Aderência à profilaxia com anti-retroviral pos-exposição por profissionais de saúde e vítimas de violência sexual

Autores

  • Rosely Moralez de Figueiredo
  • Mariângela Ribeiro Resende
  • Márcia Teixeira Garcia
  • Verônica Maria Sinkoc
  • Eliane Moraes Campos
  • Priscila Maria Oliveira Papaiordanou (in memoriam)

Palavras-chave:

assistência centrada no paciente, prevenção e controle, profissionais de saúde, saúde preventiva

Resumo

Objetivo

Conhecer a taxa de adesão ao seguimento após exposição ocupacional e não-ocupa­ cional (violência sexual).

Métodos

Um estudo retrospectivo foi realizado, envolvendo 1 580 profissionais de saúde e 378 vítimas de violência sexual, em um hospital universitário brasileiro, de maio de 1997 a março de 2001.

Resultados

Os resultados encontrados revelaram que 7,2% dos profissionais de saúde e 79 ,2 % das vítimas de violência sexual usaram profilaxia anti-retroviral pós-exposição. Desses, 50,8% dos profissionais de saúde e 47,1% das vítimas de violência sexual não concluíram o seguimento. No grupo dos profissionais de saúde, 60% interromperam-no prematuramente (antes do retorno de seis semanas). A aderência ao tratamento foi baixa e similar em ambos os grupos.

Conclusão

O estabelecimento de um bom relacionamento com o grupo, esquemas de retornos mais flexíveis e programas de rápida chamada aos ausentes poderão melhorar tais números.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Centers for Disease Contrai. Update U.S. public health service guidelines for the management of occupational exposures to HBV, HCV and HIV recommendations for postexposure prophylaxis. MMWR (RR11). 2001; 50:1-42.

Sassi SJG. Acidente com material biológico: o que há em prevenção. Boletim Epidemiológico. Centro de Referência e Treinamento em Aids. Centro Vigilância Epidemiai. 2004; 2(1):3-7.

Machado AA, Matinez R, Haikal AA, Silva, RMCV Advantages of the rapid HIV-1 test in occupational accidents with potentially contaminated material among health workers. Rev lnst Med Trop São Paulo. 2001; 43(4):199-201.

Brasil. Considerações gerais para uso de quimioprofilaxia para o HIV após situações de violência sexual. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.

Wiebe ER, Comay SE, McGregor SD. Offering HIV profhylaxis to people who have been sexually assaulted: 16 months'experience in a sexual assault service. CMAJ. 2000; 162(5):641-5.

Figueiredo RM, Sinkoc VM, Tomazin C, Gallani MCJB, Colombrini MRC. Adesão de pacientes com Aids ao tratamento com antiretrovirais: dificuldades relatadas e proposição de medidas atenuantes em um hospital escola. Rev Latino-Am Enfermagem. 2001; 9(4):50-5.

Colombrini MRC. Fatores preditivos para não-adesão ao tratamento com terapia anti-retroviral altamente eficaz nos casos de HIV/Aids [dissertação). Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2003.

Figueiredo RM, Garcia MT, Resende MR, Papaiordanou PMO. Adherence of professional to follow up treatment after exposure to contaminated material in a Brazilian University Hospital 2000. lnfect Contrai Hosp Epidemiai. 2000; 21(Suppl):109.

Downloads

Publicado

2005-10-30

Como Citar

Figueiredo, R. M. de, Resende, M. R., Garcia, M. T., Sinkoc, V. M., Campos, E. M., & Papaiordanou (in memoriam), P. M. O. (2005). Aderência à profilaxia com anti-retroviral pos-exposição por profissionais de saúde e vítimas de violência sexual. Revista De Ciências Médicas, 14(5). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1150

Edição

Seção

Artigos Originais