Tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico e agorafobia: uma história de 35 anos

Autores/as

  • Bernard RANGÉ Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palabras clave:

Agorafobia, Terapia cognitivo-comportamental, Transtorno de pânico

Resumen

Este artigo descreve a evolução do conhecimento sobre um tratamento cognitivo-comportamental do transtorno de pânico e da agorafobia. É baseado em contribuições de vários pesquisadores e descrito como um tratamento integrativo na medida em que associa tratamento farmacológico e vários tipos de intervenções cognitivas e comportamentais. Utiliza técnicas de reestruturação cognitiva, habituação interoceptiva, técnicas respiratórias, de exposição situacional e reestruturação existencial. O tratamento foi originalmente desenvolvido para atendimentos individuais, mas depois foi também utilizado para atendimentos em grupo. Foi concebido para ser um atendimento que pudesse ser desenvolvido por terapeutas que trabalhassem em locais onde não existisse uma terapia cognitivo-comportamental qualificada, em um modelo de tratamento passo-a-passo. Os resultados têm sido muito satisfatórios, com exceção de algumas intervenções, como o treinamento em assertividade e o relaxamento muscular. Ajustes foram realizados para atender esses achados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Ayres, L. S., & Ferreira, M. C. (1995). Para medir assertividade: construção de uma escala. Boletim CEPA, 2, 9-19.

American Psychiatric Association (2002). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (4a. ed.; Texto revisado). São Paulo: Artmed.

Baillie, A., & Rapee, R. (2004). Predicting who benefits from psychoeducation and self help for panic attacks. Behaviour Research and Therapy, 42 (5), 513-527.

Bandelow, B. (1995). Assessing the efficacy of treatment for panic disorder and agoraphobia. II. The Panic and Agoraphobia Scale. International Clinical Psychopharmacology, 10 (2), 73-81.

Barlow, D. H., & Cerny, J. A. (1999) Tratamento psicológico do pânico. Porto Alegre: Artmed.

Beck, A. T., Eptein, N., Brown, G., & Steer, R. A. (1988). An inventory for measuring anxiety: psychometric properties. Journal of Consulting and Clinical Psychological, 56, 893-897.

Beck, A. T., Ward, C. H., Mendelson, M., Mock, J., & Erbaugh, J. (1961). An inventory for measuring depression. Archives of general Psychiatry, 4, 561-571.

Beck, J. S. (1997). Terapia cognitiva. Porto Alegre: Artmed.

Biaggio, A., Natalicio, L., & Spielberger, C. D. (1977). Desenvolvimento da forma experimental em português do inventário de ansiedade traço-estado (IDATE) de Spielberger. Arquivos Brasileiro de Psicologia Aplicada, 29 (3), 31-44.

Chambless, D. L., Caputo, C. G., Jasin, S. E., Gracely, E. J., & Williams, C. (1985). The mobility inventory for agoraphobia. Behaviour Research and Therapy, 23 (1), 35-44.

Chambless, D. L., Caputo, G. C., Bright, P., & Gallagher, R. (1984). Assessment of fear in agoraphobics: the body sensations questionnaire and the agoraphobic cognitions questionnaire. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 52 (6), 1090-1097

Chambless, D. L., Hunter, K., & Jackson, A. (1982). Social anxiety and assertiveness: a comparison of the correlations in phobic and college student samples. Behavior Research & Therapy, 20 (4), 403-404.

Ciconelli, R. M., Ferraz, M. B., & Santos, W. (1998). Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira Reumatologia, 39 (3), 143 -50.

Craske, M., & Barlow, D. (1999). Transtorno de pânico e agorafobia. In D. Barlow (Org.), Manual clínico dos transtornos psicológicos. Porto Alegre: Artmed.

Deacon, B., & Abramowitz, J. (2005). A pilot study of two-day cognitive-behavioral therapy for panic disorder. Behaviour Research and Therapy, 44 (6), 807-817.

Derogatis L R., Lipman R. S., Covi L. (1973). SCL-90: an outpatient psychiatric rating scale - preliminary report. Psychopharmacol Bull, 9 (1), 13-28.

Di Nardo, P. A., Brown, T. A., & Barlow, D. H. (1995). Anxiety disorders interview schedule for DSM-IV (ADIS-IV). Albany: Greywind.

Dryden, W., & Ellis, A. (1988). Rational-Emotive Therapy. In K. S. Dobson. Handbook of cognitive-behavioural therapies. London: Hutchison.

Ellis, A. (1962). Reason and emotion in psychotherapy. New York: Lyle Stuart.

Elsesser, K., Mosch, A., & Sartory, G. (2002). Brief psychological treatment for the relief of panic disorder. Behavioural and Cognitive Psychotherapy, 30, 502-505.

Gelder, M. G., & Marks, I. M. (1966). Severe agoraphobia: a controlled prospective trial of behaviour therapy. British Journal of Psychiatry, 112, 309-319.

Jacobson, E. (1938). Progressive relaxation. Chicago: University of Chicago Press.

Luthe, W. (Ed.) (1969). Autogenic therapy. New York: Grune & Straton.

Martins, V. (2005). Seja assertivo! Rio de Janeiro: Elsevier.

Pfohl, B., Zimmerman, M., Blum, N., & Stangl, D. (1989). Entrevista estruturada para transtornos da personalidade pelo DSM-III-R (SCID-TP). São Paulo: Escola Paulista de Medicina [mimeografado] .

Rangé, B. P. (Org.) (1995). Psicoterapia comportamental e cognitiva de transtornos psiquiátricos. Campinas: Editorial Psy.

Rangé, B. P. (1996). Questionário de pânico. Manuscrito não-publicado.

Seligman, M. E. P. (1995). O que você pode e o que não pode mudar. Rio de Janeiro: Objetiva.

Wenzel, A., Sharp, I. R., Brown, G. K., Greenberg, R. L., & Beck, A. T. (2006). Dysfunctional beliefs in panic disorder: the panic belief inventory. Behaviour Research and Therapy, 44 (6), 819-833.

Wolfe, B. E., & Maser, J. D. (Eds.) (1994). Treatment of panic disorder: a consensus development conference. Washington, DC: American Psychiatric Press.

Publicado

2008-12-31

Cómo citar

RANGÉ, B. . (2008). Tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico e agorafobia: uma história de 35 anos. Estudos De Psicologia, 25(4). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7023