Dor crônica em um ambulatório universitário de fisioterapia

Autores

  • Francine Leite
  • Jaime de Oliveira Gomes

Palavras-chave:

dor, epidemiologia, fisioterapia (especialidade)

Resumo

Objetivo

Estudar a prevalência de dor crônica no ambulatório universitário de fisioterapia da Universidade Estadual Paulista de Presidente Prudente, retratando aspectos multidimensionais da dor por meio do questionário de dor McGill adaptado para a língua portuguesa.

Métodos

Foram entrevistados 200 pacientes por questionário padronizado. As informações foram coletadas e transpostas ao formulário eletrônico Excel e analisadas.

Resultados

A prevalência de dor crônica esteve presente em 48,0% do total das pessoas avaliadas (n=96), sendo 67,7% mulheres. A faixa etária mais freqüente foi de 61 a 70 anos de idade, sendo a maioria de pessoas aposentadas (42,7%) e casadas (54,2%). A causa mais comum foi a artrose (33,3%). As mulheres tiveram mais dor (OR=2,86; IC=1,60-5,10), assim como os indivíduos de nível de escolaridade mais baixo.

Conclusão

As dores crônicas estiveram presentes em quase metade dos pacientes da clínica, mas nem sempre foram referidas, pois se deu prioridade às queixas agudas. As especialidades nas quais mais se apresentaram foi na ortopedia devido à artrose e outras doenças do sistema musculoesquelético. A pesquisa da dor crônica deve ser atenta e dirigida nos serviços para que uma terapêutica mais integral seja instituída.

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Publicado

2006-06-30

Como Citar

Leite, F., & Gomes, J. de O. (2006). Dor crônica em um ambulatório universitário de fisioterapia. Revista De Ciências Médicas, 15(3). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1112

Edição

Seção

Artigos Originais