Atividade antiinflamatória de arnica montana
Palavras-chave:
arnica montana, antiinflamatorios, extratos vegetais, plantas medicinaisResumo
Devido a quase inexistência de estudos com relação a Arnica ao nível sistêmico, este estudo visa comprovar a atividade antiinflamatória da Arnica montana. A solução de Arnica montana utilizada neste experimento foi obtida a partir da tintura de Arnica. Foram utilizados 88 ratos Wistar; adultos (150-200g), e foram divididos em três grupos recebendo, por via oral o volume de 0,2ml/100g, para o grupo controle: água destilada com Tween, utilizado na diluição da solução de Arnica; no grupo experimental: solução de Arnica montana ( 10mg/ml) na dose de 20mg/kg; no grupo controle positivo: corticóide (Betametazona) na dose 1mg/kg. Após 60 minutos de tratamento foi medido o deslocamento da coluna de mercúrio, provocado pela imersão da pata posterior direita do rato até o maléolo lateral. A formação do edema, provocando pela asministração de 0,1ml de formol foi avaliada também por deslocamento da coluna de mercúrio, nos tempos: 30, 60, 120, 180 e 240 minutos após a injeção do agente flogístico. Os resultados foram expressos as diferenças de volume deslocado entre o tempo zero e os tempos subsequentes. A Arnica montana mostrou atividade antiinflamatória quando provocou redução do edena da pata do rato provocado pelo formol em relação ao grupo controle da ordem de 49,2; 40,6; 37.5; 37,9 e 33, 7% aos 30, 60, 120, 180 e 240 minutos respectivamente após a indução do edema. Esta ação foi menor do que a do corticóide, na primeira hora (73%) e praticamente igual nas horas subsequentes (91, 97 e 90%). Pôde-se observar ainda, que os animais apresentaram um comportamento semelhante ao grupo controle, não demostrando efeitos tóxicos da Arnica na dose utilizada.
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