Comparação entre três técnicas de interveção psicológica para tratamento da fibromialgia: treino de controle de stress, relaxamento progressivo e reestruturação cognitiva
Palabras clave:
fibromialgia, transtornos psicologicos, intervenção psicologica, estudos de intervenção, terapia comportamental cognitivaResumen
Introdução
A Fibromialgia é uma síndrome, de caráter crônico e etiologia desconhecida, caracterizada por dor musculoesquelética que afeta várias áreas do corpo. Em função da inexistência de alterações ·orgânicas, a presença de fatores psicológicos como estresse, ansiedade, depressão, inassertividade e crenças irracionais parecem influenciar seu início e manutenção.
Objetivo
Comparar a eficácia de três técnicas de intervenção psicológica: Treino de Controle de Stress, Relaxamento Progressivo e Reestruturação Cognitiva.
Métodos
Participaram 21 pacientes com fibromialgia, do sexo feminino, provenientes do Ambulatório de Reumatologia de um Hospital Universitário do interior de São Paulo, divididos, aleatoriamente em três grupos. O Grupo I participou do Treino de Controle de Stress; o Grupo li foi submetido ao Relaxamento Progressivo e, no Grupo III foi realizado a Reestruturação Cognitiva. Os pacientes receberam tratamento médico simultâneo e foram contatados por meio de uma entrevista e submetidos à aplicação do Inventário de Sintomas de Stress, Escala de Ansiedade e Depressão, dos Levantamentos dos níveis de lnassertividade, Crenças Irracionais e Escala Analógica Visual.
Resultados
Revelaram que as três técnicas possibilitaram a redução do nível de estresse; a diminuição da ansiedade e depressão e o desenvolvimento da assertividade. Revelaram, ainda que, nenhuma das técnicas demonstraram-se significativas na redução da percepção das dores.
Conclusão
Confirma-se as controvérsias quanto à etiologia desta doença e levanta-se a necessidade da realização de novos trabalhos verificando o tipo de intervenção mais eficaz.
Descargas
Citas
Bellometti S, Galzina L. Function of hypotalamic adrenal axis in patients with fibromyalgia. lnt J Clin Pharmacol Res 1999; 19(1)27-33
Fransen JRN, Russel IJ. The Fibromyalgia help book: practical guide to living better with fibromyalgia. New York: Smith House Press; 1996.
Goldenberg DL What's the future of Fibromyalgia? Rheumatic Dis Clinics North Am 1996; 22(2):393-405. Lipp MEN. Como enfrentar o stress. São Paulo ícone; 1990.
Lipp MEN, Malagris LEN. O Manejo do stress. ln: Range B, organizador. Psicoterapia comportamental e cognitiva. Campinas: Editora Psy; 1995; 24 279-92.
Lipp MEN. Stress e suas implicações Estudos de Psicologia 1984; 1 (3-4) 5-19.
Jacobson E. Progressive relaxation. Chicago: University of Chicago Press; 1938.
Everly GS, Rosenfield R. The Nature and treatment of the stress response. New York: Plenum Press; 1981.
Meichenbaum D. Stress inoculation training New York: Plenun Press; 1985.
Ellis A. Humanistc psychology: the rational emotive approach. New York: Julian; 1973.
Lipp MEN, Nogueira JCP, Nery MJS. Estudo experimental de duas condições .de tratamento médico-psicológico a pessoas portadoras de psoríase. Campinas NEP; 1991.
Dias RR. Stress e Psoríase: assertividade e crenças irracionais [dissertação]. PUC-Campinas: Campinas; 1998.
Lipp MEN, Bignotto MM, Alcino AB. Efeitos do treino de controle do stress social na reatividade cardiovascular de hipertensos. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática 1997; 2:137-46.
Brasio KM. Eficácia do treino de controle de stress na retocolite ulcerativa inespecífica [tese]. PUC-Campinas: Campinas; 2000.
Torrezan EA. O efeito do controle de stress no resultado da gravidez [tese]. PUC-Campinas: Campinas; 1999.
Kirkby RJ Changes im premenstrual symptons and irrational thinking following cognitive-behavioral coping skills training. J Consulting Clin Psychol 1994; 62(5): 1026-32.
Silverglade, L, Tosi DJ, Wise PS, D'Costa A. lrrational beliefs and emotionality in adolecentes with and without bronchial asthma. J Gen Psychology 1994; 12(3):199-207.
Lichtenberg JW, Johnson DDV, Arachtingi BM. Physical illness and subscription to Elli's lrrational Beliefs J Counseling Dev 1992; 71(6): 157-63.
Klages U. Life events and irrational atitudes in patients with rheumatoid arthritis: relations to pain, disability and general health condition. lnt J Psychosomatics 1991; 38:21-26.
Sternbach R. Principies of psychophysiology. New York: Academic Press; 1966.
Caballo VE. Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. São Paulo: Santos; 1996.
Davis M, Eshelman ER, Mackay M. Manual de relaxamento e redução do estresse. São Paulo: Summus; 1996.
Laloni DT O relaxamento físico: significado, uso e metodologia. ln: Lipp MEN. Relaxamento para todos: controle o seu stress. Campinas: Papirus; 1997. 2:33-6.
Campos LFL. Terapia racional-emotivo-comportamental. ln: Rangé B. Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas. Campinas; Editora Psy; 1998. 7:79-88.
Lipp MEN. O valor do controle estresse como terapêutica de hipertensão arteira!. ln: Knobel M. Psicossomática. Campinas: NEP; 1991. p.83-162.
Lipp MEN, Guevara AJH. Validação empírica do inventário de sintomas de stress. Est Psicologia, 1994; 11 (3):42-4.
Rathus S. A 30 - Item schedule for assetive behavior. Behavior Res Ther 1973; 4:398-406
Rimm DC, Masters JC. Técnicas e resultados experimentais. Rio de Janeiro: Manole; 1983.
Soares DM. O estresse do executivo brasileiro: diferenças e similaridades entre homens e mulheres [dissertação]. PUC-Campinas; 1990.
