Resistências à autonomização entre os gêneros artísticos e arquitetura no projeto moderno
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v12n2a2387Palabras clave:
Arquitetura. Arte. Autonomia. Fin-de-siècle. Modernidade.Resumen
A ideia de arquitetura como arte e gênero artístico autônomo é relativamente nova, começando a tomar forma a partir do Renascimento. Anteriormente, na Idade Média, não existiam grêmios exclusivos de arquitetos — construtores —, mas sim de canteiros, marceneiros, pintores, todos agrupados sob a mesma irmandade. Mais tarde, com o nascimento da crítica de arte moderna, especialmente com a ideia de autonomia das diferentes expressões artísticas de Lessing, no século XVIII, e a estética de gêneros autônomos de Hegel, no século seguinte, formalizou-se a ideia da produção artística como gêneros autônomos. Contudo, movimentos artísticos de final do século XIX — como o Arts-& Crafts, o Pré-Rafaelismo e as manifestações artístico-decorativas como o Art Nouveau Franco-Belga, a Sessezion Austríaca, o Jungendstill Alemão e o Modernismo Catalão — representam reações a essa esquematização da arte. Este artigo objetiva compreender os processos de autonomização da arte em relação à realidade e de autonomização entre gêneros artísticos advindos com a modernidade para logo após estudar reações a esses fenômenos que tiveram lugar nas ultimas décadas do século XIX, notadamente o ideário Arts & Crafts e o Art Nouveau.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura. Arte. Autonomia. Fin-de-siècle. Modernidade.
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