Operação urbana consorciada água espraiada: um novo discurso sobre remoções | Joint urban operation água espraiada: New discourse on slums removal
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v16n2a4190Palabras clave:
Favelas. Operações urbanas. Urbanização de favelas.Resumen
As reflexões contidas neste ensaio são consequência da pesquisa que deu origem a tese de doutorado “O file e a sobra: as favelas no caminho do capital imobiliário”, de 2017, assim como do artigo “Urbanizacao de favelas vs desvelamento: notas sobre uma operação paulistana”, publicado originalmente em 2015. Ao descrever as ferramentas do “planejamento da exceção”, que pressupõe a eliminação dos espaços da pobreza para a criação de localizações voltadas aos interesses do mercado imobiliário, os trabalhos indicavam algumas contradições no discurso das “contrapartidas sociais” presentes no escopo da Operação Urbana Consorciada Agua Espraiada, lançada em 2001 no Município de São Paulo. A proposta para o reassentamento de cerca de 8.500 famílias em conjuntos habitacionais, dentro dos limites da Operação, determinava a eliminação completa de 16 assentamentos precários e a integração de sua área a um parque linear a ser construído com recursos oriundos da Operação. Mais de quinze anos após seu lançamento, menos de 9% das famílias foram atendidas, a população favelada, sem expectativas de atendimento, quase dobrou, e o caixa da Operação esvaziou‑se.
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