Programa de educação nutricional para mães de baixa renda em processo de capacitação profissional: estudo sobre os efeitos na composição da dieta alimentar
Palabras clave:
consumo de alimentos, hábitos alimentares, dieta, educação nutricionalResumen
Objetivo
Conhecer o perfil de compras de alimentos de mães de baixa renda, residentes na periferia da cidade de São Paulo, antes e após a participação em um curso profissionalizante de culinária e técnicas de confeitaria com componentes de educação nutricional.
Métodos
A amostra estudada envolveu 19 mães de baixo nível socioeconômico residentes no sub distrito do Jabaquara, São Paulo, matriculadas no Curso de Culinária e Confeitaria do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio, compreendendo O grupo exposto. Para este grupo foi inserido o conteúdo de educação nutricional durante todo o curso. Outras 1 O mães, residentes no bairro da Penha, São Paulo, compreenderam o grupo controle, que participou igualmente do Curso de Culinária e Confeitaria do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio, porém sem os componentes de educação nutricional. A metodologia utilizada para investigação da compra de alimentos pelas famílias consistiu em um inquérito de consumo mensal de alimentos. Foram consideradas significantes as diferenças com valores de p menores que 0,05 (5%).
Resultados
Não foram observadas diferenças significantes na compra de alimentos dos grupos energéticos, construtores e reguladores, após a intervenção educativa. No entanto, observou-se diminuição significante nas compras de alimentos supérfluos no grupo exposto após o curso.
Conclusão
As diferenças encontradas sugerem que esta pode ser uma intervenção eficiente na determinação do padrão de compra de alimentos, podendo ajudar no combate a desvios nutricionais.
Descargas
Citas
Barreto SA, Cyrillo SC. Análise da composição dos gastos com alimentação no Município de São Paulo (Brasil) na década de 1990. Rev Saude Publica 2001; 35(1 ):52-9.
Drewnowski A. Nutrition transition and global dietary trends. Nutrition 2000; 16(7-8):486-7.
Onis M, Frongillo EA, Blossner M. Is malnutrition declining? An analysis of changes in leveis of child malnutrition since 1980. Buli World Health Organ 2000; 78(10): 1222-33.
Keys A, Menotti A, Aravanis C, Blackburn H, Djordevic BS, Buzina R et ai. The seven countries study: 2,289 deaths in 1 5 years. Prev Med 1984; 13(2): 141-54.
Cade J, Upmeier H, Calvert C, Greenwood D. Costs of a healthy diet: analysis from the UK Women's Cohort Study. Public Health Nutr 1999; 2(4): 505-12.
Taddei JA, Colugnati FA, Rodrigues EM, Sigulem DM, Lopez FA. Desvios nutricionais em menores de cinco anos. São Paulo: UNIFESP; 2002. 64p.
Popkin BM. The nutrition transition and obesity in the developing world. J Nutr 2001; 131(3): 871S-3S.
Gardner G, Halweil B. Underfed and overfed: the global epidemie of malnutrition. Washington (DC): Worldwatch lnstitute; 2000. 68p.
Vasconcellos M. Estudo nacional da despesa familiar (ENDEF): resultados disponíveis. ln: Consumo alimentar: as grandes bases de informação. São Paulo: Instituto Danone; 2000. p. 31-7.
Monteiro CA, Mondini L, Costa RB. Changes in composition and appropriate nutrition of family diet in the metropolitan areas of Brazil (1988-1996). Rev Saude Publica 2000; 34(3):251-8.
Outra de Oliveira JE, Cunha SFC, Marchini JS. A desnutrição dos pobres e ricos: dados sobre a alimentação no Brasil. São Paulo: Sarvier; 1996. 123p.
Dietz WH. You are what you eat-what you eat is what you are. J Adolesc Health Care 1990; 11(1):76-81.
Oliveira SP, Thebaud-Mony A. Food consumption: in search of a multidisciplinary approach. Rev Saúde Pública 1997; 31(2):201-8.
Galeazzi MAM, Taddei JAAC, Vianna RP, Zabotto CB. Inquérito de consumo mensal de alimentos na detecção de famílias de risco nutricional: metodologia para avaliação do consumo alimentar domiciliar. Rev Metabol Nutri 1996; 3(3): 109-14.
Varela G, Moreiras O, Carbajal A, Campo M. Encuesta de presupuestos familiares 1990/91: estudio nacional de nutrición y alimentación 1991. Madrid: INE; 1995.
Philippi ST, Latterza AR, Cruz AT R, Ribeiro LC. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev Nutr 1999; 12(1 ):65-80.
Dean AG, et ai. Epi lnfo, version 6.02: a word processing, database, and statistics program for epidemiology on microcomputers. Atlanta, GA: Centers for Disease Contrai and Prevention; 1997.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais 2002 [Acesso em 1 O junho 2003]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/ estatistica/populacao/ con d icaod evi dali n d icado resm i n imos / i ndic_socia is2002. pdf
Bauce G, Mata-Meneses E. Conductas alimentarias en familias de diferentes estratos sociales: area metropolitana de Caracas. An Venez Nutr 1999; 12(1):16-22.
Depa rta menta I ntersi nd ica I de Estatística e Estudos Sócio Econômicos. Índice do custo de vida no município de São Paulo [base de dados Internet]. São Paulo (SP): DIEESE-Departamento lntersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos, Brasil; 1998 [Acesso em 8 maio 2003]. Disponível em: http://www.dieese.org.br/rei/ icv/icv.html
Wong P, Higuera 1, Valencia ME. Relation between familiai incarne, expenditure and food cons umption in marginal urban zones of Sonora, Mexico. Arch Latinoam Nutr 1984; 34(2):391-403.
Garcia CG, Avila BL. Food consumption surveillance. Arch Latinoam Nutr 1995; 45(1 ):56-62.
