Dois momentos distintos da constituição da Pós-Graduação em Educação no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v27e2022a6488Palavras-chave:
Campo educacional, Ciência e tecnologia, Pós-graduação em educaçãoResumo
Objetiva-se, a partir do marco significativo do primeiro curso de mestrado stricto sensu em educação, criado em 1965, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, através de um banco de dados, detectar os contornos do campo da Pós-Graduação em Educação no Brasil, no período de 1965 a 2021. Metodologicamente, um banco de dados foi organizado por meio do aplicativo Office, versão Access 2013, com informações retiradas da Plataforma Lattes, pela lista de professores permanentes dos Programas de Pós-Graduação em Educação. Essa lista foi recolhida na Plataforma Sucupira, ano base de 2021, e sua escolha obedeceu aos conceitos do quadriênio em voga, de 2014 a 2017. Foram arrolados os programas completos ou os que têm apenas o mestrado, sendo definido o conceito mínimo de 3 e o máximo de 7. Por meio de 4.153 docentes-pesquisadores capturados nesse banco de dados, cujas produções acadêmicas foram classificadas em tabelas, categorizadas com as nomenclaturas (artigos, livros, capítulos de livros, etc.) e presentes em seus próprios Currículos Lattes, foi estabelecida uma periodização com respeito aos Programas de Pós-Graduação em Educação instalados nas 5 regiões do Brasil. Relacionados os dados desse período com as circunstâncias sociais e políticas, nacionais e internacionais, concluiu-se que ocorreram dois momentos distintos da constituição desses programas no Brasil, com a implementação de mestrados e doutorados em todas as regiões brasileiras da década de 1990 em diante.
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