Em cada lugar um brincar

reflexão evolucionista sobre universalidade e diversidade

Autores/as

  • Reginalice de Lima MARQUES Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Ilka Dias BICHARA Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palabras clave:

Brincadeira infantil, Diversidade, Perspectiva evolucionista

Resumen

Pensar sobre a brincadeira infantil como adaptação necessária para a vida, indica um paralelo entre universalidade e diversidade deste fenômeno. Apresentamos aqui evidências apontadas por pesquisas mostrando particularidades observadas nas brincadeiras em contextos específicos. E perguntamos como variações no brincar, relacionadas aos contextos particulares, associam-se ás suas funções no desenvolvimento ontogenético. Nossa reflexão é traçada a partir de uma abordagem evolucionista, relacionando características intrínsecas das brincadeiras com possíveis funções e adaptações filogenéticas e ontogenéticas, na espécie humana. Os resultados descritos nas pesquisas observadas nos indicam evidências do brincar como comportamento funcional e adaptativo para o próprio período da infância, onde as crianças provam seu ambiente e podem aprender e praticar comportamentos adaptáveis a cada ambiente em especial. Além disso, dado o papel fundamental do contexto e cultura na brincadeira, percebemos a possibilidade de investigar como a diversidade do desenvolvimento humano se relaciona com os aspectos universais dos indivíduos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Bichara, I. D., Fiaes, C. S., Marques, R. L., Brito, T., & Seixas, A. A. C. (2006). Brincadeiras no contexto urbano: um estudo em dois logradouros de Salvador (BA). Boletim Academia Paulista de Psicologia, 26 (2), 39-52.

Bichara, I. D., Lordelo, E. R., Carvalho, A. M. A., & Otta, E. (2009). Brincar ou brincar: eis a questão, perspectiva da psicologia evolucionista sobre a brincadeira. In M. E. Yamamoto & E. Otta (Orgs.), Psicologia evolucionista (pp.104-113). Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan.

Bjorklund, D. F. (1997). The role of immaturity in human development. Psychological Bulletin, 122 (2), 153-169.

Bjorklund, D. F., & Blasi, C. H. (2005). Evolutionary developmental psychology. In D. M. Buss (Org.), The handbook of evolutionary psychology (pp.5-67). Hoboken: Wiley.

Carvalho, A. M. A. (1989). Brincar juntos: natureza e função da interação entre crianças. In C. Ades (Org.), Etologia: de animais e de homens (pp.199-210). São Paulo: Edicon.

Carvalho, A. M. A., & Pedrosa, M. I. (2002). Cultura no grupo de brinquedo. Estudos de Psicologia (Natal), 7 (1), 181-188.

Gosso, Y. (2005). Pexe oxemoarai: brincadeiras infantis entre os índios Parakanã. Tese de doutorado não-publicada, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Experimental, Universidade de São Paulo.

Greenfield, P. M. (2002). The mutual definition of culture and biology in development. In H. Keller, Y. H. Poortinga & A. Shoelmerich (Orgs.), Between culture and biology: perspectives on ontogenetic development (pp.57-76). London: Cambridge University Press.

Johnson, J. E., Christie, J. F., & Yawkey, T. D. (1999). Play and early childhood development. New York: Longman.

Karsten, L. (2003). Children’s use of public space: the gendered world of the playground. Childhood, 10 ( 4), 457-472.

Keller, H. (2007). Cultures of infancy. London: Lawrence Erlbaum.

Lordelo, E. R., & Carvalho, A. M. A. (2006). Padrões de parceria social e brincadeira em ambientes de creches. Psicologia em Estudo (Maringá), 11 (1), 99-108.

Magalhães, C. M. C., Souza, A. R., & Carvalho, A. M. A. (2003). Piras no riacho doce. In A. M. A. Carvalho, C. M. C. Magalhães, F. A. R. Pontes & I. D. Bichara (Orgs.), Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca (pp.77-88). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Mekideche, T. (2004). Espaços para crianças na cidade de Argel: um estudo comparativo da apropriação lúdica dos espaços públicos. In E. T. O. Tassara, E. P. Rabinovich & M. C. Guedes (Orgs.), Psicologia e ambiente (pp.143-167). São Paulo: Educ.

Moraes, M. S., & Otta, E. (2003). Entre a serra e o mar. In A. M. A. Carvalho, C. M. C. Magalhães, F. A. R. Pontes & I. D. Bichara (Orgs.), Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca (pp.127-156). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Pellegrini, A. D., & Smith, P. K. (1998). The development of play during childhood: forms and possible functions. Child Psychology and Psychiatry Review, 3 (2), 51-57.

Pellegrini, A. D., Dupius, D., & Smith, P. K. (2007). Play in evolution and development. Developmental Review, 27, 261-276.

Pontes, F. A. R., & Magalhães, C. M. C. (2003). A transmissão da cultura da brincadeira: algumas possibilidades de investigação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16 (1), 117-124.

Rasmussem, K. (2004). Places for children: children’s places. Childhood, 11 (2), 155-173.

Sager, F., Sperb, T. M., Roazzi, A., & Martins, F. M. (2003). Avaliação da interação de crianças em pátios de escolas infantis: uma abordagem da psicologia ambiental. Psicologia: Reflexão e Critica, 16 (1), 203-215.

Santos, A. K. (2005). Um estudo sobre brincadeira e contexto no agreste sergipano. Dissertação de mestrado não-publicada, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Seixas, A. A. C. (2007). Brincando na Ilha dos Frades. Dissertação de mestrado não-publicada, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Publicado

2010-09-30

Cómo citar

MARQUES, R. de L., & BICHARA, I. D. (2010). Em cada lugar um brincar: reflexão evolucionista sobre universalidade e diversidade. Estudos De Psicologia, 28(3). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8918