Editorial
Resumen
A questão da qualidade no interior de uma instituição de ensino superior não é um dado de fato que possa ser medido por um termômetro de eficiência, nem se restringe a um valor absoluto cristalizado; muito menos se resume à prescrição de um estado, adequado a um padrão heteronômico ou a normas preestabelecidas do alto, ao qual toda comunidade deva se submeter. Qualidade, principalmente no contexto universitário, é mais meio que meta, é processo democrático e não apenas fim, é movimento de integração entre as diversas instâncias do edifício universitário, é transação de idéias convergentes e divergentes nos andares de debate, em suma, é a constante presença do diálogo entre pessoas e grupos que têm sonhos educacionais em comum, mas também interesses muitas vezes conflitantes em relação a esses sonhos, e que, por essas tensões, preocupam-se e ocupam-se em dar respostas aos seus questionamentos sobre a educação com a qual, de algum modo, estão envolvidos e para a qual trabalham na tentativa de consolidar prioridades, valores e modos de como deve ou pode ser melhor desenvolvida a formação humana e profissional dos estudantes.