Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em Guarapuava, Paraná

Autores/as

  • Marcela Komechen BRECAILO Universidade Federal de Santa Catarina
  • Arlete Catarina Tittoni CORSO Universidade Federal de Santa Catarina
  • Cláudia Choma Bettega ALMEIDA Universidade Federal do Paraná
  • Bethsáida de Abreu Soares SCHMITZ Universidade de Brasília

Palabras clave:

Aleitamento materno, Programa saúde da família, Prevalência, Trabalho feminino

Resumen

Objetivo
Esta pesquisa investigou a prevalência do aleitamento materno exclusivo aos seis meses de idade e sua associação com características socioeconômicas, demográficas, ambientais, de morbidade e biológicas.

Métodos
Foi realizado um estudo transversal e a amostra foi composta por 426 crianças entre zero e 23,9 meses, assistidas pelo Programa Saúde da Família e residentes na área urbana da cidade de Guarapuava (PR). Foram realizadas entrevistas domiciliares com a aplicação de questionários pré-codificados para investigar fatores relacionados ao aleitamento materno.

Resultados
A mediana de aleitamento materno exclusivo aos seis meses foi de sessenta dias e a prevalência foi de 12,9%. Verificou-se associação estatisticamente significante (p<0,05) do aleitamento materno exclusivo aos seis meses de idade com o trabalho materno fora do lar e com a continuidade do aleitamento materno até o momento da entrevista.

Conclusão
Os resultados indicam baixas prevalências de aleitamento materno exclusivo, além da necessidade de ações mais efetivas de amparo à mãe trabalhadora, que possui maiores dificuldades para a manutenção desta prática. 

Citas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Política de Saúde. Organização Pan Americana da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de dois anos. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.

World Health Organization. Indicators for assessing breastfeeng practices. Geneva: WHO; 1991.

Monte CMG, Giuliani ERJ. Recomendações para alimentação complementar da criança em aleitamento materno. J Pediatr. 2004; 80(5):131-41.

Jones G, Steketee RW, Black RE, Bhutta ZA, Morris SS, Bellagio Child Survival Study Group. How many child deaths can we prevent this year? Lancet. 2003; 362(9377):65-71.

Word Health Organization. The optimal duration of exclusive brestfeeding: a systematic review. Geneva: WHO; 2001.

Faleiros JJ, Kalil G, Casarin DP, Laque Jr PA, Santos IS. Avaliação do impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva. Cad Saúde Pública. 2006; 21(2):482-9.

Saldiva SRDM, Escuder MM, Mondini L, Levy RB, Venancio SI. Práticas alimentares de crianças de 6 a 12 meses e fatores maternos associados. J Peditr. 2007; (83):53-8.

Bonfim LA, Bastos ACS. O Impacto sociocultural do Programa Saúde da Família (PSF): uma proposta de avaliação. Cad Saúde Pública. 1998; 14(2): 429-35.

Oliveira MIC, Camacho LAB. Impacto das unidades básicas de saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2002; 5(1):41-51.

Rea MF, Toma TS. Amamentação: evidências científicas e ações para incentivar sua prática. In: Kac G, Sichieri R, Gigante DP, editores. Epidemiologia nutricional. Rio de Janeiro: Atheneu; 2007. v.1.

Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Recortes do Brasil [Internet]. Curitiba; 2005 [acesso 2006 out 4]. Disponível em: <http://www.conasems.org.br/mostraPagina.asp?codServico=1542&codPagina=2308>.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do desenvolvimento humano no Brasil [Internet]. Brasília; 2000 [acesso 2007 nov 28]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/atlas/>.

Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais e no Distrito Federal. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

Cecchetti DFA, Moura EC. Prevalência do aleitamento materno na região noroeste de Campinas, São Paulo, Brasil. Rev Nutr. 2005; 18(2):201-8. doi: 10.1590/S1415-52732005000200004.

Ferreira L, Parada CMGL, Carvalhães MABL. Tendência do aleitamento materno em município da região centro-sul do estado de São Paulo: 1995-1999-2004. Rev Nutr. 2007; 20(3):265-73. doi: 10.1590/S1415-52732007000300005.

Bittencourt LJ, Oliveira JS, Figueiroa JN, Batista Filho M. Aleitamento materno no estado de Pernambuco: prevalência e possível papel das ações de saúde. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2005; 5(4): 439-48.

Chaves RG, Lamounier JA, Cesar CC. Factors associated with duration of breastfeeding. J Pediatr. 2007; 83(3):241-6.

Silva SM, Brunken GS, França GVA, Escuder MM, Venâncio SI. Evolução do aleitamento materno em uma capital da região centro-oeste do Brasil entre 1999 e 2004. Cad Saúde Pública. 2007; 23(7): 1539-46.

Gomes PTT. Práticas alimentares de crianças menores de um ano vacinadas na segunda etapa da Campanha nacional de vacinação nos postos de saúde fixos de Guarapuava (PR) em 2004 [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2005.

Venâncio SI, Escuder MML, Kitiko P, Rea MF, Monteiro CA. Freqüência e determinantes do aleitamento materno em municípios do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública. 2002; 36(3):313-8.

Marques NM, Lira PIC, Lima MC, Silva NL, Batista Filho M, Huttly SRA, et al. Breatfeeding and early weaning practices in Northeast Brazil: a longitudinal study. Pediatrics. 2001;108(4):1-9.

Vasconcelos MGL, Lira PIC, Lima MC. Duração e fatores associados ao aleitamento materno em crianças menores de 24 meses de idade no estado de Pernambuco. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2006; 6(1):99-105.

Mascarenhas MLW, Albernaz EP, Silva MB, Silveira RB. Prevalence of exclusive breastfeeding and its determiners in the first 3 months of live in the South of Brazil. J Pediatr. 2006; 8(4):289-94.

Pérez-Escamilla R, Lutter C, Segall AM, Treviño-Siller S, Sanghvi T. Exclusive breast-feeding duration is associated with attitudinal, socioeconomic and biocultural determinants in three Latin American countries. J Nutr. 1995; 125:2972-84.

Oliveira LPM, Assis AMO, Gomes GSS, Prado MS, Barreto ML. Duração do aleitamento materno, regime alimentar e fatores associados segundo condições de vida em Salvador, Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2005; 21(5):1519-30.

Araújo RMA, Almeida JAG. O aleitamento materno na pós-graduação no Brasil: um perfil das dissertações e teses de 1974 a 2004. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2008; 8(1):125-33.

Vianna RPT, Rea MF, Venâncio SI, Escuder MM. A prática de amamentação entre mulheres que exercem trabalho remunerado na Paraíba, Brasil: um estudo transversal. Cad Saúde Pública. 2007; 23(10): 2403-9.

Word Alliance For Breastfeeding Action. Status of maternity prtection by country. [cited 2006 May 21]. Available from: .

Del Ciampo LA, Junqueira MJG, Ricco RG, Daneluzzi JC, Ferraz IS, Martinelli Jr. CE. Tendência secular do aleitamento materno em uma unidade de atenção primária à saúde materno-infantil em Ribeirão Preto, São Paulo. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2006; 6(4):391-6.

Silveira RB, Albernaz E, Zuccheto LM. Fatores associados ao início da amamentação em uma cidade do Sul do Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2008; 8(1):35-43.

Araújo MFM; Rea MF, Aragão K, Schmitz BAS. Avanços na norma brasileira de comercialização de alimentos para idade infantil. Rev Saúde Pública. 2006; 40(3):513-20.

Araújo MFM, Schmitz BAS. Evolução da Iniciativa Hospital Amigo da Criança no Brasil, entre 1992 e 2004. Rev Panam Salud Pública. 2007; 22:91-9.

Araújo MFM, Schmitz BAS. Reassessment of baby: friendly hospitals in Brazil. J Hum Lact. 2007; 23(3): 246-52.

Cardoso LO, Vicente AS, Damião JJ, Rito, RVVF. Impacto da implementação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação nas prevalências de aleitamento materno e nos motivos de consulta em uma unidade básica de saúde. J Pediatr. 2008; 84(2):147-53.

Publicado

2023-08-28

Cómo citar

Komechen BRECAILO, M. ., Tittoni CORSO, A. C., Choma Bettega ALMEIDA, C. ., & Soares SCHMITZ, B. de A. . (2023). Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em Guarapuava, Paraná. Revista De Nutrição, 23(4). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9393

Número

Sección

ARTIGOS ORIGINAIS