Protocolo para ambientes de moradia seguros como suporte ao aging in place
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a12774Palavras-chave:
Arquitetura, Envelhecimento, SegurançaResumo
A projeção para o ano de 2050 indica que o número de pessoas com mais de 60 anos aumentará para aproximadamente 2 bilhões, posicionando o Brasil em 6° lugar no ranking de países com maior população idosa. O envelhecimento pode acarretar significativas mudanças físicas e cognitivas ao longo da vida e com isso surge a necessidade de uma nova visão acerca dos ambientes de moradia. A criação de moradias adaptadas para a vida toda possibilita que as pessoas mantenham condições de vida independentes em suas próprias residências ou no ambiente que escolherem. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo apresentar um protocolo para ambientes seguros para a pessoa idosa, com estratégias projetuais que deem suporte ao aging in place. A partir de uma abordagem multimétodos, os resultados indicaram que o projeto desses ambientes deve considerar o princípio de flexibilidade e priorizar o estilo de vida dos usuários. Além disso, o projeto arquitetônico deve levar em conta as futuras necessidades dos usuários. Dessa forma, mudanças podem ser realizadas sem grandes alterações estruturais no espaço. Conclui-se que o conceito de aging in place pode contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas à criação de moradias seguras de pessoas idosas no Brasil.
Downloads
Referências
Alhambra-Borrás, T.; Durá-Ferrandis, E.; Ferrando-García, M. Effectiveness and estimation of cost-effectiveness of a group-based multicomponent physical exercise programme on risk of falling and frailty in community-dwelling older adults. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 16, n. 12, 2019. Doi: https://doi.org/10.3390/ijerph16122086.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
Bardin, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
Bauman, A. et al. Updating the Evidence for Physical Activity: Summative Reviews of the Epidemiological Evidence, Prevalence, and Interventions to Promote “active Aging.” Gerontologist, v. 56, p. S268-S280, 2016. Doi: https://doi.org/10.1093/geront/gnw031.
Bhidayasiri, R. et al. What is the evidence to support home environmental adaptation in Parkinson’s disease? A call for multidisciplinary interventions. Parkinsonism and Related Disorders, v. 21, n. 10, p. 1127–1132, 2015.
Blaz, B. S. V. et al. Perception of elderly related to the risk of falls and their associated factors. Escola Anna Nery, v. 24, n. 1, p. 1–9, 2020. Doi: https://doi.org/10.1016/j.parkreldis.2015.08.025.
Braga, S. F. M. et al. As Políticas Públicas para os Idosos no Brasil: a cidadania no envelhecimento. Diálogos Interdisciplinares, v. 5, n. 3, p. 94-112, 2012.
Cesar, F. I. G. Ferramentas Gerenciais da Qualidade. São Paulo: Biblioteca 24horas; Seven System International Ltda., 2013.
DATASUS. Dados de morbidade e mortalidade em decorrência das quedas em pessoas idosas. [S.l.]: Datasus, 2021. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em: 24 maio 2021.
Menezes, R. L.; Bachion, M. M. Study of intrinsic risk factors for falls in institutionalized elderly people. Ciência e Saúde Coletiva, v. 13, n. 4, p. 1209-1218, 2008. Doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000400017.
Fletcher, P. C. et al. Risk factors for falling among community-based seniors. Journal of Patient Safety, v. 5, n. 2, p. 61-66, 2009.
Hazin, M. M. V. Os Espaços residenciais na percepção dos idosos ativos. 2012. 143p. Dissertação (Mestrado em Design) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
Lee, L. N.; Kim, M. J. A critical review of smart residential environments for older adults with a focus on pleasurable experience. Frontiers in Psychology, v. 10, p. 1-15, 2020. Doi: https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.03080.
Leiva-Caro, J. A. et al. Connection between competence, usability, environment and risk of falls in elderly adults. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 23, n. 6, p. 1139-1148, 2015. Doi: https://doi.org/10.1590/0104-1169.0331.2659.
Lien, L. L.; Steggell, C. D.; Iwarsson, S. Adaptive strategies and person-environment fit among functionally limited older adults aging in place: a mixed methods approach. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 12, n. 9, p. 11954-11974, 2015. Doi: https://doi.org/10.3390/ijerph120911954.
Lopes, R. A.; Dias, R. C. O impacto das quedas na qualidade de vida dos idosos. ConScientiae Saúde, v. 9, n. 3, p. 504-509, 2010. Doi: https://doi.org/10.5585/conssaude.v9i3.2328.
Maggi, P. et al. Facteurs déterminants des chutes et modifications du domicile effectuées par les ergothérapeutes pour prévenir les chutes. Canadian Journal of Occupational Therapy, v. 85, n. 1, p. 79-87, 2018. Doi: https://doi.org/10.1177/0008417417714284.
Mendes, F. R. C.; Côrte, B. O ambiente da velhice no país: por que planejar? Kairós Gerontologia, v. 12, n. 1, p. 197-212, 2009. Doi: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2009v12i1p%25p.
Oliveira, A. S. et al. Fatores ambientais e risco de quedas em idosos: revisão sistemática. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 17, n. 3, p. 637–645, 2014. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13087.
Pereira, G. N. et al. Fatores socioambientais associados à ocorrência de quedas em idosos. Ciência e Saúde Coletiva, v. 18, n. 12, p. 3507–3514, 2013. Doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232013001200007.
Ramadhani, W. A.; Rogers, W. A. Understanding Home Activity Challenges of Older Adults Aging with Long-Term Mobility Disabilities: Recommendations for Home Environment Design. Journal of Aging and Environment, v. 37, 3, p. 341–363, 2021. Doi: https://doi.org/10.1080/26892618.2022.20929292021.
Romeiro, A. et al. Moradia para o idoso: uma política ainda não garantida. Kairós Gerontologia, v. 13, p. 5-17, 2010. Doi: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2010v13iEspecial8p5-17.
Santos, S. S. C. et al. Risco de quedas em idosos: revisão integrativa pelo diagnóstico da North American Nursing Diagnosis Association. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46, n. 5, p. 1227-1236, 2012. Doi: https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000500027.
Shimada, H. et al. Relationship between age-associated changes of gait and falls and life-space in elderly people. Journal of Physical Therapy Science, v. 22, n. 4, p. 419-424, 2010. Doi: https://doi.org/10.1589/JPTS.22.419.
Soares, W. J. et al. Factors associated with falls and recurrent falls in elderly: a population-based study Wuber. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 17, n. 1, p. 49-60, 2014.
Sousa, L.; Vieira, C. M.; Branco, P. S. Prevenir a Queda: um indicador da qualidade dos cuidados. In: Marques-Vieira, C.; Sousa, L. Cuidados de enfermagem de reabilitação à pessoa ao longo da vida. Loures: Lusodidacta, 2017. p. 559.
Tissot, J. T. Aging in place: Protocolo com diretrizes projetuais para ambientes de moradia seguros para a pessoa idosa. 2022. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2022.
Tomazzoni, A. M. R. A arte de morar só e ser feliz na velhice. Kairós Gerontologia, v. 13, p. 109-123, 2011. Doi: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2010v13iEspecial8p109-123.
Wiles, J. L. et al. The meaning of “aging in place” to older people. Gerontologist, v. 52, n. 3, p. 357-366, 2012. Doi: https://doi.org/10.1093/geront/gnr098.
World Health Organization. WHO global report on falls prevention in older age. Geneva: Who Press, 2007. Yoo, J. S. et al. Risk factors of repeated falls in the community dwelling old people. Journal of Exercise Rehabilitation, v. 15, n. 2, p. 275–281, 2019. Doi: https://doi.org/10.12965/jer.1938086.043.
Zamboni, A. et al. StArt uma ferramenta computacional de apoio à revisão sistemática. In: BRAZILIAN CONFERENCE ON SOFTWARE: THEORY AND PRACTICE - TOOLS SESSION, 2010, Salvador. Anais [...]. Salvador: UFBA, 2010.