Profissionais de Unidades Básicas de Saúde sobre a triagem neonatal

Autores

  • Ana Paula Hasimoto Ribeiro MESQUITA
  • Alessandra Bernadete Trovó de MARQUI Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Roseane Lopes SILVA-GRECCO Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Marly Aparecida Spadotto BALARIN Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v26n1a3668

Palavras-chave:

Educação em saúde. Enfermagem. Recém-nascido. Triagem neonatal.

Resumo

Objetivo
Descrever o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a triagem neonatal.


Métodos
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, quantitativo realizado com 122 profissionais
de saúde (57 enfermeiros, 57 técnicos de enfermagem e 8 médicos) que trabalhavam
nas Unidades Básicas de Saúde de Uberaba, Minas Gerais. Os participantes responderam
a um questionário semiestruturado e os dados foram analisados de forma descritiva.


Resultados
Houve predomínio do sexo feminino (93,5%) e idade média de 39 anos. Quanto às
doenças detectadas pela triagem neonatal, a fibrose cística e anemia falciforme foram citadas por 89,4% dos participantes, a fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito

por 78,9% e 75,6%, respectivamente, e a hiperplasia adrenal congênita por 43,1%.
Apenas 24,4% dos participantes mencionaram a deficiência da biotinidase. A maioria
dos participantes (aproximadamente 90.0%) citaram que a triagem neonatal dever ser
realizada entre o terceiro e o sétimo dias de vida do neonato e que sua finalidade é
a detecção de doenças tratáveis. Quanto ao momento ideal para orientações sobre a
triagem neonatal, a maioria citou o pré-natal (74,8%) seguido pela alta hospitalar e antes
da coleta do exame, com valores de 43,1% cada. Cerca de 30.0% dos participantes
não sabiam para onde encaminhar as amostras após a coleta e 70.0% não realizaram
reciclagens sobre o assunto.


Conclusão
Os resultados mostram um conhecimento insuficiente sobre triagem neonatal. Essa lacuna
poderia ser preenchida com ações de educação continuada, que proporcionariam uma
melhora na qualidade da assistência prestada ao binômio mãe/filho.



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Biografia do Autor

Ana Paula Hasimoto Ribeiro MESQUITA

Enfermeira. Uberaba, MG, Brasil.

Alessandra Bernadete Trovó de MARQUI, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Instituto de Ciências Biológicas e Naturais, Departamento de Patologia, Genética e Evolução.
Praça Manoel Terra, 330, Abadia, 38015-050, Uberaba, MG, Brasil. 

Roseane Lopes SILVA-GRECCO, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Instituto de Ciências Biológicas e Naturais, Departamento de Patologia, Genética e Evolução.
Praça Manoel Terra, 330, Abadia, 38015-050, Uberaba, MG, Brasil.

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Publicado

2017-11-09

Como Citar

MESQUITA, A. P. H. R., MARQUI, A. B. T. de, SILVA-GRECCO, R. L., & BALARIN, M. A. S. (2017). Profissionais de Unidades Básicas de Saúde sobre a triagem neonatal. Revista De Ciências Médicas, 26(1), 1–7. https://doi.org/10.24220/2318-0897v26n1a3668

Edição

Seção

Artigos Originais