Criança no tratamento final contra o câncer e seu olhar para o futuro
Palabras clave:
Criança, Neoplasia, Taxa de sobrevidaResumen
Há algumas décadas, o câncer infantil era considerado uma doença fatal. Com a melhora nos procedimentos terapêuticos e nos métodos de detecção precoce, o número de crianças que sobrevivem vem aumentando, ocorrendo um direcionamento da atenção para o viver com câncer assim como para as necessidades desses sobreviventes. O presente estudo teve por objetivo compreender, por meio de uma análise fenomenológica, o sentido que a criança que está finalizando seu tratamento contra o câncer atribui ao próprio futuro. Foram realizadas seis entrevistas com crianças entre oito e treze anos e, a partir das convergências e divergências encontradas em seus relatos, emergiram as categorias de análise. A análise de conteúdo dos relatos revelou que, quando o tratamento está terminando e a criança já se encontra sem os sintomas da doença, permanecem ainda por algum período as antigas referências utilizadas na época do tratamento. As crianças falam de seu passado e fazem suposições do que poderá acontecer. Expressam o desejo de retomar sua aparência física anterior e as atividades interrompidas ou dificultadas pela doença. Ao longo de todo esse processo, elas se defrontam com o paradoxo vida e morte e conseguem manter uma visão positiva de futuro, almejando a retomada do projeto de vida e amplitude de possibilidades com a retomada da saúde.
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