A paisagem vivenciada
Resumo
Paisagem é uma noção bastante difundida e amplamente reconhecida pelo senso comum. Ainda que a palavra que a designa, e portanto seu próprio conceito, tenha se forjado apenas no despontar da modernidade, os séculos transcorridos desde então foram suficientes para sua naturalização, como se ela sempre tivesse existido e não fosse uma criação cultural. Hoje, sobre paisagem pode-se dizer tudo e nada, comentava Guido Ferrara, em 1968, na introdução a L’architettura del paesaggio italiano, pois é assunto que admite tanto um tratamento trivial quanto complexo. A paisagem pode ainda ser entendida como um fato objetivo, real, passível de análise, relacionado ao “mundo da ciência”, ou como um fenômeno, isto é, como “coisa sensível”, pertencente ao “mundo percebido”, nos termos de Merleau-Ponty (2004). Trata-se, enfim, de um conceito dependente de tantas acepções quantas forem as disciplinas ou práticas – Gografia, Atropologia, História, Psicologia, Arquitetura, Pintura – que tomam a paisagem como objeto ou como tema.Downloads
Referências
DARDEL, E. L’homme et la Terre. Paris: Editions CTHS, 1990.
FERRARA, G. L’architettura del paesaggio italiano. Pádua: Marsílio Editori, 1968.
HUNT, J. D. Greater Perfections, The Practice of Garden Theory. Slovenia: Thames & Hudson, 2000.
MERLEAU-PONTY, M. Conversas – 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
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Publicado
2005-12-10
Como Citar
Bartalini, V. (2005). A paisagem vivenciada. Oculum Ensaios, (4), 116–123. Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/oculum/article/view/793
Edição
Seção
Resenha