Atividade antiinflamatória de arnica montana

Autores

  • Fabricio Yui
  • Maria Conceição Barsosa Linarelli
  • Paulo Mário Zalante

Palavras-chave:

arnica montana, antiinflamatorios, extratos vegetais, plantas medicinais

Resumo

Devido a quase inexistência de estudos com relação a Arnica ao nível sistêmico, este estudo visa comprovar a atividade antiinflamatória da Arnica montana. A solução de Arnica montana utilizada neste experimento foi obtida a partir da tintura de Arnica. Foram utilizados 88 ratos Wistar; adultos (150-200g), e foram divididos em três grupos recebendo, por via oral o volume de 0,2ml/100g, para o grupo controle: água destilada com Tween, utilizado na diluição da solução de Arnica; no grupo experimental: solução de Arnica montana ( 10mg/ml) na dose de 20mg/kg; no grupo controle positivo: corticóide (Betametazona) na dose 1mg/kg. Após 60 minutos de tratamento foi medido o deslocamento da coluna de mercúrio, provocado pela imersão da pata posterior direita do rato até o maléolo lateral. A formação do edema, provocando pela asministração de 0,1ml de formol foi avaliada também por deslocamento da coluna de mercúrio, nos tempos: 30, 60, 120, 180 e 240 minutos após a injeção do agente flogístico. Os resultados foram expressos as diferenças de volume deslocado entre o tempo zero e os tempos subsequentes. A Arnica montana mostrou atividade antiinflamatória quando provocou redução do edena da pata do rato provocado pelo formol em relação ao grupo controle da ordem de 49,2; 40,6; 37.5; 37,9 e 33, 7% aos 30, 60, 120, 180 e 240 minutos respectivamente após a indução do edema. Esta ação foi menor do que a do corticóide, na primeira hora (73%) e praticamente igual nas horas subsequentes (91, 97 e 90%). Pôde-se observar ainda, que os animais apresentaram um comportamento semelhante ao grupo controle, não demostrando efeitos tóxicos da Arnica na dose utilizada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACCORSI, w.R., BARROS, M.A.A., ROCHELLE, L.A. Apontamentos sobre plantas tóxicas e medicinais. Piracicaba, 1982. p.96. Promovido pelo Departamento de Botânica/ESALQ/USP.

ARNICA montana dans les traumat de Ia face. Anuário Oto-Laryng, Paris, n. 1-2, p.94. 1976. (Seance Du).

BUSSE, W.W., KOPP, D.E., MIDDLETON JR, E. Flavonoid modulation of human neurotrophil function. J Allergy Clin Inununol, St. Louis, v.73, p.801-809 1984.

CAIRO, N. Guia de nteclicina honwopatica. 21.ed. São Paulo : Livraria Teixeira, 1988. p. 168-172.

COCHET, C. et al. Selective inhibition of a cyclic nucleotide independent protein kinase (G type casein kinase) by quercetin and related polyphenols. Biochem Pharmacol, Oxford, v.31, p. 1357-1361, 1982.

COSTA, A.F. Fannacognosia. 5.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbnkian, 1994. v. 1, p.752-755.

CRAKER, L., SIMON, E., LANES E. Herbs, vices, and medicinal plants: recent advances in botany, horticulture, and pharmacology. New York: Orix Press, 1988. v.3, p. 103-144.

DAVIS, F.B., MIDDLETON JR., E., DAVIS, P.J., BLAS, S.D. Inhibition by quercetin of thyroid hormone stimulation in vitro of human red blood cell Ca2+- ATPase activity. Cell Calciunt, Edinburg, v.4, p.71-81, 1983.

DOMINGO NETO, A.L. Efeitos cicatrizantes e antimicrobianos das plantas medicinais. Piracicaba: UNICAMP, 1991. p.31, 80. Dissertação (Mestrado em Odontologia) -Unicamp, 1991.

GOODMAN, L.s., GILMAM, A.G. As bases farmacológicas da terapêutica. São Paulo McGraw-Hill do Brasil, 1997. p. 1086-1099.

GRYGLEWSKI, R.J., ROBAK, J., SWIES, J. Flavonoids lipoxygenases: platelet aggregation. NATO Advanced Studies Institutes. v.95, p. 149-166, 1985. (Serie A).

HACKETT, A.M. Plant flavonoids in biology and medicine: biochemical, pharmacological, and structure-activity relationships. New York : Alan R. Liss 1986. p. 177-194.

KATO, R. et al. Inhibition of 2-0 etradecanoylphorbol-13-acetate-induced tumor promotion and rnithine decarboxylase activityby quercetin: possible involvement of lipoxygenase inhibition. Carcinogenesis, New York, v.4y p. 1301-1305, 1983.

KATZUNG-BERTTRAN, G. Fannacologia båsica e clinica. 5.ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1994. p. 198-208.

KAZIRO, G.S.N. Metromidazolie (flagyl) and arnica montana is the prevention of post-sugical complications a comparative placebo controlled clinical trial. Br J Oral Maxil-Fa Surg, Edinburg, v.22, p.42-49, 1984.

LANNI, C., BECKER, E.L. Inhibition of neutrophil phospholipase A2 by p-bromophenylacyl bromide, nordihydroguaiaretic acid, eicosatetrayenoic acid and quercetin. Inter Arch Allergy Appl Inununal, Basel, v. 76, p.214-217, 1985.

LEE, T.P., MATTELIANO, M.L., MIDDLETON JR. E. Effect Of quercetin on human polymorphonuclear leukocyte lysosomal enzyme release and phospholipid metabolism. Life Sci, Oxford, v.20, p.2765-2774, 1982.

MORGAN, R. Enciclopédia das ervas e plantas medicinais. Säo Paulo : Hemus, 1995. p.47.

PELEGATTI, I. et al. Novo método para ensaio da atividade de drogas com agäo anti-inflamat6ria. Rev Fann Bioquim USP, São Paulo, v.8, n.2, p. 177-182, 1970.

SCHRODER, H. et al. Helenalin and 11x, 13-Didrohelenalin, two constituents from Arnica Montana L., Inhibit Haman Platelet Function Via Thiol: dependent path ways. Throntbosis Research, Elmsford, v.57, p.838-845, 1990.

WELTON, A.F. et al. Effect of flavonoids on arachidonic acid metabolism. In: CODY, V.E., MIDDLETON JR., E., HARBORNE, J.B. (Eds.). Plant flavonoids in biology and ntedicine: biochemical, pharmacological, and structure activity relationships, New York : Alan R. Liss, 1986. p. 231-242.

ZANINI, O. Guia de medicamento. Säo Paulo Atheneu, 1995. p. 104-108.

Downloads

Publicado

1998-04-30

Como Citar

Yui, F., Linarelli, M. C. B., & Zalante, P. M. (1998). Atividade antiinflamatória de arnica montana. Revista De Ciências Médicas, 7(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1372

Edição

Seção

Artigos Originais