Uma contribuição ao tratamento de riscos em urbanização de assentamentos precários

Autores

  • Fernando Rocha Nogueira Universidade Federal do ABC, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território https://orcid.org/0000-0003-0814-4984
  • Cláudia Francisca Escobar de Paiva Universidade Federal do ABC, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas https://orcid.org/0000-0001-7904-7802

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v15e2018a4182

Palavras-chave:

Gestão de riscos de desastres, Riscos em assentamentos precários, Urbanização de favelas

Resumo

Este artigo discute aspectos conceituais e históricos da gestão de riscos (de desastres) no Brasil, no sentido de contribuir para a qualificação do tratamento dos riscos em projetos de urbanização de favelas. Essa reflexão, que tem como desfecho a sugestão de indicadores para orientação dos projetos, fez parte de investigação desenvolvida com objetivo de identificar as características, alcances e limitações dos investimentos em urbanização de assentamentos precários efetuados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento na Região do ABC Paulista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALHEIROS, M.M. (Coord.). Manual de ocupação de morros da região metropolitana de Recife. Recife: Programa Viva o Morro, 2003. p.147. CD-ROM.

ALVES, H.P.F. Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, v.23, n.1, p.43-59, 2006.

BALBIM, R. et al. Metodologia de avaliação de resultados: o caso das intervenções do PAC Urbanização de Favelas. Brasília: IPEA, 2013. Texto para discussão 1903.

BONDUKI, N. Origens da habitação social no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.

BRASIL. Ministério das Cidades. Matriz de indicadores para avaliação da pós-ocupação dos projetos-piloto de investimento intervenção em favelas. Brasília: Ministério das Cidades, 2006.

BRASIL. Ministério das Cidades. Política habitacional e a integração de assentamentos precários: parametros conceituais, técnicos e metodológicos. Brasília: Ministério das Cidades, 2008.

BUENO, L.M.M. Projeto e favela: metodologia para projetos de urbanização. 2000. 362 f. Tese

(Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

CALDERÓN, A.I.; SEGURA, D.S.B. Riscos socioambientais: a complexidade do caso paulistano. Debates socioambientais, n.4, p.3-5, 1996.

CARDONA, O.D. Midiendo lo inmedible: indicadores de vulnerabilidad y riesgo. Ciudad de Panamá: La Red: Red de Estudios Sociales en Prevención de Desastres en América Latina, 2007. p.1-4. Disponible en: <http://www.desenredando.org/public/articulos/2007/articulos_omar/Midiendo_lo_inmedible_ODC_LaRed.pdf>. Acceso en: 15 feb. 2018.

CARDOSO, A.L. Assentamentos precários no Brasil: discutindo conceitos. In: MORAIS, M.P. et al. (Ed.). Caracterização e tipologia de assentamentos precários: estudos de caso brasileiros. Brasília: Ipea, 2016. p.29-52.

CARVALHO, C.S. et al. (Org.). Mapeamento de riscos em encostas e margem de rios. Brasília: Ministério das Cidades, 2007.

CERRI, L.E.S.; CARVALHO, C.S. Hierarquização de situações de risco em favelas do município de São Paulo, Brasil: critérios e metodologia. In: SIMPOSIO LATINO-AMERICANO SOBRE RISCO GEOLOGICO URBANO, 1., 1990, São Paulo. Anais... São Paulo: ABGE, 1990, p.150-57.

CERRI, L.E.S. et al. Mapeamento de riscos em assentamentos precários no Município de São Paulo (SP). Geociências, v.26, n.2, p.143-150, 2007.

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC. Diagnóstico habitacional regional do ABC. São Bernardo do Campo: UFABC, 2016. Relatório.

CUTTER, S.L. A ciência da vulnerabilidade: modelos, métodos e indicadores. Revista Crítica de Ciências Sociais, n.93, p.59-69, 2011.

DENALDI, R. et al. Urbanização de favelas na Região do ABC no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento-Urbanização de Assentamentos Precários. Caderno da Metrópole, v.18, n.35, p.101-118, 2016.

DUTRA. R.C. Indicadores de vulnerabilidade no contexto da habitação precária em área de encosta sujeita a deslizamento. 2011. 172 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

FARAH, F. Habitação e encostas. 1998. 246 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

IWASA, O.Y. et al. Vulnerabilidade da ocupação em setores de risco a movimentos gravitacionais de massa e inundação no Município de Luis Alves, Santa Catarina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL, 14., 2013, Rio de Janeiro. Anais.... São Paulo: ABGE, 2013, p.1-15.

MANDAI, P.R. Avaliação da aptidão à urbanização com uso de Inferência Fuzzy em dados geomorfométricos: subsídios para o planejamento territorial em torno do anel viário do Distrito Federal. 2012. 206 f. Dissertação (Mestrado em Geoprocessamento e Analise Ambiental) — Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

MONTANER, J.M. et al. Instrumentos de avaliação de projetos. In: FRANÇA, E.; COSTA, K.P. (Org.). Do plano ao projeto: novos bairros e habitação social em São Paulo. São Paulo: Prefeitura de São Paulo, 2012. (Coleção Política Municipal de Habitação: uma construção coletiva, v.2).

MORETTI, R.S. et al. Urbanização de assentamentos precários no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento na Região do ABC. Brasília: CNPq, 2015. Relatório Final de Pesquisa.

NOGUEIRA, F.R. Gerenciamento de riscos ambientais associados a escorregamentos: contribuição às políticas públicas municipais para áreas de ocupação subnormal. 2002. 268 f. Tese (Doutorado em Geociências e Meio Ambiente) — Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2002.

PEREZ, L.P. Índice de vulnerabilidade urbana a alagamentos e deslizamentos de terra em função de eventos extremos de clima na região metropolitana de São Paulo: uma proposta de método. 2013. 115f. Tese (Doutorado em Geografia) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

ROLNIK, R. O sonho possível do povo oprimido nas vilas, filas, favelas. Diálogos e debates da Escola Paulista de Magistratura, n.1, ed.5, p.58-61, 2001.

SILVEIRA, L.R.M. Ocupação de Encostas: dinâmica urbana, modos de vida e cultura do habitar. In: PEREIRA, F.O.R Características da habitação de interesse social na região de Florianópolis. Florianópolis: UFSC, 2000. Relatório Final de Projeto de Pesquisa. CD-Rom.

WILCHES-CHAUX,G. La vulnerabilidad global. In: MASKREY, A. (Comp.) Los desastres no son naturales. Bogotá: Tercer Mundo Editores, 1993. p.9-50. Disponible en: <http://www.desenredando.org/public/libros/1993/ldnsn/html/cap2.htm>. Acceso en: 15 feb. 2018.

ZUQUIM, M.L. et al. Remanescência da ilegalidade, da irregularidade, da precariedade e dos riscos pós-urbanização de favelas. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE URBANIZAÇÃO DE FAVELAS, 2., 2016, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: IIPUR-UFRJ, 2016. p.1-15.

Downloads

Publicado

2018-12-11

Como Citar

Nogueira, F. R., & Paiva, C. F. E. de. (2018). Uma contribuição ao tratamento de riscos em urbanização de assentamentos precários . Oculum Ensaios, 15(3), 437–454. https://doi.org/10.24220/2318-0919v15e2018a4182

Edição

Seção

Dossiê O futuro dos assentamentos precários na América Latina