Desigualdades no acesso aos serviços de esgotamento sanitário
um olhar sobre Jacareí-SP
DOI:
https://doi.org/10.24220/2675-7885v5a2024e11279Palavras-chave:
Índices de coleta e tratamento de esgoto, Saneamento básico, Serviços de esgotamento sanitário, UniversalizaçãoResumo
O presente artigo tem como objetivo fornecer análises atualizadas sobre a desigualdade na prestação dos serviços de esgotamento sanitário no Brasil, com foco no município de Jacareí-SP. Propõe técnicas e estratégias para a possível superação do problema, evidenciando a notável disparidade no acesso a esses serviços em todo o país. Essa desproporção adquire maior relevância ao considerar que quase 100 milhões de cidadãos brasileiros enfrentam a privação do acesso a tais benfeitorias. Observa-se também uma clara distinção entre os municípios, sendo que Jacareí destaca-se por alguns índices positivos. Contudo, apesar dos esforços da gestão municipal em enfatizar tais resultados, parte da população permanece excluída do acesso ao chamado saneamento básico. A pesquisa adotou uma abordagem dialética e uma metodologia baseada na estratégia da documentação indireta, buscando os índices de coleta e tratamento de esgoto por meio de fontes estatísticas de órgãos governamentais ligados ao saneamento na cidade, além da revisão bibliográfica de obras e pesquisas relacionadas ao tema, assim como a apresentação de algumas propostas de solução. Os resultados obtidos revelaram a complexidade associada à universalização dos serviços de saneamento, destacando seu papel na manutenção da desigualdade e exclusão social. Nesse contexto, a pesquisa também procurou identificar estratégias para superar esses desafios e promover a efetiva universalização dos serviços de esgotamento sanitário na cidade.
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