Campinas: Autores Associados, 2003.
Bissoli, M.F. Educação e desenvolvimento da personalidade da criança: contribuições da teoria histórico-cultural. 2005. Tese (Doutorado em Ensino na Educação Brasileira) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2005.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providencias. Diário Oficial da União, 16 jul. 1990. Seção 1.
Brasil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996. v.84, n.248.
Brasil. Ministério da Educação. Parecer 22, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Diário Oficial da União, 23 mar. 1999. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 15 maio 2010.
Brasil. Ministério da Educação. Resolução no 3, de 3 de agosto de 2005. Define normas nacionais para a ampliação do ensino fundamental para nove anos de duração. Diário Oficial da União, 8 ago. 2005. Seção 1, p.27. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 14 maio 2006.
Brasil. Ministério da Educação. Parecer nº 20, de 11 de novembro de 2009. Revisão das diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Diário Oficial da União, 9 dez. 2009. Seção 1, p.14. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 15 maio 2010.
Campos, M.M.; Rosemberg, F. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC, 1995.
Duarte, N. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas: Autores Associados, 1993.
Edward, C.; Gandini, L.; Forman, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
Faria, A.L.G.; Demartini, Z.B.F.; Prado, P.D. (Org.). Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças. Campinas: Autores Associados, 2002.
Freire, M. A paixão de conhecer o mundo: relato de uma professora. 12.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Garcia, R.L.; Leite Filho, A. (Org.). Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
González Rey, F.L. El lugar de las emociones en la constitución social de lo psiquismo: el aporte de Vigotski. Educação & Sociedade, v.21, n.71, p.1-12, 2000.
Kramer, S. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. São Paulo: Cortez, 2001. p.15-45.
Leontiev, A. Actividad, consciência y personalidad. Buenos Aires: Ciencias Del Hombre, 1978a.
Leontiev, A. A démarche histórica no estudo do psiquismo humano. In: Leontiev, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978b. p.145-200.
Leontiev, A. O homem e a cultura. In: Leontiev, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978c. p.261-284.
Leontiev, A. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: Vigotskii, L.S.; Lúria, A.R.; Leontiev, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5.ed. São Paulo: Ícone, 1988a. p.120-142.
Leontiev, A. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In: Vigotskii, L.S.; Luria, A.R.; Leontiev, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5.ed. São Paulo: Ícone, 1988b. p.59-83.
Márkus, G. El hombre como ser natural universal. In: Márkus, G. Marxismo e antropologia. Barcelona: Grijalbo, 1974. p.8-25.
Mello, S.A. Algumas implicações pedagógicas da escola de Vygotsky para a educação infantil. Pro-posições, v.10, n.1, p.16-27, 1999.
Mello, S.A. Concepção de criança e democracia na escola da infância: a experiência de Reggio-Emilia. Cadernos da F.F.C., v.9, n.1, p.83-93, 2000a.
Mello, S.A. Linguagem, consciência e alienação: o óbvio como obstáculo ao desenvolvimento da consciência crítica. Marília: Unesp, 2000b.
Mello, S.A. O processo de aquisição da escrita na educação infantil: contribuições de Vygotsky. In: Goulart, A.L.; Mello, S.A. (Org.). Linguagens infantis: outras formas de linguagens. Campinas: Autores Associados, 2005. p.23-40.
Mello, S.A. A apropriação da escrita como um instrumento cultural complexo. In: Mendonça, S.G.L.; Miller, S. (Org.). Vigotski e a escola atual: fundamentos teóricos e implicações pedagógicas. Araraquara: Junqueira & Marin, 2006. p.181-202.
Mello, S.A. Não fazer das palavras um atalho ao conhecimento. In: Goulart, A.L.; Mello, S.A. (Org.). Territórios da infância: linguagens, tempos e relações para uma pedagogia para as crianças pequenas. Araraquara: Junqueira & Marin, 2007. p.169-178.
Mukhina, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Oliveira, Z.R. Educação infantil: fundamentos e métodos. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Vigotski, L.S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Vigotski, L.S. A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais, v.8, n.1, p.23-36, 2008. Disponível em: <http://www.ltds.ufrj.br/gis/>. Acesso em: 2 nov. 2008.
Vigotskii, L.S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade pré-escolar. In: Vigotskii, L.S.; Luria, A.R.; Leontiev, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5.ed. São Paulo: Ícone, 1988. p.103-117.
Vygotski, L.S. El problema del desarrollo de las funciones psíquicas superiores. In: Vygotski, L.S. Obras escogidas III. Madrid: Visor, 1995a. p.11-46.
Vygotski, L.S. Método de investigación. In: Vygotski, L.S. Obras escogidas III. Madrid: Visor, 1995b. p.47-96.
Vygotski, L.S. Obras escogidas IV. Madrid: Visor, 1996a. Vygotski, L.S. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996b.
Vygotsky, L.S. El problema del entorno. In: Veer, R.V.; Valsiner, R. (Org.). The Vygotsky reader. Cambridge: Blackwell, 1994.