Atenção na sala de aula: como os ambientes restauradores podem contribuir? | Paying attention in the classroom: how can restorative environments help?

Autores

  • Marina Bernardes Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)
  • Lizandra Garcia Lupi Vergara Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4949

Palavras-chave:

Arquitetura da sala de aula., Atenção. , Psicologia e Arquitetura.

Resumo

 

 

 O ambiente físico tem uma função importante na manutenção da qualidade de vida, influenciando diretamente no bem-estar dos usuários. No espaço escolar, o ambiente pode interferir tanto no bem-estar, quanto no processo de aprendizagem. A adequação de uma sala de aula aos aspectos ergonômicos pode beneficiar o desempenho das atividades realizadas. Do mesmo modo, se observa que uma sala de aula projetada a partir do conceito de ambientes restauradores também contribui para a restauração da atenção. Os ambientes restaurado­res são espaços que podem promover a restauração dos recursos biológicos, psicológicos ou sociais dos indivíduos. À luz dessas ponderações, esta pesquisa buscou compreender como os preceitos da Teoria da Restauração da Atenção podem contribuir para a concepção de uma sala de aula, considerando que tornar a Arquitetura uma ferramenta capaz de contribuir com a educação é um dos desafios do processo de projeto. O procedimento metodológico adotado envolveu a aplicação da técnica de classi­ficação de fotografias, realizada em uma instituição pública de ensino fundamental e médio. A coleta de dados foi realizada com uma amostra de 33 alunos entre 10 e 13 anos. Os resultados possibilitaram identificar elementos inerentes à Arquitetura, os quais podem contribuir para a concepção de uma sala de aula mais adequada às necessidades dos alunos e à realização de atividades específicas, com foco na atenção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marina Bernardes, Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)

Universidade Federal de Santa Catarina | Programa de Pós-Graduação da Arquitetura e Urbanismo | Rua David Ferreira Lima, s/n. Trindade, 88040- 900. Florianópolis, SC, Brasil | Correspondência para/Correspondence to: M. BERNARDES | E-mail: arq.marinabernardes@gmail.com

Lizandra Garcia Lupi Vergara, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal de Santa Catarina | Programa de Pós-Graduação da Engenharia de Produção e Arquitetura | Florianópolis, SC, Brasil.

Referências

BAGOT, K. L. Perceived restorative components: a scale for children. Children Youth and Environments, v. 14, n. 1, p. 107-129, 2004.

BAGOT, K. L.; KUO, F. E.; ALLEN, F. C. L. Amendments to the perceived restorative components scale for children (PRCS-C II). Children Youth and Environments, v. 17, n. 4, p. 124-127, 2007.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BERNARDES, M. Configuração arquitetônica de salas de aula como ambientes promotores do bem-estar. 2018. 188 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018. f. 23.

COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.

DAGGETT, W. R.; COBBLE, J.E.; GERTEL, S. J. Color in an optimum learning environment. New York: International center for Leadership in education, 2008. v. 1.

FELIPPE, M. L. Ambiente físico e linguagem ambiental no processo de restauração afetiva do estresse em quartos de internação pediátricos. 2015. 312 f. Tese (Doutorado em Tecnologia da Arquitetura) – Universidade de Ferrara, Ferrara, 2015.

GAINES, K. S.; CURRY, Z. D. The inclusive classroom: the effects of color on learning and behavior. Journal of Family & Consumer Sciences Education, v. 29, n. 1, p. 1-12, 2011.

GRESSLER, S. C.; GÜNTHER, I. Ambientes restauradores: definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estudos de Psicologia, v. 18, n. 3, p. 487-495, 2013.

GÜNTHER, H. A Psicologia Ambiental no campo interdisciplinar de conhecimento. Psicologia USP, v. 16, n. 1-2, p. 179-183, 2005.

HAN, K-T. Influence of limitedly visible leafy indoor plants on the psychology, behavior, and health of students at a junior high school in Taiwan. Environment and Behavior, v. 41, n. 5, p. 658-692, 2009.

HARTIG, T. Restorative environments. In: SPIELBERGER, C. (ed.). Encyclopedia of Applied Psychology. Oxford: Academia, 2004. v. 3, p. 273-279.

HODSON, C. B.; SANDER, H. A. Green urban landscapes and school-level academic performance. Landscape and Urban Planning, v. 160, p. 16-27, 2017.

KAPLAN, S. The restorative benefits of nature: toward an integrative framework. Journal of Environmental Psychology, v. 15, n. 3, p. 169-182, 1995.

KAPLAN, R.; KAPLAN, S. The experience of nature: a psychological perspective. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

KARDAN, O. et al. Neighborhood greenspace and health in a large urban center. Scientific Reports, v. 5, e11610, 2015.

KWALLEK, N. et al. Effects of nine monochromatic office interior colors on clerical tasks and worker mood. Color Research & Application, v. 21, n. 6, p. 448-458, 1996.

KENNEDY, C. H. Single-case designs for educational research. Boston: Pearson/A & B, 2005.

KOWALTOWSKI, D. C. C. K. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de textos, 2011.

LINDAL, P. J.; HARTIG, T. Architectural variation, building height, and the restorative quality of urban residential streetscapes. Journal of Environmental Psychology, v. 33, p. 26-36, 2013.

MATSUOKA, R. H. Student performance and high school landscapes: examining the links. Landscape and Urban Planning, v. 97, n. 4, p. 273-282, 2010.

NARDIN, M. H.; SORDI, R. O. Um estudo sobre as formas de atenção na sala de aula e suas implicações para a aprendizagem. Psicologia & Sociedade, v. 19, n. 1, p. 99-106, 2007.

SANOFF, H. School building assessment methods. Washington, DC: National Clearinghouse for Educational Facilities, 2001.

SOMMER, R. Personal space: the behavioral basis of design. Englewood Cliffs: Prentice-Hall,1969.

SOMMER, R. Tight spaces: hard architecture and how to humanize it. Englewood Cliffs: Prentice- Hall, 1974.

ULRICH, R. View through a window may influence recovery. Science, v. 224, n. 4647, p. 224-225, 1984.

WHEELER, B. W. et al. Beyond greenspace: an ecological study of population general health and indicators of natural environment type and quality. International journal of health geographics, v. 14, n. 1, p. 17, 2015.

ZENTALL, S. S.; DWYER, A. M. Color effects on the impulsivity and activity of hyperactive children. Journal of School Psychology, v. 27, n. 2, p. 165-173, 1989.

Downloads

Publicado

2022-12-10

Como Citar

Bernardes, M., & Vergara, L. G. L. (2022). Atenção na sala de aula: como os ambientes restauradores podem contribuir? | Paying attention in the classroom: how can restorative environments help?. Oculum Ensaios, 19. https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4949

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa