Resíduos sólidos urbanos, metrópole e periferia: a segregação socioespacial dos catadores de material reciclável na comunidade Frei Damião, em Palhoça, Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v14n1a3733Palavras-chave:
Espaço urbano. Resíduos sólidos. Segregação socioespacial.Resumo
O processo de industrialização e urbanização, aliado ao crescimento econômico, tecnológico e à cultura de consumo de massa, amplia a geração de resíduos na sociedade contemporânea, em sua maioria sem destinação final adequada. Esta pesquisa investiga a produção de resíduos sólidos urbanos vinculada à produção do espaço urbano, sobrepondo os dados levantados à ocupação do território. Organizado em duas partes, o trabalho tem por objetivo analisar as relações que se estabelecem entre a produção de resíduos sólidos, o processo de urbanização e a segregação socioespacial. Para tanto, a primeira parte contextualiza a realidade da área conurbada de Florianópolis, Santa Catarina e a destinação final inadequada dos resíduos, alertando para impactos de cunho ambiental, social e espacial em escala regional. Tomando o exemplo da comunidade Frei Damião, a segunda parte se aproxima da escala local e analisa as áreas de acúmulo e manejo inadequado de resíduos, onde uma população marginalizada reside em condições subumanas, muitas vezes dependente desse material para a sua sobrevivência. Os resultados indicam que as áreas periféricas metropolitanas são destino comum para o descarte de resíduos, alertando para a necessidade de estratégias espaciais mais justas e equilibradas.
PALAVRAS‑CHAVE: Espaço urbano. Resíduos sólidos. Segregação socioespacial.
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