O abuso sexual
estudos de casos em cenas incestuosas
Palabras clave:
Abuso sexual, Feminino, Técnicas projetivasResumen
A contribuição da perspectiva psicanalítica na compreensão do impacto do abuso sexual no funcionamento psíquico baseia-se na identificação da singularidade dos arranjos defensivos frente à angústia traumática. Assim, neste trabalho buscou-se compreender os processos mentais relativos ao funcionamento psíquico de vítimas dessa violência, a partir da perspectiva da teoria psicanalítica, além do impacto do processo traumático no funcionamento psíquico de dois casos de meninas em atendimento em um centro especializado para vítimas de abuso sexual. Para tal, foram utilizadas entrevistas de Hora de Jogo Diagnóstica e testes projetivos, como o Rorschach e o teste do desenho House-Tree-Person. Verificou-se que o funcionamento das meninas se caracterizava por uma dinâmica psíquica dissociativa de enfrentamento do trauma e por um processo identificatório ambivalente, que afetava a capacidade simbólica dos sujeitos. Em conclusão, o atendimento psicoterápico às vítimas de abuso sexual é um recurso indispensável no âmbito da saúde mental.
Descargas
Citas
Anzieu, D. (1986). Os métodos projetivos (5ª ed.). Rio de Janeiro: Campus.
Arenella, J., & Ornduff, S. R. (2000). Manifestations of bodily concern in sexually abused girls. Bulletin of the Menninger Clinic, 64 (4), 530-542.
Avery, L., Hutchinson, K. D., & Whitaker, K. (2002). Domestic violence and intergenerational rates of child sexual abuse: a case record analysis. Child and Adolescent Social Work Journal, 19 (1), 77-90.
Bergeret, J. (1998). A personalidade normal e patológica (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Billingsley, R. (1995). Indicators of sexual abuse in children´s Rorschach responses: an exploratory study. Journal of Child Sexual Abuse, 4 (2), 83-98.
Buck, J. (2003). H-T-P: casa-árvore-pessoa, técnica projetiva de desenho. São Paulo: Vetor. Corso, D. L., & Corso, M. (2006). Fadas no divã: psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre: Artmed.
Davies, J. M., & Frawley, M. G. (1994). Treating the adult survivor of childhood sexual abuse: a psychoanalytic perspective. New York: Basic Books.
Efron, A. M., Fainberg, E., Kleiner, Y., Sigal, M., & Woscoboinik, P. (2001). A hora de jogo diagnóstica: o processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas (10ª ed., pp.205-252). São Paulo: Martins Fontes.
Finkelhor, D. (1994). The international epidemiology of child sexual abuse. Child Abuse and Neglect, 18 (5), 409-417.
Fontes, M. G. G., Scheffer, M. L. S., & Kapezinski, N. S. (2007). Elementos indicativos de abuso sexual na infância obtidos pelo método Rorschach. Revista Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 27 (3), 5-12
Guiter, J. B. (2000). Traumas precoces: abuso sexual, daño em la constitución del psiquismo infantil. Revista de Psicoanálisis, 57, 405-432.
Hachet, A. (2006). Entre prevenir e normalizar, que lugar terá o sofrimento da criança? Ágora, 9 (1), 27-34.
Intebi, I. (2008). Abuso sexual infantil: em las mejores famílias. Buenos Aires: Ed. Granica.
Kamphuis, J. H., Kugeares, S. L., & Finn, S. E. (2000). Rorschach correlates of sexual abuse: trauma content and agression index. Journal of Personality Assesssment, 75 (2), 212-224.
Macdonald, G. M., Higgins, J. P. T., & Ramchandani, P. (2006). Cognitive-behavioral interventions for children who have been sexually abused. (Campbell Sistematic reviews n.2006:10)
Mariuza, C. A., Azeredo, C., & Netto, L.S. (2004). Abuso sexual na infância; um estudo através da técnica de Rorschach. In C. E. Vaz & R. L. Graeff (Orgs.), Anais do 3º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Rorschach. Porto Alegre: SBRo.
Mess, L. A. (2001). Abuso sexual: trauma Infantil e fantasias femininas. Porto Alegre: Artes e Ofícios.
Pfeiffer, L., & Salvagni, E. (2005). Visão atual do abuso sexual na infância e adolescência. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro), 81 (5 Supl), 197-204.
Prado, M. C. C. A., & Féres-Carneiro, T. (2005). Abuso sexual e traumatismo psíquico. Interações: Estudos e Pesquisas em Psicologia, 10 (20), 11-34.
Santos S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2008). Compreendendo as mães de crianças vítimas de abuso sexual: ciclos de violência. Estudos de Psicologia (Campinas), 25 (4), 595-606.doi: 10.1590/S0103-166X2008000400014.
Traubenberg, N. R. (1998). A prática do Rorschach. São Paulo: Vetor.
Vagostello, L. Silva, M. S. A., & Tardivo, L. S. P. C. (2004). Os efeitos do abuso sexual em crianças pequenas: um estudo de caso. In: C. E. Vaz & R. L. Graeff (Orgs.) (2004), Anais 3º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Rorschach. Porto Alegre: SBRo.
World Health Organization. (1999). WHO recognizes child Abuse as a major public health problem. Retrieved December, 2077, from <http://www.who.int>.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos (3ª ed). Porto Alegre: Bookman.
Young-Bruehl, E. (2004). A maltreated girl: a case and a theoretical commentary. Psychoanalysis, Culture & Society, 9 (1), 4-22.
Zivney, O. A., Nash, M. R., & Hulsey, T. L. (1988). Sexual abuse in early versus late childhood: differing patterns of pathology as revealed on the Rorschach. Psychotherapy, 25 (1), 99-106.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Bibiana Godoi MALGARIM, Silvia Pereira da Cruz BENETTI
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.