Propriedades psicométricas da Escala de Bem-Estar Subjetivo pelo Rating Scale Model
Palavras-chave:
Teoria de resposta ao item, Escala de bem-estar subjetivo, Precisão do teste, Validade do testeResumo
A Psicologia Positiva vem ganhando espaço no cenário mundial e um dos primeiros construtos estudados no Brasil foi o bem-estar subjetivo. Este estudo teve como objetivo verificar as propriedades psicométricas da Escala de Bem-Estar Subjetivo, aplicando o Rating Scale Model, da Teoria de Resposta ao Item, de forma independente, a cada componente da escala. Especificamente, verificou-se evidências de validade com base na estrutura interna e coeficientes de fidedignidade por consistência interna. Para tanto, utilizou-se um banco de dados com 182 sujeitos, estudantes universitários de ambos os sexos, com idades entre 18 e 57 anos (M = 24,6 anos). Os resultados mostraram que os três fatores da Escala de Bem-Estar Subjetivo apresentam evidências de unidimensionalidade. Além disso, apenas uma categoria de resposta de um dos fatores não funcionou conforme o esperado. Verificou-se que os participantes tenderam a endossar com maior facilidade os itens de afetos positivos, enquanto a menor média de theta foi com os afetos negativos. As implicações desses achados em relação à qualidade psicométrica do instrumento são discutidas.
Downloads
Referências
Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153-164.
Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Mercado de trabalho, desempenho acadêmico e o impacto sobre a satisfação universitária. Revista de Ciências Humanas, 46(1), 183-198.
Daniel, M. H. (1999). Behind the scenes: using new measurement methods on the DAS and KAIT. In S. E. Embretson & S. L. Hershberger (Eds.), The new rules ofmeasurement: What every psychologist and educator should know. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum.
Diener, E. (1984). Subjective well-being. Psychological Bulletin, 95(3), 542-575. https://www.doi.org/10.1037/0033-2909.95.3.542
Diener, E. (1994). Assessing subjective well-being: Progress and opportunities. Social Indicators Research, 31(2), 103-157. https://www.doi.org/10.1007/BF01207052
Diener, E. (2012). New findings and future directions for subjective well-being research. American Psychologist, 67(8), 590-597. https://www.doi.org/10.1037/a0029541.
Diener, E., & Chan, M. Y. (2011). Happy people live longer: Subjective well-being contributes to health and longevity. Applied Psychology: Health and Well-Being, 3(1), 1-43. https://www.doi.org/10.1111/j.1758-0854.2010.01045.x
Diener, E., Emmons, R. A., Larsen, R. J., & Griffin, S. (1985). The Satisfaction with Life Scale. Journal of Personality Assessment, 49(1), 71-75. https://www.doi.org/10.1207/s15327752jpa4901_13
Diener, E., Lucas, R., & Oishi, S. (2001). Subjective wellbeing: The science of happiness and life satisfaction. In C. R. Snyder & S. J. Lopez (Eds.), The handbook of positive psychology. New York: Oxford University Press.
Embretson S. E., & Reise, S. P. (2000). Item response theory for psychologists. Mahwah: Lawrence Erlbaum.
Hambleton, H. K., & Swaminatham, H. (1985). Item response theory: Principles and applications. Boston:
Kluwer.
Hattie, J. (1985). Methodology review: Assessing unidimensionality of tests and items. Applied Psychological Measurement, 9(2), 139-164.
Lenardt, M. H., Willig, M. H., Seima, M. D., & Pereira, L. F. (2011). A condição de saúde e satisfação com a vida do cuidador familiar de idoso com Alzheimer. Colombia Médica, 42(1), 17-21.
Lima, F. L. A., Saldanha, A. A. W., & Oliveira, J. S. C. (2009). Bem-estar subjetivo em mães de crianças sorointerrogativas para o HIV/AIDS. Psicologia em Revista, 15(1), 141-157. https://www.doi.org/10.5752/P.1678-9523.2009V15N1P141
Linacre, J. M. (2005). The Partial Credit Model and the One-Item Rating Scale Model. Rasch Measurement Transactions, 19(1), 1000-1002.
Linacre, J. M. (2009). WINSTEPS: Multiple-choice, rating
scale, and partial credit Rasch analysis. Chicago, Ill:
MESA Press.
Morizot, J., Ainsworth, A. T., & Reise, S. P. (2007). Toward modern psychometrics: Application of item response theory models in personality research. In R. W. Robins, R. C. Fraley & R. F. Krueger, Handbook or research methods in personality psychology. Nova Iorque: Guilford.
Prieto, G., & Muñiz, J. (2000). Un modelo para evaluar la calidad de los tests utilizados en España. Papeles del Psicólogo, 77, 65-71.
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2011). Relações entre bem-estar subjetivo e satisfação conjugal na abordagem da Psicologia Positiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(4), 658-665. https://www.doi.org/10.1590/S0102-79722011000400005
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2012). A medida positiva dos afetos: bem-estar subjetivo em pessoas casadas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(1), 11-20. https://www.doi.org/10.1590/S0102-79722012000100003
Seligman, M. E. P., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: An introduction. American Psychologist, 55(1), 5-14.
Serafini, A. J., & Bandeira, D. R. (2011). A influência da rede de relações, do coping e do neuroticismo na satisfação de vida de jovens estudantes. Estudos de Psicologia (Campinas), 28(1), 15-25. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166x2011000100002
Smith R. M. (1996). Polytomous Mean-Square Fit Statistics. Rasch Measurement Transactions, 10(3), 516-517.
Watson, D., Clark, L. A., & Tellegen, A. (1988). Development and validation of brief measures of positive and negative affect: The PANAS scales. Journal of Personality and Social Psychology, 54(6), 1063-1070.
Wright, B. D., & Masters, G. N. (1982). Rating scale analysis. Chicago: MESA.
Zanon, C., & Hutz, C. S. (2013). Affective disposition, thinking styles, neuroticism and life satisfaction. Universitas Psychologica, 12(2), 403-411. https://www.doi.org/10.11144/Javeriana.UPSY12-2.adts
Zanon, C., Bardagi, M. P., Layous, K., & Hutz, C. S. (in press). Validation of the Satisfaction with Life Scale to Brazilians: Evidences of Measurement Noninvariance Across Brazil and US. Social Indicators Research, 119(1), 443-453.
Zanon, C., Bastianello, M, R., Pacico, J. C., & Hutz, C. S. (2013). Desenvolvimento e validação de uma escala de afetos positivos e negativos. Psico-USF, 18(2), 193-201
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lucas de Francisco CARVALHO, Cristian ZANON, Rodolfo Augusto Matteo AMBIEL, Carla Fernanda FERREIRA-RODRIGUES

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.