Biodisponibilidade do licopeno
Palabras clave:
disponibilidade biológica, licopeno, lycopersicon esculentumResumen
Esta revisão procura reunir diversos estudos que avaliam os fatores que influenciam a biodisponibilidade do licopeno, bem como os alimentos fontes e a recomendação de ingestão desse carotenóide. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico, mediante consulta às bases de dados Medline (National Library of Medicine, USA) e Lilacs (Bireme, Brasil) nas quais foram selecionadas publicações científicas em português e inglês, nos últimos quinze anos, que utilizaram os temas: licopeno, carotenóides e/ou biosponibilidade. O licopeno é um carotenóide sem atividade de pró-vitamina A, mas um potente antioxidante, sendo essa função possivelmente associada à redução do risco da ocorrência do câncer e certas doenças crônicas. Esse nutriente é encontrado em um número limitado de alimentos, e, além disso, o organismo não é capaz de sintetizá-lo; dessa forma, o licopeno é obtido exclusivamente por meio da dieta alimentar. A quantidade sugerida de ingestão de licopeno varia de 4 a 35mg/dia. Estudos mostram que existem vários fatores que podem interferir na biodisponibilidade do licopeno, tais como absorção intestinal, quantidade de licopeno no alimento fonte, formas de apresentação (isômeros e sintéticos), presença da matriz alimentar, presença de outros nutrientes na refeição (como gordura, fibra, outros carotenóides, entre outros), ingestão de drogas, processamento do alimento, além da individualidade biológica e do estado nutricional do indivíduo. Estudos da biodisponibilidade do licopeno têm sido desenvolvidos a partir do tomate e seus produtos, por esse ser a fonte mais comumente consumida. O desenvolvimento do estudo enfatizou a importância da melhor forma de absorção desse nutriente, relevante que é para a prevenção de inúmeras doenças.
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