Escola de tempo integral na visão de algumas famílias: entre o ideal e o real

Autores

  • Dília Maria Andrade Glória Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v19n3a2851

Palavras-chave:

Direito à educação, Educação de qualidade, Escola de tempo integral, Relação família-escola

Resumo

Este artigo buscou investigar se a implantação do tempo integral numa escola pública de referência propiciou um melhor desempenho escolar dos alunos segundo suas famílias, bem como contribuir para a discussão e a avaliação de políticas públicas no país. A metodologia consistiu em um estudo qualitativo que fez uso de entrevistas semiestruturadas junto a mães de alunos, observação do cotidiano escolar e análise documental. Constatou-se que as famílias, em especial as da camada da classe média, têm muitas críticas à proposta de tempo integral devido à percepção de que os filhos ficam muito cansados e ao fato de que as mudanças curriculares priorizaram as atividades esportivas em prejuízo do conteúdo dito escolar e da educação cultural discente. Essas famílias avaliam ainda que, para a implantação do tempo integral firmar-se como um tempo-espaço de formação cidadã, garantindo o direito à educação para todos os alunos, o ideal se encontra longe da realidade.

Palavras-chave: Direito à educação. Educação de qualidade. Escola de tempo integral. Relação família-escola.

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Biografia do Autor

Dília Maria Andrade Glória, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Doutora, Universidade Federal de Minas Gerais, Centro Pedagógico. Av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Pampulha, 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: <dilia@ufmg.com.br>.

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Publicado

2015-04-27

Como Citar

Glória, D. M. A. (2015). Escola de tempo integral na visão de algumas famílias: entre o ideal e o real. Revista De Educação PUC-Campinas, 19(3), 239–247. https://doi.org/10.24220/2318-0870v19n3a2851

Edição

Seção

Artigos