Discriminação entre palavras e pseudopalavras em escolares de 8 a 11 anos de idade
Palabras clave:
criança, leitura, psicologia da criançaResumen
Objetivo
A avaliação da discriminação entre palavras e pseudopalavras tem sido utilizada para melhor compreensão do processo de leitura e escrita.
Métodos
Estudou-se a discriminação de palavras/pseudopalavras em relação à idade da criança, série escolar e nível de escolaridade de seus pais, em 120 crianças, sem antecedentes de problemas neurológicos ou psiquiátricos, com idades entre 8 e 11 anos, e estudantes de escolas públicas de Campinas, São Paulo. Foram realizados: anamnese, exame físico e neurológico, prova de discriminação entre palavras e pseudopalavras (acertos/erros e tempo de reação), teste de desempenho escolar e teste de Raven.
Resultados
Houve maior porcentagem de acertos e menor tempo de reação no reconhecimento de palavras que de pseudopalavras. Observou-se para pseudopalavras, maior porcentagem de acertos nas crianças de 3ª a 5ª série em relação às de 2ª série. O tempo de reação para palavras e pseudopalavras foi menor quanto mais avançada a série escolar. A maior escolaridade dos pais foi associada a maior porcentagem de acertos de pseudopalavras.
Conclusão
A avaliação da discriminação de palavras/pseudopalavras permitiu captar aspectos evolutivos e de mecanismos e fatores envolvidos no processo da leitura.
Descargas
Citas
Coch D. Word and picture processing in children: An event-related potential study. Dev Neuropsychol. 2002; 22(1):373-406.
Wise R, Chollet F, Hadar U, Friston K, Hoffner E, Frackowiak R. Distribution of cortical neural networks involved in word comprehension and word retrieval. Brain. 1991; 114(Pt4):1803-17.
Pinheiro AMV. Leitura e escrita: uma abordagem cognitiva. Campinas: Editorial Psy; 1994.
Scarborough DL, Cortese C, Scarborough HS. Frequency and repetition effects in lexical memory. J Exp Psychol Hum. 1977; 3:1-17.
Forster KI. The microgenesis of priming effects in lexical access. Brain Language. 1999; 68(1-2):5-15.
Whaley CP. Word-nonword classification time. J Verb Learn Ver Behav. 1978; 17:143-154.
Capovilla AGS, Capovilla FC, Macedo LC. Validação do software CronoFonos para a análise de tempo de reação, duração e freqüência de segmentação locucionais na leitura em voz alta de itens isolados. Ciênc Cogn: Teoria, Pesq Aplic. 1998; 2(3): 253-340.
Pinheiro AMV, Rothe-Neves R. Avaliação cognitiva de leitura e escrita: as tarefas de leitura em voz alta e ditado. Psicol Refl Crít. 2001; 14(2):399-408.
Hodges M. Phonological analyses, verbal working memory and reading ability in second grade children. Child Develop. 1994; 65:938-50.
O. Shaywitz SE, Shaywitz BA, Pugh KR, Julbright RK, Constable RT, Mend WE, et ai. Functional disruption in the organization of brain for reading in dyslexia. Proc Natl Acad Sei. 1998; 95(5):2636-41.
Stein LM. TDE: teste de desempenho escolar: manual para aplicação e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1994. p.1-17.
Fonseca LC, Tedrus GMAS, Martins SMV, Gibert MAP, Antunes TA. Quantitative electroencephalography in healthy school-age children: analysis of band power. Arq Neuropsiq. 2003; 61(3B):796-801.
Hauk O, Pulvermüller F. Effects of word length and frequency on the human event-related potential Clin Neurophysiol. 2004; 115(5):1090-103.
Mechelli A, Gorno-Tempini ML, Price CJ. Neuroimaging studies of word and pseudoword reading: consistencies, inconsistencies and limitations. J Cogn Neurosci. 2003; 15(2):260-71
Ziegler JC, Besson M, Jacobs AM, Nazir TA. Word, pseudoword and nonword processing: A multitask comparation using event-related brain potentials. J Cogn Neurosci. 1997; 9:758-75.
Petersen SE, Fox PT, Snider AZ, Raichle ME. Activation of extrastriate and frontal cortical areas by visual words and word-like stimuli. Science. 1990; 249(4972):1041-4.
Visioli-Melo J, Rotta NT. Avaliação pelo P300 de crianças com e sem epilepsia e rendimento escolar. Arq Neuropsiquiatr. 2000; 58(2B):476-84.
Sternberg R. As Capacidades Intelectuais Humanas: uma abordagem em processamento de informação. Porto Alegre Artes Médicas. 1992; p.20-25.
