Avaliação do cronótipo de um grupo de enfermeiros de hospitais de ensino
Palabras clave:
cronobiologia, ritmo cicardiano, trabalho em turnos, enfermagemResumen
O conhecimento do cronótipo (características de matutinidade/vespertinidade) do trabalhador pode auxiliar a definir períodos de melhor desempenho, otimizando a qualidade do trabalho. Neste estudo, nossos objetivos foram caracterizar um grupo de enfermeiros de dois hospitais de ensino do Estado de São Paulo quanto ao cronótipo e identificar possíveis associações entre cronótipo, turno de trabalho cidades dos sujeitos estudados. Participaram III enfermeiros (idade média de 29,2 anos; 1 10 mulheres e um homem), 95,5% dos quais trabalhavam durante o dia e 4,5% à noite. Os dados foram coletados com a versão brasileira do Questionário de Identificação de Matutinos e Vespertinos de Horne & Ostberg. Foi encontrado o predomínio do cronótipo "indiferente" (53,2%), seguido pelo "moderadamente matutino" (45,0%), "moderadamente vespertino" (0,9%), "matutino extremo" (0,9%), e ausência do tipo "vespertino extremo". Não houve correlação significativa entre idade e cronótipo (Spearman R=O,0176, n.s.). Os enfermeiros 'moderadamente matutinos' trabalhavam, na maioria, pela manhã (1 2= 7,05, p<0,005), e os "indiferentes" principalmente à tarde (1 2= 6,8 1 , p<0,005), sugerindo adequação entre o turno e o cronótipo. A partir destes dados preliminares, sugere-se que um acompanhamento longitudinal é fundamental para uma melhor discussão de questões como adaptação ao trabalho em diferentes turnos e satisfação no trabalho, à luz da cronobiologia.
Descargas
Citas
BARAK, Y. et al. Sleep disturbances among female nurses: comparing shift to day work. Chronobiol Int, Oxford, v. 12, n.5, p.345-350, 1995.
BAXENDALE, S., CLANCY, J., MCVICAR, A. Clinical implications of circadian rhythmicity for nurses and patients. Br J Nurs, London, v.6, n.6, p. 303-309, 1997.
BENEDITO-SILVA, A.A. et ai. A self-assessment questionnaire for the determination of morningness-eveningness types in Brazil. In: HAYES, D.K., PAULY, J.E., REITER, R.J. (Ed.). Chronobiology: its role in clinical medicine, general biology and agriculture, part B. New York: Wiley-Liss, 1990.1).89-98.
De MARTINO, M.M.F. Estudo da variabilidade circadiana da temperatura oral, do ciclo vigília sono e de testes psicofisiológicos de enfermeiras em diferentes turnos de trabalho. Campinas, 1996. 105p. Tese (Doutorado) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 1996.
FERREIRA, L.L. Trabalho em turnos: temas para discussão. Rev Bras Saúde Ocup, São Paulo, v. 15, n.58, p. 27-32, 1987.
FITZPATRICK, J.M., WHILE, A.E., ROBERTS,J.D. Shift work and its impact upon nurse performance: current knowledge and research issues. J Adv Nurs, Oxford, v.29, n, l, p. 18-27, 1999.
FLORIDA-JAMES, G., WALLYMAHMED, A., REILLY, T. Effects of nocturnal shiftwork on mood states of student nurses. Chronobiol Int, Oxford, v.13, n.1,p.59-69, 1996.
GEDRAITE, M.C.S. Editorial. Acta Paul Enf, São Paulo, n.2, p.25, 1988.
GOMES, L.c., FRAGA, M.N.O. Doenças, hospitalização e ansiedade: uma abordagem em saúde mental. Rev Bras Enfi Brasília, v.50, n.3, p.425—440,
HALBERG, F. et al. Glossary of chronobiology. Chronobiologia, Milano, v.4, p. 16-189, 1977. Supplement l.
HORNE, J.A., OSTBERG, O. A self-assessement questionnaire to determine morningness-eveningness in human circadian rhythms. Int J Chronobiol, v.4, n.2, p.97-110, 1976.
MENNA-BARRETO, L.S. O tempo na Biologia. In: MARQUES, N., MENNA-BARRETO, L. (Org.) Cronobiologia: princípios e aplicações. São Paulo: EDUSP, 1997. cap.1,p.17-21.
MONK, T.M. et al. Subjective alertness rhythms in elderly people. J Biol Rhythms, v. I I, n.3, p.268-276, 1996.
MORENO, C., FISCHER, F.M., MENNA-BARRETO, L.S. Aplicações da Cronobiologia. In: MARQUES, N., MENNA-BARRETO, L. (Org.) Cronobiologia: princípios e aplicações. São Paulo: EDUSP, 1997. cap.
PORTALUPPI, F., MANFREDINI, R., FERSINI, C. From a static to a dynamic concept of risk: the circadian epidemiology of cardiovascular events. Chronobiol Int, Oxford, v .16, n. l , p.33-49, 1999.
REILLY, T., WATERHOUSE, J., ATKINSON, G. Aging, rhythms of physical performance, and adjustment to changes in the sleep-activity cycle. Occup Environ Meal, London, v. 54, n.11,p.812-816,1997.
ROTENBERG, L., MENNA-BARRETO, L.s., MARQUES, N. Desenvolvimento da Cronobiologia. In: MARQUES, N., MENNA-BARRETO, L. (Org.) Cronobiologia: princípios e aplicações. São Paulo: EDUSP, 1997. cap. 2, p. 17-21.
SIEGEL, S: Estatística não parcunétrica para as ciências do comportamento. São Paulo: McGraw-Hill, 1981.3501).
STEELE, M. T. et al. Morningness-eveningness preferences of emergency medicine residents are skewed toward eveningness. Acacl Emerg Med, v.4, n.7,p.699-705, 1997.
ZUBIOLI, M.A.S., MIRANDA NETO, M.H., SANT' ANA, D.M.G. Avaliação dos cronotipos dos auxiliares de enfermagem do Hospital Santa Casa de Paranavai, PR. Arq Ciénc Saücle Unipar, Londrina, v.2, n.3, p.241-247, 1998.
