O medo da morte enquanto mal: uma reflexão para a prática da enfermagem

Autores

  • Marislei de Sousa Espíndula BRASILEIRO Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Jenucy Espíndula BRASILEIRO Advogada. Goiânia, GO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v26n2a3582

Palavras-chave:

Enfermagem. Medo. Morte.

Resumo

Este estudo tem por objetivo promover uma reflexão teórica em torno do medo da morte, considerada um mal, e sua relação com o cuidar em enfermagem. O estudo revelou que, apesar da morte fazer parte da vida e de ser vista de diferentes maneiras nas diversas culturas, ainda é um mal temido; que há a necessidade de preparo dos profissionais de saúde para lidar com os próprios sentimentos diante da morte; que a idade avançada, o câncer e a presença do doente na Unidade de Terapia Intensiva ainda suscitam imagem de morte por parte das pessoas. Diante da incapacidade em livrar-se desse mal, observa-se a busca da negociação e a crença (religiosidade) enquanto elemento interveniente para a salvação e a redução da angústia. Conclui-se que o medo da morte é um mal que permeia os sentimentos de profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, bem como das pessoas, seja estas saudáveis ou adoecidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marislei de Sousa Espíndula BRASILEIRO, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição, Programa de Pós-Graduação Lato Sensu. R. 58, 36-St. Central, 74055-170, Goiânia, GO, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: MSE BRASILEIRO. E-mail: <marislei@cultura.trd.br>. 

Jenucy Espíndula BRASILEIRO, Advogada. Goiânia, GO, Brasil.

Advogada. Goiânia, GO, Brasil.

Referências

Berger PL. O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. 4ª ed. São Paulo: Paulus; 2003.

Champlin RN. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Candeia; 1997.

Weber M. Economia e sociedade. Brasília: UNB; 1991. v.1.

Kubler-Ross E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes; 2001.

Pessini L. Morrer com dignidade. São Paulo: Santuário; 1990.

Melo LSG, Brasileiro MSE. POP: Procedimentos Operacionais Padrão – semiologia e semiotécnica em enfermagem. Goiânia: AB Editora; 2013.

Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1.480/97. Brasília: CFM; 1997 [acesso 2017 out 22]. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1997/1480_1997.htm

Kovács MJ. Morte e desenvolvimento humano. 2ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1992.

Champlin R. Enciclopédia de bíblia, teologia e filosofia. São Paulo: Candeia; 1997. v.1.6.

Goleman D. Inteligência emocional. 13ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva; 1995.

Thomas LV. Anthropologie de la mort. Paris: Payot; 1975. v.31.

Terra MB, Garcez JP, Noll B. Fobia específica: um estudo transversal com 103 enfermos tratados em ambulatório. Rev Psiquiatr Clin. 2007;34(2). https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000200002

Platão. Fédon. Belém: UFPA, 2002.

Becker E. A negação da morte. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record; 1995.

Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvao CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008;17(4):758-64. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018

Foucault M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal; 1998.

Simmel G. La tragedie de la culture et autre essais. Paris: Rivage; 1988.

Brito FC, Ramos LR. Serviços de atenção à saúde do idoso. In: Papaléo NM. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu; 2002. pp.44-59.

Alberti V. História oral a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: FGV; 1990.

Ferreira ABH. Minidicionário Aurélio. São Paulo: Nova Fronteira; 2005.

Mazzo GZ, Benedetti TB. Condições de vida dos idosos institucionalizados na grande Florianópolis. Rev Ciênc Saúde. 1999;18(2):511-56.

Aires P. O homem perante a morte. Lisboa: Biblioteca Universitária; 1977.

Baudrillard J. As trocas simbólicas e a morte. São Paulo: Loyola; 1996.

Nakatani AYK. O ensino de diagnóstico de enfermagem através da pedagogia da problematização. Rev Eletrônica Enferm. 2000;2(1).

Silva CA. O significado da morte do amigo-companheiro para o idoso asilado [dissertação]. Salvador: UFBA; 2004.

Laplantine F. O messianismo, a possessão e a utopia face a doença. In: Calvalcante AM, Coordenador. Fé, saúde, poder: taumaturgos, profetas, curandeiros. Fortaleza: Universidade do Ceará; 1985. pp.77-93.

Kenner C. Enfermagem neonatal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso; 2001.

Lima CC. Enfrentamento da AIDS entre mulheres infectadas em Fortaleza. Rev Esc Enferm USP. 2008;42(1):90-7.

Boemer MR, Corrêa AK. Repensando a relação do enfermeiro com o doente: o resgate da singularidade humana. In: Branco RFGR. A relação do ser: Teoria, ensino e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1994. pp.263-269.

Fundo das Nações Unidas para a Infância. Situação mundial da infância 2008: sobrevivência infantil. São Paulo: Unicef; 2007 [acesso 2017 out 22]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/sowc2008_br.pdf

Peltier WR. A observação da modernidade. Ann Rev Earth Planetary Scienc. 1986;10(3):34-7.

Lima FA, Amazonas MCLA, Barreto CLBT, Menezes WN. Sons and daughters with a parent hospitalized in an Intensive Care Unit. Estud Psicol (Campinas). 2013;30(2):199-209. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2013000200006

Downloads

Publicado

2017-11-14

Como Citar

BRASILEIRO, M. de S. E., & BRASILEIRO, J. E. (2017). O medo da morte enquanto mal: uma reflexão para a prática da enfermagem. Revista De Ciências Médicas, 26(2), 77–92. https://doi.org/10.24220/2318-0897v26n2a3582