O significado da liberdade no pós-fordismo
DOI:
https://doi.org/10.24220/2675-9160v2e2021a5752Palavras-chave:
Capitalismo, Crise, Liberdade, Pós-fordismo, Sujeito de direitoResumo
Como pode o capitalismo se transformar e, ao mesmo tempo, permanecer o mesmo? No último século, a humanidade testemunhou a incrível capacidade plástica de remodelamento e reorganização do capitalismo, mesmo diante de crises que pareciam evidenciar o seu colapso definitivo. Neste artigo, procura-se investigar a particularidade histórica do pós-fordismo como mediação entre a contingência histórica e as leis de movimento que determinam o modo de produção capitalista naquilo que aparece sob diferentes aspectos: a liberdade abstrata do sujeito (de direito). Através da apresentação das principais características do atual estágio do capitalismo, os movimentos de sublevação contra o mundo do trabalho e a cultura dos anos 1960-1970 e a incorporação da própria crítica, questiona-se a natureza da única liberdade possível no interior deste tempo histórico.
Downloads
Referências
Boltanski, L.; Chiapello, É. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Chamayou, G. A sociedade ingovernável: uma genealogia do liberalismo autoritário. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
Dardot, P.; Laval, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
Duménil, G.; Lévy, D. A crise do neoliberalismo. São Paulo: Boitempo, 2014.
Edelman, B. A legalização da classe operária. São Paulo: Boitempo, 2016.
Ehrenberg, A. O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida: Idéias & Letras, 2010.
Fisher, M. Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? São Paulo: Autonomia Literária, 2020.
Foucault, M. Nascimento da biopolítica: curso dado no Còllege de France. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Gülalp, H. Capital Accumulation and the State. In: Williams, M. (ed.). Value, Social Form and the State. London: Macmillan Press Ltd, 1988, p. 134-154.
Harvey, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2008a.
Harvey, D. O neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008b.
Hirsch, J. A teoria materialista do Estado. São Paulo: Editora Revan, 2010.
Jessop, B. Estratégias de acumulação, formas estatais e projetos hegemônicos. Revista Idéias, ano 14, n. 1-2, p. 101-136, 2007.
Karatani, K. History and repetition. New York: Columbia University Press, 2012.
Lipietz, A. Accumulation, crises and ways out: Some methodological reflections on the concept of “Regulation”. International Journal of Political Economy, v. 18, n. 2, p. 10-43, 2016.
Marx, K. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2011.
Marx, K. O capital: crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2017.
Mascaro, A. L. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.
Pachukanis, E. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Boitempo, 2017.
Poulantzas, N. Fascismo e ditadura: a III Internacional face ao fascismo. Porto: Portucalense Editora, 1972. v. 1.
Sekine, T. T. Introduction. In: Uno, K. Principles of Political Economy: theory of a purely capitalist society. Sussex: Harvester Press, 1980, p. xix-xxviii.
Trotsky, L. A história da Revolução russa. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.