Validação da escala clima para criatividade em sala de aula

Autores

  • Denise de Souza FLEITH Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento.
  • Leandro Silva ALMEIDA Universidade do Minho, Instituto de Educação.
  • Francisco José Brito PEIXOTO Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

Palavras-chave:

Clima de sala de aula, Criatividade, Ensino fundamental, Escala

Resumo

O objetivo deste estudo foi adaptar e validar a Escala sobre o Clima para Criatividade em Sala de Aula para alunos da 5ª série do ensino fundamental. O instrumento foi aplicado em 504 alunos de escolas públicas e particulares do Distrito Federal, a fim de se avaliar o clima de sala de aula na disciplina de língua portuguesa e de matemática. Os resultados da análise fatorial confirmatória indicaram três dimensões associadas ao clima de sala de aula para criatividade: estímulo do professor à criatividade, autopercepção do aluno sobre características criativas e motivação do aluno para aprendizagem. Os valores de alfa de Cronbach oscilaram entre 0,69 e 0,88. Conclui-se que o modelo de três fatores é adequado, e, portanto, a escala pode ser utilizada para pesquisa e avaliação do quanto o clima de sala de aula favorece o desenvolvimento da criatividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003). Criatividade: múltiplas perspectivas (3ª ed.). Brasília: EdUnB.

Alencar, E. M. L. S., Fleith, D. S., & Bruno-Faria, M. F. (2010). A medida da criatividade: possibilidades e desafios. In E. M. L. S. Alencar, M. F. Bruno-Faria & D. S. Fleith (Orgs.), Medidas de criatividade: teoria e prática (pp.11-34). Porto

Alegre: Artmed.

Almeida, L. S., Prieto, L. P., Ferrando, M., Oliveira, E., & Ferrándiz, C. (2008). Torrance Test of Creative Thinking: the question of its construct validity. Thinking Skills and Creativity, 3 (3), 53-58.

Amabile, T. A. (1996). Creativity in context. Boulder, CO: Westview Press.

Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003). Creativity in university courses: perceptions of professors and students. Gifted and Talented International, 19 (1), 24-28.

Barreto, M. O., & Martínez, A. M. (2007). Possibilidades criativas de professores em cursos de pós-graduação stricto sensu. Estudos de Psicologia (Campinas), 24 (4), 463-473. doi: 10.1590/S0103-166X200700040006.

Bruno-Faria, M. F., & Alencar, E. M. L. S. (1998). Indicadores de clima para criatividade (ICC): um instrumento de medida da percepção de estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho. Revista de Administração, 33 (4), 86-91.

Chagas, J. F., Aspesi, C. C., & Fleith, D. S. (2005). A relação entre criatividade e desenvolvimento: uma visão sistêmica. In M. A. Dessen & A. Costa Jr. (Eds.), A ciência do desenvolvimento: tendências atuais e perspectivas futuras (pp.210-228). Porto Alegre: Artmed.

Crespo, M. L. F. (2004). Construção de uma medida de clima criativo em organizações. Estudos de Psicologia (Campinas), 21 (2), 91-99. doi: 10.1590/S0103-166X2004000200007.

Cropley, A. J. (2006). Creativity: a social approach. Roeper Review, 28 (3), 125-130.

Csikszentmihalyi, M. (1996). Creativity. New York: Harper Collins.

Csikszentmihalyi, M. (1999). Implications of a systems perspective for the study of creativity. In R. J. Sternberg (Org.), Handbook of creativity (pp.313-335). New York: Cambridge University Press.

Csikszentmihalyi, C. (2006). Developing creativity. In N. Jackson, M. Oliver, M. Shaw & J. Wisdom (Orgs.), Developing creativity in higher education (pp.xviii-xx). London: Routledge.

Feldman, D. H., Csikszentmihalyi, M., & Gardner, H. (1994). A framework for the study of creativity. In D. H. Feldman, M. Csikszentmihalyi & H. Gardner (Orgs.), Changing the world: a framework for the study of creativity (pp.1-45). Westport, CT: Praeger.

Fleith, D. S., & Alencar, E. M. L. S. (2005). Escala sobre o clima para criatividade em sala de aula. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21, 85-91.

Kline, R. B. (1998). Principles and practice of structural equation modeling. New York: Guilford Press.

MacCallum, R. C., & Austin, J. T. (2000). Applications of structural equation modeling in psychological research. Annual Review of Psychology, 51 (1), 201-226.

Morais, M. F. (2001). Definição e avaliação da criatividade. Braga: Universidade do Minho.

Nakano, T., & Wechsler, S. M. (2007). Criatividade: características da produção brasileira. Avaliação Psicológica, 6 (2), 261-273.

Renzulli, J. S. (1992). A general theory for the development of creative productivity through the pursuit of ideal actsof learning. Gifted Child Quarterly, 36, 17-182.

Runco, M. A. (1993). Cognitive and psychometric issues in creativity research. In S. G. Isaksen, M. C. Murdock, R. L. Firestien & D. J. Treffinger (Orgs.), Understanding and recognizing creativity: the emergence of a discipline (pp.331-368). Norwood, NJ: Ablex.

Santos, A. T. (1995). Estudo da criatividade no Brasil: análise das teses/dissertações em psicologia e educação (1970/1993). Dissertação de mestrado não-publicada, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas.

Silva, P. A. N. (2000). Avaliação do perfil da criatividade do professor no ensino médio. Dissertação de mestrado não-publicada, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Simonton, D. K. (1988). Scientific genius. Cambridge: Cambridge University Press.

Starko, A. (2001). Creativity in the classroom. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.

Sternberg, R. J., & Lubart, T. I. (1999). The concept of creativity: prospects and paradigms. In R. J. Sternberg (Org.), Handbook of creativity (pp.3-15). New York: Cambridge University Press.

Treffinger, D. J. (1987). Research on creativity assessment. In S. G. Isaksen (Org.), Frontiers of creativity research: beyond the basics (pp.103-119). Buffalo, NY: Bearly.

Wechsler, S. M. (2001). Criatividade na cultura brasileira: uma década de estudos. Teoria, Investigação e Prática, 6 (1), 215-226.

Wechsler, S. M. (2006a). Validity of the Torrance tests of creative thinking to the Brazilian culture. Creativity Research Journal, 18 (1), 15-25.

Wechsler, S. M. (2006b). Estilos de pensar e criar. Campinas: PUC-Campinas.

Zanella, A. V., & Titon, A. P. (2005). Análise da produção científica sobre criatividade em programas brasileiros de pós-graduação em psicologia (1994-2001). Psicologia em Estudo, 10 (2), 305-316.

Downloads

Publicado

2011-09-30

Como Citar

FLEITH, D. de S., ALMEIDA, L. S. ., & PEIXOTO, F. J. B. (2011). Validação da escala clima para criatividade em sala de aula. Estudos De Psicologia, 28(3). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8893