Paquetá
os primórdios do Rio de Janeiro como balneário
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v15e2018a4064Palavras-chave:
Cidade‑balneário, Cidades litorâneas, História do Rio de Janeiro, Paquetá, Turismo e cidadeResumo
O presente artigo busca compreender um momento de transformação da cidade em sua relação com o seu litoral, a partir de novos hábitos culturais que surgem na Europa no Século XVII, relacionados inicialmente ao uso das aguas em termas e balneários naquele continente, e sua transposição para o Rio de Janeiro no século XIX, criando uma cultura de uso da praia e da natureza. Através do estudo de um álbum de fotografias de uma família alemã em Paquetá, uma pequena ilha na Baia de Guanabara, o trabalho visa analisar novos hábitos que estrangeiros trazem para a cidade, em especial em relação ao lazer e a natureza, e como isso influenciou a formação urbana da cidade. Utilizando as fotografias e a bibliografia sobre balneários, lazer, turismo e a história do Rio de Janeiro, o trabalho traz um olhar sobre as origens da relação entre a tradição e a transformação urbana partir de então.
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