O perfil de alunos da área de ciências exatas e engenharias e a qualidade de ensino
Palavras-chave:
Ensino superior de Engenharia, Perfil do Ingressante, Qualidade de EnsinoResumo
Este trabalho teve por objetivo a reflexão sobre aspectos pertinentes ao perfil do aluno ingressante na Área de Exatas e de Engenharias. Foram realizadas entrevistas com professores/pesquisadores eminentes da Área e uma pesquisa junto a 617 alunos ingressantes em 2001 na PUC-Campinas. As declarações dos entrevistados em relação à questão do perfil dos alunos ao ingressarem na universidade foram categorizadas em dois tipos de respostas: as que, de algum modo, afirmam que os alunos estão despreparados, e as que discordam desta afirmação. As entrevistas realizadas apontam para a necessidade das Universidades promoverem a homogeneização dos conhecimentos através de programas especiais; programas com o objetivo de cumprir um papel de formar profissionais mais qualificados. Os entrevistados atribuem importância à uma sólida formação de conceitos básicos. A análise da pesquisa junto aos alunos ingressantes mostrou um quadro diferenciado entre os diversos cursos, tanto em relação às características individuais dos alunos, quanto em relação à formação anterior dos sujeitos, à percepção do auto-desempenho, aos motivos da opção pelo curso, dentre outras variáveis analisadas. Os resultados sugerem a importância de investir em ações pedagógicas que atendam ao perfil do aluno traçado em cada curso.
Downloads
Referências
ARANTES, E. M. Uma experiência de curso de didática de ensino superior para professores da Escola de Engenharia da UFMG, Anais do XXVICOBENGE, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - vol. 5, p. 2381-2395, 1998.
ARAUJO ,E. N. Influência das habilidades e das atitudes em relação à Matemática e a escolha profissional . Tese de doutorado. FE/Unicamp, 1999.
ARAUJO, E. A. Influências das habilidades e das atitudes em relação à matemática e a escolha profissional . In: Matos J. F. e Fernandes E. (Org.).- Perspectivas e Problemas. Lisboa: Associação dos Professores de Matemática, p. 197-204, 2000.
CAZORLA, 1. M. “ Estatística em Educação; utilizando o pacote SPSS for Windows", texto não publicado, CEMPEM/FE/UNICAMP,
CASTRO, M. H. G. O sistema educacional brasileiro: tendências e perspectivas. In: Veloso, J. P. e Albuquerque, R. C. (Orgs). Um modelo para a educação no século XXI . Rio de Janeiro José Olympio, 1999.
FERNANDEZ, O. P. F. Docência no ensino superior na área de matemática: o curso de engenharia. Dissertação de mestrado. PUC-Campinas, 1998.
LINSINGEN, I.; PEREIRA L. T. e BAZZO, W. A Epistemologia e ensino de engenharia, Revista de Ensino de Engenharia, vol. 18, n. 1, p. 51-57, 1999
NATIONAL COUNCIL OF SUPERVISORS OF MATHEMATICS. A matemática essencial para o século XXI. Educação e Matemática , nº 14; 23-25, 2º trimestre, 1990.
PALADINI, GONÇALVES, PEREIRA, EGER ( ) Informatização das disciplinas de Cálculo e Geometria Analítica nas engenharias: a
importância do desenvolvimento de sequências didáticas do planejamento destas aulas. Anais do XXVI COBENGE, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, vol. 5, p. 2647-2662, 1998.
VAHL, Teodoro R. O ensino superior privado no Brasil- Evolução, Realidade, e Perspectivas. In: Educação Brasileira , Revista do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. ano3. nº 6, Brasília, 1º semestre de 19811 p. 59-91.
VASCONCELOS e TEIXEIRA. Despreparo dos estudantes versus exigências de qualidade nas escolas de engenharia: uma proposta de conciliação. Anais do XXVI COBENGE, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - vol. 6. p. 2629-2637, 1998.
VIEIRA, S. e HOFFMANN. Estatística Experimental. São Paulo: Atlas, 1989.
