Condições de trabalho, saúde e voz em professores universitários

Autores/as

  • Emilse Aparecida Merlin Servilha
  • Pamela Manchado Pereira

Palabras clave:

Condições de trabalho, Distúrbios da voz, Docentes

Resumen

Objetivo
Conhecer as condições de trabalho, saúde e voz em professores universitários e estabelecer relações entre elas.
Métodos
Participaram 21 docentes que preencheram um questionário denominado triagem vocal do professor, abordando dados pessoais, de trabalho, saúde e voz dos professores. Os dados receberam tratamento quantitativo e os achados foram descritos e confrontados com a literatura.
Resultados
Houve maior freqüência de professores do sexo feminino (76%) e faixa etária entre 24 e 60 anos, com média de 45 anos. O tempo médio de docência foi de 17 anos e a carga horária diária entre 2 e 16 horas/aula. Quanto às características do ambiente de trabalho, a boa iluminação e a limpeza foram as mais mencionadas como positivas (57,1%) e o ambiente cansativo e muito quente (47,6%) como negativos. Houve predomínio de aula expositiva com recursos audiovisuais (40,9%) e o microfone não foi usado por 52,4% dos professores, devido à indisponibilidade deste recurso ou por desconforto dos docentes. O dado de saúde mais indicado pelos professores foi o stress (47,6%). Com relação à classificação da própria voz pelos professores, a voz clara foi o fator positivo mais citado (28,6%) e a voz fraca (28,6%), o negativo.
Conclusão
As condições físicas no geral são favoráveis, porém o excesso de trabalho associado às aulas expositivas gera stress e requer cuidados para a saúde e a voz do professor, que podem ser viabilizados por meio de assessoria fonoaudiológica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Cooper M. Modernas técnicas de reabilitación vocal. Buenos Aires: Panamericana; 1974.

Simões M, Latorre MRO. Alteração vocal em professores: uma revisão. J Bras Fonoaudiol. 2002; 3(11):127-34.

Skarlatos D. Manatakis M. Effects of classroom noise on students and teachers in Greece. Percept Mot Skills. 2003; 96(2):539-44.

Dreossi RCF. Momensohn-Santos T. O ruído e sua interferência sobre estudantes em uma sala de aula: revisão de literatura, Pró-Fono. 2005; 17(2):251-58.

Ferreira LP, Giannini SPP, Figueira S, Silva EE, Karmann DF, Souza TMT. Condições de produção vocal de professores da Prefeitura do Município de São Paulo. Distúrbios da Comun. 2003; 14(2):275-91.

Servilha EAM. Estresse em professores universitários na área de fonoaudiologia. Rev Cienc Med. 2005; 14(1):43-52.

Fuess VR, Lorenz MC. Disfonia em professores do ensino municipal: prevalência e fatores de risco. Rev Bras Otorrinolaringol. 2003; 69(6):807-12.

Delcor NS, Araújo TM, Reis EJBF, Porto LA, Carvalho FM. Silva MO, et al. Condições de trabalho e saúde dos professores da rede particular de ensino de Vitória da Conquista. Cad Saude Publica. 2004; 20(1 ):187-968.

brillo MHMM, Lima EF, Ferreira LP, A questão ensinoaprendizagem num trabalho profilático de aperfeiçoamento vocal com professores, Pró-Fono 2000; 13(2):73-809.

Pereira MJ, Santos MTM, Viola IC. Influência do nível de ruído em sala de aula sobre a performance vocal do professor. In: Ferreira LP, Costa HO. Voz ativa: falando sobre o profissional da voz. São Paulo: Roca; 2000. p.57-65.

Munhoz LC. Intensidade vocal do professor e ruído de fundo da sala de aula [dissertação]. Marília Universidade do Estado de São Paulo; 2004.

Barros MEB. Marchiori F. Oliveira SP. Atividade de trabalho e saúde dos professores: um programa de formação como estratégias de intervenção nas escolas Trab Educ Saúde. 2005; 3(1):143-70.

Behlau M, Dragone MLS, Nagano L. A voz que ensina o professor e a comunicação oral em sala de aula. Rio de Janeiro: Revinter; 2004.

Rogerson J, Dodd B. Is there an effect of dysphonic teachers' voices on children's processing of spoken language? J Voice. 2005; 19(1):47-60.

Tulio MT. Boscolo RA. Esteves AM, Tufik S. O exercício físico e os aspectos psicobiológicos- Rev Bras Med Esporte. 2005; 11 (3):203-7.

Dragone MLS, Lucca RB. O uso do microfone em sala de aula: uma opção consciente? Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2003; 8(2):41-8.

Schwarz K, Cielo CA. A voz e as condições de trabalho de professores de cidades pequenas do Rio Grande do Sul. Rev Soc Bras de Fonoaudiol. 2005; 10(2):83-90.

Rantala L, Vilkrnan E, Bloigu R. Voice changes during work: subjective complaints and objective measurements for female primary and secondary schoolteachers. J Voice. 2002; 16(3):344-55.

Cancian E Passos GC, Martins EC, Perez F. Projeto saúde vocal do professor: estratégias de intervenção em grupo. In: Ferreira LP, Andrada e Silva MA. Saúde vocal: práticas fonoaudiológicas. São Paulo: Roca; 2002. p. 191-7.

Herrero E, Mingrone R, Cavalcanti SAC, Svezzia S. Oficinas de saúde vocal para professores. In: Ferreira LP, Andrada e Silva MA. Saúde vocal: práticas fonoaudiológicas, São Paulo: Roca; 2002. p.185-97.

Publicado

2008-02-28

Cómo citar

Servilha, E. A. M., & Pereira, P. M. (2008). Condições de trabalho, saúde e voz em professores universitários. Revista De Ciências Médicas, 17(1). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/741

Número

Sección

Artigos Originais