A construção social do individualismo na profissão docente: como transcender as fronteiras tradicionais da identidade dos professores?

Autores

  • Júlio Emílio Diniz-Pereira Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v20n2a2993

Palavras-chave:

Construção da identidade, Formação de professores, Individualismo, Pesquisa colaborativa, Profissão docente

Resumo

O propósito deste artigo é entender, por meio da análise da literatura norte-americana sobre o tema, como o individualismo vem sendo construído histórica e socialmente como uma das marcas mais fortes e mais resistentes da identidade docente e discutir algumas possibilidades para a construção da colaboração e da solidariedade como novas funcionalidades da identidade dos professores. Discutem-se questões como as seguintes: Por que o individualismo é uma das marcas mais fortes e mais resistentes da identidade docente? Como essa marca foi construída historicamente e socialmente? Existe alguma possibilidade para a construção da colaboração e da solidariedade como novas funcionalidades da identidade dos professores? O “ethos” da ocupação, a estrutura “celular” das escolas, a formação docente, a carreira profissional, bem como as relações que se estabelecem entre os professores e os “outros” nas escolas são aspectos que nos ajudam a compreender como esse fenômeno acontece. Ao final, o texto apresenta algumas ideias de como transcender fronteiras tradicionais da identidade dos professores.

Palavras-chave: Construção da identidade. Formação de professores. Individualismo. Pesquisa colaborativa. Profissão docente.

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Biografia do Autor

Júlio Emílio Diniz-Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Av. Antônio Carlos, 6627, 31270-010,
Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: <juliodiniz@ufmg.br>.

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Publicado

2015-11-09

Como Citar

Diniz-Pereira, J. E. (2015). A construção social do individualismo na profissão docente: como transcender as fronteiras tradicionais da identidade dos professores?. Revista De Educação PUC-Campinas, 20(2), 127–142. https://doi.org/10.24220/2318-0870v20n2a2993