Efeitos das alterações posturais e de equilíbrio estático nas quedas de idosos institucionalizados

Autores/as

  • Adriana Correia Aikawa
  • Ligia Maria Presumido Braccialli
  • Rosimeire Simprini Padula

Palabras clave:

fotogrametria, idoso, institucionalização, postura

Resumen

Objetivo

Estudar a associação entre as adaptações posturais, oscilações posturais, índice de quedas e idade.

Métodos

Participaram 16 idosos de ambos os gêneros, divididos em grupos segundo a faixa etária: de 60 a 70 anos (M=65,37 dp=4,06) e de 71 a 80 anos de idade (M=73 dp=6,44). Os participantes estavam institucionalizados, sem nenhum tipo de alteração neurológica e independentes nas atividades de vida diária. Os dados foram obtidos por meio de uma avaliação postural e a análise da oscilação anterior e posterior por meio de fotogrametria computadorizada. A existência de associação entre as oscilações, índice de quedas e o avanço da idade foi avaliada pelo ÷2 (p≤0.05).

Resultados

Os resultados sugerem que 100,0% dos sujeitos de ambos os grupos apresentam escoliose, assimetria clavicular, assimetria pélvica e pé plano. O grupo da faixa etária de 60 a 70 anos apresentou 75,0% de retificações lombares, 85,0% de hipercifose torácica e 65,0% de protusão abdominal, enquanto 100,0% dos participantes do grupo de 71 a 80 anos apresentaram todas as alterações posturais citadas. Os graus de oscilações posturais ântero-posteriores para indivíduos que relataram quedas no último ano foram 12,2% (60-70 anos) e 69,2% (71-80 anos) maiores do que os indivíduos que não apresentaram quedas. O teste estatístico apontou diferenças significativas nos graus de oscilações com relação ao índice de quedas (p<0,000) e em função da idade (p<0,000).

Conclusão

Conclui-se que os graus de oscilações corporais foram influenciados pelo avanço da idade assim como as adaptações posturais, ocasionando quedas em idosos institucionalizados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Rogers MW, Kukulka CG, Soderberg GL. Age-related changes in postural responses preceding rapid self­ paced and reaction time arm movements. J Gerontol. 1992; 47(5):159-65.

Rogers MW, Mille ML. Lateral stability and falis in older people. Exerc Sport Sei Rev. 2003; 31(4):182-7.

Bonder BR, Wagner MB. Functional performance in older adults. Philadelphia Davis Company; 2001.

Sforza CS, Gras GP, Turci M, Fragnito N, Pizzini G, Ferraria VF. lnfluence of training on Maintenance of Equilibrium on a tilting plataform. Perceptual Motor Skills. 2003; 96(1):127-36.

Duarte M. Análise estabilográfica da postura ereta humana quase-estática [tese de livre-docência]. São Paulo: Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo; 2001.

Enoka RM. Bases neuromecânicas de cinesiologia. São Paulo: Manole; 2000. p.450.

Braccialli LMP, Baraúna MA, Ferreira CS, Correia K. Estudo comparativo entre o equilíbrio estático de indivíduos sedentários e não sedentários do sexo feminino [especialização em Clínica Fisioterápica]. Uberlândia: Universidade de Marília; 1995.

Hageman PA, Leibowitz JM. Blanke D. Age and Gender Effects on Postural Contrai Measures. Arch Phys Med Rehabil. 1995; 76(10):961-5.

Ministério da Saúde. Instabilidade postural e queda. Cad Atenção Básica: Prog Saúde Fam. 2001; 4(1):1-36.

Melzer 1, Benjuya N, Kaplanski J. Age-related changes of postural contrai: effect of cognitive tasks. Gerontology. 2001; 47(4):189-94.

D'Elboux DMJ, Néri AL, Cachioni M. Saúde e qualidade de vida na velhice. São Paulo: Alínea; 2004. p.236.

Horak FB, MacPherson JM. Postural orientation and equilibrium. exercise: regulation and lntegration of systems multiple. ln: Handbook of fhysiology. New York: Oxford; 1996. p.255-8.

Bittar RSM, Pedalini MEB, Szniffer J, Formigoni LG. Reabilitação Vestibular: opção terapêutica na síndrome do desequilíbrio do idoso. Gerontologia. 2003; 8(1)9-12.

Hirvonen TP, Pyykko 1, Juhola M, Jantti P. Changes in vestíbulo-ocular reflex of elderly people. Acta Otolaryingol Suppl (Stockh). 1997; 529:108-1O.

Weindruch R, Korper PS, Hadley E. The prevalence of dysequilibrium and related disorders in older persons. Ear Nose and Throat J. 1989; 68(12):925-9.

Hofmann MT, Banks PF, Javed A, Selhat M. Decreasing the lncidence of Falis in the Nursing Home in a Cost­ Conscious Enviroment: a plilot study. J Am Med Dir Assoe. 2003; 4(2):95-7.

Somoceli L, Bittar RMV, Bottino AM, Bento RF. Perfil diagnóstico do idoso portador de desequilíbrio corporal: resultados preliminares. Rev Sras Otorrinolaringol. 2003; 69(6):772-7

Watson AWS. Procedure for the production of high quality photographs suitable for the recording and evaluation of posture. Rev Fisiot Univ de São Paulo. 1998; 5(1):20-6.

Kendall SP, Creary EK, Provance PG. Músculos provas e funções. São Paulo: Manole; 1995. p.453.

Hungria JSF. Postura: a primazia da pélvis no seu condicionamento e na correção de seus desvios. Rev Sras Ortop. 1986; 21(6):144-8.

Guccione AA. Fisioterapia geriátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p.470.

Friedenberg ZB, Miller WT. Degenerative disc disease of the cervical spine. J Bone Joint Surg. 1963; 45(9): 1171-8.

Brian L. Some unsolved problems of cervical spondylosis. Br Med J. 1963; 1(2):771-7.

Freitas EV, Neri AL, Cançado FAX, Gorzone ML, Rocha SM. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p.1252.

Salvini TF. Plasticidade e adaptação postural dos músculos esqueléticos. ln: Maeques AP. Cadeias musculares: um programa para ensinar avaliação fisioterapeutica global. São Paulo: Manole; 2005. p.160.

Douglas CR. Tratado de fisiologia aplicado à saúde. São Paulo: Robe Editorial; 2002. p.1046.

Maki BE, Mcllory WE. Age related changes in compensatory steping in response to unpredictable perturbations. J Grontol Med Sei. 1996; 51(6): 286-96.

Fleck J, Steven K, William J. Fundamentos do treinamento de força muscular. Porto Alegre: Artmed; 1997. p.247.

Hahn ME, Lee HJ, Chou LS. lncreased muscular challenge in older adults during obstructed gait. Gait Posture. 2005; 22(4):356-61.

Tideiksaar R. Disturbances of Gait, Balance and the Vestibular System. ln: Tallis RC, Fillit HM. Textbook of geriatric medicine of gerontology. London: Brocklehurt's; 1998. p.1566.

Perracini MR. Fatores associados a quedas em uma coorte de idosos residentes no município de São Paulo [tese). São Paulo: Programa de Pós Graduação em Ciências de Reabilitação, Escola Paulista de Medicina; 2000.

Nashner LM. Fixer patterns of rapid postural responses among muscles during stance. Exp Brain Res. 1977; 30(1):13-24.

Toupet M, Gagey PM, Heuschen S. Vestibular patients and aging subjects lose use of visual imput and expend more energy in static postural contrai. ln: Shumway-Cook A, Woollacott M. Controle motor: teorias e aplicações práticas. São Paulo: Manole; 2003. p.562.

Shumway-Cook A, Baldwin M, Pollisar N, Gruber W. Predicting the probability of falis in community dwelling olders adults. Phys Ther. 1997; 77(8):812-9.

Barbosa SM, Arakaki J, Silva MF. Estudo do equilíbrio em idosos através da fotogrametria computadorizada. Fisioter Brasil. 2001; 2(3):189-96.

lnafuko CS, lramina LT. Efeitos da atividade física relacionada à cognição e quedas na terceira idade. Mogi das Cruzes [trabalho de conclusão de curso]. Mogi das Cruzes: Universidade Mogi das Cruzes; 2002.

Nickens MC. lntrinsic factors for falling among the elderly. Arch lntern Med. 1985; 145(6):1089-93.

Baraúna MA, Barbosa SRM, Canto RST, Silva RAV, Silva CDC, Baraúna KMP. Estudo do equilíbrio estático de idosos e sua correlação com quedas. Fisioter Brasil. 2004; 5(2):136-41.

Vellas BJ, Wayne SJ, Romero LJ, Baumgartner RN, Garry PJ. Fear of falling and restriction of mobility in elderly fallers. Age Aging. 1997; 26(3):189-93.

Publicado

2006-06-30

Cómo citar

Aikawa, A. C., Braccialli, L. M. P., & Padula, R. S. (2006). Efeitos das alterações posturais e de equilíbrio estático nas quedas de idosos institucionalizados. Revista De Ciências Médicas, 15(3). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1109

Número

Sección

Artigos Originais