Discursos que estruturam o poder simbólico no espaço edificado escolar
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v14n1a3240Palavras-chave:
Arquitetura escolar. Cartografia das subjetividades. Discursos.Resumo
O presente artigo apresenta os principais resultados e discussões da tese intitulada “Discursos Arquitetônicos e Práticas de Ensino e Aprendizagem: fundamentação, disciplinamento e subjetividades produzidas”, que objetivou avaliar como o Poder Simbólico vem se estruturando em instituições escolares em função de três discursos: Arquitetura, Projeto Político Pedagógico e Práticas de Ensino e Aprendizagem docentes. Foram escolhidas três escolas para a pesquisa: uma representativa do ensino particular, localizada em Ilhéus (BA); uma representativa do ensino público, localizada em Itabuna (BA), e outra fundada e dirigida por uma Associação de Pais e Professores e financiada por Organizações não Governamentais, localizada em Uruçuca (BA). A fundamentação teorico‑metodológica baseou‑se na complementaridade entre cinco áreas do conhecimento: Arquitetura, Pedagogia, Sociologia, Psicossociologia e Arqueogenealogia. As técnicas de pesquisa utilizadas foram roteiros para observação e analise das edificações e espaços adjacentes, para fichamento e analise dos Projetos Políticos Pedagógicos e para entrevista semi‑estruturada aplicada a docentes. A análise das informações se deu através de uma matriz de sistematização e triangulação de dados e de diagramas cartográficos da subjetividade.
PALAVRAS‑CHAVE: Arquitetura escolar. Cartografia das subjetividades. Discursos.
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