Avaliação funcional cardiovascular de crianças sedentárias obesas e não-obesas
Palabras clave:
obesidade infantil, avaliação funcional cardiovascular, exercicio fisicoResumen
Objetivo
A obesidade sociogênica na infância e adolescência, cuja prevalência aumentou muito nas duas últimas décadas, é considerada por muitos autores um problema epidemiológico grave. Este vem merecendo a crescente atenção dos responsáveis pelo controle da saúde pública. Preocupados com essa questão, pretende-se demonstrar com o presente trabalho uma nova faceta do problema.
Métodos
Foram comparadas crianças obesas sedentárias (n = 1 O com idade média de 9 ± O, 7 anos de idade) com crianças não-obesas, sedentárias (n = 1 O com idade média de 9 ± 0,2 anos de idade), quanto a aspectos funcionais cardiovasculares, estudados em repouso e durante a realização de exercício físico dinâmico.
Resultados
Os resultados revelaram significativas diferenças entre os grupos, notadamente, no maior número de batimentos cardíacos durante o repouso e na menor capacidade física por parte dos obesos sedentários, esta última sendo expressa em equivalentes metabólicos com 5, 1 ± 1,8 para os obesos sedentários e 8, 1 ± 2,7 para os não-obesos sedentários. Também notável foi a diferença nos valores do consumo de oxigênio (V02mUkg/min), de 17,8 ± 6,5 e 28,3 ± 9,7 respectivamente, para os obesos sedentários e os não-obesos sedentários, valores obtidos indiretamente, durante a execução do exercício físico dinâmico, no momento em que atingiam a freqüência cardíaca sub-máxima preestabelecida.
Conclusão
Tais resultados podem alertar a comunidade contra a obesidade precoce, que traz prejuízos e sobrecarga ao sistema cardiovascular, causa limitação funcional cardio-respiratória e, desde a infância, pode ser um fator de risco para doenças relacionadas a esse sistema.
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