Análise tipo-morfológica da paisagem como subsídio ao planejamento ambiental de cidades médias | Morphological analysis of the landscape as a subsidy to the environmental planning oh middle-sized cities

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v18e2021a4623

Palabras clave:

Oeste Catarinense, Sistema de Espaços Livres, Sub-bacia do Lajeado São José, Unidade de Paisagem.

Resumen

Os processos ecológicos, compreendidos a partir do desenvolvimento científico e tecnológico e das práticas integrativas do conhecimento no século XXI, incluíram a complexidade dos ecossistemas à discussão do planejamento urbano e regional. Assim, a concepção de espaço social tem, no território, uma de suas múltiplas faces, o que permite a reflexão da dinâmica da paisagem em sua essência física, material, objetiva e categorizável, bem como em
sua essência simbólica, experimental e processual, ou seja, em sua profundidade cultural. Nesse contexto, o Planejamento Ambiental se coloca como um entrelaçamento inter, multi e transescalar do planejamento sob o enfoque dos ecossistemas urbanos, dos  agroecossistemas e dos ecossistemas naturais, buscando preservar a heterogeneidade da paisagem e sua diversidade social, funcional e tipológica. Nesta discussão, objetiva-se realizar uma análise das qualificadoras tipo-morfológicas da paisagem urbana: o desenho da paisagem, a estrutura morfológica, os conflitos socioambientais e os padrões de ocupação.
Elaborado por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas, o método aplicado se estruturou a partir de mapeamentos, de levantamentos de campo e de oficinas de trabalho realizados com base no sistema de categorização e de análise da paisagem utilizada pelo grupo de pesquisa Sistema de Espaços Livres da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
Laboratório Quadro de Paisagismo do Brasil II da Universidade de São Paulo. Os resultados da análise tipo-morfológica remetem a uma nova agenda de pesquisa e de trabalho no que tange à compreensão e à contextualização dos elementos que compõem o sistema de espaços livres, a partir dos processos de origem, dos padrões de acessibilidade ao meio urbano, das dinâmicas de prática social, bem como dos atributos perceptivos, paisagísticos e socioculturais, para sua efetiva sistematização em prol da qualidade ambiental e de vida nos núcleos urbanos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Daiane Regina Valentini, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

Ana Laura Vianna Villela, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

Alexandre Maurício Matiello, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

Tomé Coletti, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

Vera Regina Tângari, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Departamento de Projetos de Arquitetura | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

Andréa Queiroz da Silva Fonseca Rego, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro | Departamento de Urbanismo e Meio Ambiente | Programa de Pós-graduação em Arquitetura

Citas

BRASIL. Lei Federal nº10.257. Diário Oficial da União, Brasília, 11 jul. de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 2 fev. 2018.

CHAPECÓ. Plano Diretor de Chapecó 2014: Lei Complementar n. 541/2014. Diário Oficial do Município de Chapecó, Chapecó, 26 nov. 2014. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/planodiretor-chapeco-sc. Acesso em: 3 ago. 2017.

FORMAN, R. T. T. Land Mosaics: the ecology of landscapes and regions. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

FORMAN, R. T. T. Urban regions: ecology and planning beyond the city. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

FORMAN, R. T. T.; GODRON, M. Landscape ecology. New York: John Wiley & Sons, 1986.

FRANCO, M. A. R. Planejamento ambiental para a cidade sustentável. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2001. p. 19-27.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Regiões de influência das cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/redes-geograficas/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html?=&t=downloads. Acesso em: 3 nov. 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Bases cartográficas: malhas digitais. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/basescartograficas/

malhas-digitais. Acesso em: 1 ago. 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contagem da população 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 3 nov. 2018.

LAGE, S. D. L. O planejamento urbano para além da oposição urbano-rural: perspectivas e desafios para a consolidação no Brasil de sistemas e práticas integrados de planejamento territorial. Oculum Ensaios, v. 14, n. 1, p. 155-167, 2017. https://doi.org/10.24220/2318-0919v14n1a3389

MACEDO, S. S. Os sistemas de espaços livres na constituição da forma urbana contemporânea no Brasil: produção e apropriação (QUAPÁ-SEL II). Paisagem Ambiente: Ensaios, n. 30, p. 137-172, 2012.

MAGALHÃES, M. R. A arquitectura paisagista: morfologia e complexidade. Lisboa: Estampa, 2001.

MAGNOLI, M. M. Espaço Livre: objeto de trabalho open space. Paisagem Ambiente: Ensaios, n. 21, p. 175-198, 2006.

METZGER, J. P. O que é ecologia de paisagens? Biota Neotrópica, v. 1, n. 1, p. 1-9, 2001. Disponível em: http://www.biotaneotropica.org.br/v1n12/en/fullpaper?bn00701122001+pt. Acesso em: 13 mar. 2017.

QUEIROGA, E. F. et al. Notas gerais sobre os sistemas de espaços livres da cidade brasileira. In: CAMPOS, A. C. et al. (org.). Sistemas de espaços livres: conceitos, conflitos e paisagens. São Paulo: FAUUSP, 2011. p. 11-20.

SANTOS, M. A urbanização brasileira. 4. ed. São Paulo: HUCITEC, 1998.

SCHLEE, M. B. et al. Sistema de espaços livres nas cidades brasileiras: um debate conceitual. Revista Paisagem e Ambiente, n. 26, p. 225-247, 2009.

SILVA, J.; MANETTI, C.; TÂNGARI, V. Compartilhamentos e unidades de paisagem: método de leitura da paisagem aplicado à linha férrea. Paisagem Ambiente, n. 31, p. 61-80, 2013. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361

SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. Levantamento aerofotogramétrico do Estado de Santa Catarina. [S.l.]: SIGSC, 2010. Disponível em: http://sigsc.sds.sc.gov.br/download/index.jsp. Acesso

em: 1 ago.2016.

SOUZA, M. L. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.

SPOSITO, M. E. B. Cidades médias: espaços em transição. Presidente Prudente: Expressão Popular, 2007.

TÂNGARI, V. R. Um outro lado do rio. Rio de Janeiro. 1999. 357 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

TÂNGARI, V. R. Espaços livres e a forma urbana: identificação dos tipos-morfológicos que qualificam a paisagem urbana. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO, 3., 2014, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Enanparq, 2014. Disponível em: http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq-3/htm/Artigos/ST/ST-EPC-004-1-TANGARI.pdf. Acesso em: 15 mar. 2017.

TÂNGARI, V. R.; ANDRADE, R.; SCHLEE, M. B. (org.). Sistema de espaços livres: apropriações e ausências. Rio de Janeiro: FAU/UFRJ, 2009.

Publicado

2021-12-10

Cómo citar

Valentini, D. R., Villela, A. L. V., Matiello, A. M., Coletti, T., Tângari, V. R., & Rego, A. Q. da S. F. (2021). Análise tipo-morfológica da paisagem como subsídio ao planejamento ambiental de cidades médias | Morphological analysis of the landscape as a subsidy to the environmental planning oh middle-sized cities. Oculum Ensaios - ISSNe 2318-0919, 18, 1–20. https://doi.org/10.24220/2318-0919v18e2021a4623

Número

Sección

Artículo de Investigación