A resiliência na gestão municipal de desastres: estudo de caso em união da vitória sob a ótica do scorecard para inundações | Resilience in municipal disaster management: a case study in união da vitória from the perspective of the flood scorecard

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v17e2020a4698

Palavras-chave:

Eventos extremos. Gestão de riscos e desastres. Indicador. Inundação.

Resumo

Os impactos negativos resultantes da ocorrência de eventos extremos nas cidades têm aumentado cada vez mais nos últimos anos. Por isso é necessário que os gestores locais considerem a Gestão de Desastres como parte de suas atividades, a fim de buscar por uma resposta e uma recuperação eficaz na ocorrência desses eventos. O objetivo principal dessa pesquisa foi analisar a gestão municipal de proteção e defesa civil de União da Vitória quanto à sua atuação nos desastres de inundação, já que esse é o município que apresenta o maior número de registros desse tipo no Estado do Paraná. A metodologia utilizada se baseia na tradução, adaptação e aplicação do indicador global da Organização das Nações Unidas: Scorecard Detalhado de Resiliência a Desastres. Ao todo, foram avaliados 21 itens juntamente com a coordenadoria municipal de proteção e defesa civil e áreas setoriais estratégicas (saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura etc.), que permitiram observar o perfil da gestão atual de desastres do município. Como destaques, União da Vitória apresentou uma resposta eficaz na ocorrência de inundações; forte cultura de convivência com as enchentes; novas construções nas áreas de cheias e a comodidade das pessoas em perder todos os bens e batalharem para conseguir tudo outra vez depois das inundações. Concluiu-se que a utilização de indicado­res que avaliam a gestão de desastres dos municípios é essencial para que os gestores possam auto-avaliar suas ações de resposta e recuperação de eventos extremos, encontrando assim, medidas que os auxi­liem a tornar suas cidades cada vez mais resilientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Maria da Silva Ferentz, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Mestra em Gestão Urbana e Engenheira Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Souza. Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Carlos Mello Garcias, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo, Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Paraná. Professor Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Referências

ALEXANDER, D. E. A survey of the field of natural hazards and disaster studies. In: CARRARA, A.; GUZZETTI, F. (ed.). Geographical information systems in assessing natural hazards. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1995. Cap. 1, p. 1-19.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Classificação e codificação brasileira de desastres (Cobrade): categoria, grupo, subgrupo, tipo, subtipo. Brasília: Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, 2012.

CENTRE FOR RESEARCH ON THE EPIDEMIOLOGY OF DISASTERS. Annual disaster statistical review 2016: the numbers and trends. Brussels: CRED, 2017.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES DO PARANÁ. Desenvolvimento de capacidades para tornar as cidades mais resilientes: minha cidade está se preparando. Curitiba: Defesa Civil, 2010.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES DO PARANÁ. Scorecard versão detalhada. Curitiba: CEPED, 2018. Disponível em: www.ceped.pr.gov.br/arquivos/File/ Scorecard_Detalhado_Portugues.xlsm. Acesso em: 17 jul. 2019.

CHRISTENSEN, E. V.; LEWIS, D.; ARMESTO, M. F. (org.). Guía de resiliencia urbana 2016. Ciudad de México: Naciones Unidas, 2016.

ESTRATEGIA INTERNACIONAL PARA LA REDUCCIÓN DE DESASTRES DE LAS NACIONES UNIDAS. Aumento de la resiliencia de lãs naciones y las comunidades ante los desastres: Introducción al Marco de Acción de Hyogo. Genebra: EIRD, 2005.

FREITAS, C. M. et al. Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, v. 19, n. 9, p. 3645-3656, 2014.

FURTADO, J. R. (org.). Gestão de desastres e ações de recuperação. 2. ed. Florianópolis: CEPED-UFSC, 2014. p. 163.

GONÇALVES, C. Repensar o desenvolvimento sustentável através da resiliência evolutiva: um debate em curso. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, v. 22, n. 1187, p. 1-30, 2017.

GUEVANE, E. Em Cancún, ONU destaca desafio de cumprir metas globais perante desastres. ONU News, Nova Iorque, 2017. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2017/05/1586781-em-cancun-onu-destaca-desafio-de-cumprir-metas-globais-perante-desastres. Acesso em: 30 jun. 2020.

HOYOIS, P.; GUHA-SAPIR, D. Disasters caused by flood: preliminary data for a 30-year assessment of their occurrence and human impact. In: INTERNATIONAL WORKSHOP, 2004, Norwich. Proceedings […]. Manchester: Tyndall Centre for Climate Change Research, 2004.

MATTEDDI, M. A.; BUTZKE, I. C. A relação entre o social e o natural nas abordagens de hazards e de desastres. Ambiente e Sociedade, v. 4, n. 9, p. 1-22, 2001.

MENDOZA, M. A. O que é e como executar um Plano de Recuperação de Desastres (DRP)? Ciudad de México: Welivesecurity, 2018.

MONTEIRO, J. B. et al. Desastres naturais: uma contribuição para a gestão de áreas de risco. Revista de Humanidades, v. 27, n. 1, p. 225-235, 2012.

OLIVEIRA, M. et al. Departamento de Ciências da Administração: capacitação dos gestores de defesa civil para uso do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). 2. ed. Florianópolis: CAD-UFSC, 2013.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Construindo cidades resilientes: minha cidade está se preparando. Florianópolis: Nações Unidas, 2010.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL. Desastres naturais levam 24 milhões de pessoas por ano a situações de pobreza. Brasília: Nações Unidas, 2017.

PEREIRA, R. PR: governador decreta estado de emergência para 137 cidades. Terra, Curitiba, 2012. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/pr-governador-decreta-estado-de-emergencia-para-137-cidades,6319dc840f0da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD. html. Acesso em: 30 jun. 2020.

PINHEIRO, E. G. Gestão pública para a redução dos desastres: incorporação da variável risco de desastre à gestão da cidade. Curitiba: Editora Appris, 2015.

PINHEIRO, E. G. Orientações para o planejamento em proteção e defesa civil: Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil. Curitiba: FUNESPAR, 2017.

POTT, C. M.; ESTRELA, C. C. Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, v. 31, n. 89, p. 271-283, 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE UNIÃO DA VITÓRIA. Registro fotográfico da inundação de 1983. União da Vitória: Prefeitura Municipal, 1983.

PREFEITURA MUNICIPAL DE UNIÃO DA VITÓRIA. Histórico e dados gerais de União da Vitória. União da Vitória: Prefeitura Municipal, 2018.

SISTEMA DE DEFESA CIVIL DO PARANÁ. Estado do Paraná. Curitiba: Proteção e Defesa Civil, 2018.

UNITED NATIONS. Resolution 44/236 of 22 December 1989: international decade for natural disaster reduction. Belgrade: United Nations, 1989.

UNITED NATIONS OFFICE FOR DISASTER RISK REDUCTION. Disaster resilience scorecard for cities: detailed level assessment. Genebra: United Nations, 2017.

Downloads

Publicado

2020-09-25

Como Citar

Ferentz, L. M. da S., & Garcias, C. M. (2020). A resiliência na gestão municipal de desastres: estudo de caso em união da vitória sob a ótica do scorecard para inundações | Resilience in municipal disaster management: a case study in união da vitória from the perspective of the flood scorecard. Oculum Ensaios, 17, 1–18. https://doi.org/10.24220/2318-0919v17e2020a4698

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa