Nosologia do trauma palpebral em hospital universitário

Autores

  • Fernando Gonçalves
  • Ana Carolina Pasquini Raiza
  • Carlos Roberto Padovani

Palavras-chave:

trauma, palpebras, olho, trauma palpebral

Resumo

Objetivo
O propósito deste artigo foi verificar a nosologia do trauma palpebral em um Hospital Universitário.
Métodos
Foi realizado um estudo retrospectivo em portadores de trauma palpebral, atendidos no Pronto-Socorro da Faculdade de Medicina de Botucatu, Univer­sidade Estadual Paulista, no período de 1995 até 2000. Foram avaliados 206 portadores de trauma palpebral, estudando-se: idade, sexo, data, horário, queixa, exame óculo-palpebral, lateralidade, pálpebra afetada, tipo e causa do trauma, tratamento e acompanhamento médico realizado.
Resultados
Os homens entre 20 e 39 anos, portadores de traumas contusos ou penetrantes, decorrentes de acidentes automobilísticos, foram os mais prevalentes. Em 58,33% dos casos houve lesão ocular concomitante. A maioria dos pacientes foi tratada clinicamente.
Conclusão
O trauma contuso, bipalpebral, unilateral foi o mais frequente, estando os olhos acometidos na maioria dos casos, o que aponta para a necessidade de exame oftalmológico nos traumas palpebrais e uso de medidas preventivas eficientes. 

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Publicado

2003-02-25

Como Citar

Gonçalves, F., Raiza, A. C. P., & Padovani, C. R. (2003). Nosologia do trauma palpebral em hospital universitário. Revista De Ciências Médicas, 12(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1279

Edição

Seção

Artigos Originais