Comportamento de ratos imobilizados na posição de 90º do tornozelo e submetidos à estimulação elétrica muscular

Autores/as

  • Carlos Alberto da Silva Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Rinaldo Roberto de Jesus Guirro Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Reinaldo Macedo Junior Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Juliana Libardi Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palabras clave:

Comportamento, Imobilização, Labirinto em cruz elevado, Ratos

Resumen

Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas comportamentais em ratos submetidos a cinco dias de imobilização articular por meio de órtese de resina acrílica e estimulados eletricamente.
Métodos
Avaliou-se o comportamento de deslocamento no teste de campo aberto e no labirinto em cruz elevado. Utilizaram-se oito ratos Wistar de três meses, alimentados com ração e água ad libitum sob ciclo de 12 horas claro/escuro e divididos em quatro grupos: controle, imobilizado, estimulado eletricamente e imobilizado estimulado eletricamente. Na avaliação estatística, utilizaram-se ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Para amostragem, os ratos foram anestesiados com pentobarbital sódico (50mg/Kg/ip), o sangue foi coletado da veia renal e o plasma foi isolado para avaliação da concentração plasmática de corticosterona por meio de ELISA.

Resultado
O grupo-controle apresentou redução no campo aberto e baixa concentração de concentração plasmática de corticosterona; o grupo imobilizado mostrou redução no campo aberto e elevação na concentração plasmática de corticosterona. O
grupo estimulado eletricamente não se diferenciou do controle, e o grupo imobilizado estimulado eletricamente apresentou aumento na atividade no campo aberto quando comparado ao imobilizado. No labirinto em cruz elevado, foi observado que a imobilização aumentou a ansiedade, efeito que ocorreu em menor intensidade no grupo imobilizado estimulado eletricamente.
Conclusão
Os resultados mostram que a limitação funcional induzida pela imobilização reduz as respostas comportamentais no campo aberto e gera ansiedade e que a estimulação elétrica promoveu elevação nas respostas comportamentais e menor ansiedade, o que pode estar relacionado à melhora nas condições metabólicas da musculatura.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Andersen ML, D'Almeida V, Ko GM, Kawakami R, Martins PJF, Magalhães LE, et ai. Princípios éticos e práticos do uso de animais de experimentação. São Paulo: Unifesp; 2004.

Zangrossi HJR, File SE. Behavioral consequences in animal tests of anxiety and exploration of exposure to cat odor. Brain Res Buli. 1992; 29(3-4):381-8.

Rousseau JBI, Gispen WH, Spruijt BM. A comparison of various analysis parameters of locomotion patterns of rats in na open field. Proceeding of the 2nd. lnternational Conference on Methods and Techniques in Behavioral Research; 1998; Ganingen, Netherlands; 1998. p.1-2.

Schmitt U, Hiemke C. Strain differences in open-field and elevated plus-maze behavior of rats without and with pretest handling. Pharmacol Biachem Behav. 1998; 59 (4):807-11.

Pellow S, Chopin P, File S, Briley M. Validation of open: closed arm entries in an elevated plus-maze as a measure of anxiety in the rats. J Neurosci Methods. 1985, 1449-67.

Silva CA, Guirro RRJ, Polacow MLO, Durigan JLQ. Proposal for rat hindlimb joint immobilization: orthosis with acrylic resin model. Braz J Med Biol Res. 2006; 39:979-85.

Robinson AJ, Snyder-Mackler L. Eletrofisiologia clínica. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed; 2001.

Vanderthommen M, Crielaard JM. Électromyostimulation en medicine du sport. Rev Med Liege. 2001; 56(5): 391-5.

Mela V, Veltink PH, Huijing PA. Excessive reflexes in spinal cord injury triggered by electrical stimulation. Arch Physiol Biochem. 2001; 4:309-15.

Skõld C. Effects of functional electrical stimulation training for six months on body composition and spasticity in motor complete tetraplegic spinal cord injury. J Rehabil Med. 2002; 34 25-32.

Guirro RRJ, Silva CA, Forti F. Análise do músculo esquelético desnervado tratado com metformina e/ ou estimulação elétrica de baixa frequência. Rev Bras Fisioter. 2004; 8:21-27.

Guirro RRJ, Dias CKN, Silva CA. Imobilização altera o conteúdo de glicogênio e peso muscular de acordo com o período e a posição articular. Rev Bras Fisioter. 2005; 9(2):173-9.

Forti F, Guirro RRJ, Silva CA. Efeitos da glutamina e da estimulação elétrica sobre o perfil metabólico de músculos desnervados. Rev Bras Edu Fís Esp. 2004; 18(3):273-81.

Qin L, Appell HJ, Chan KM, Maffulli N. Electrical stimulation prevents immobilization atrophy in skeletal muscle of rabbits. Arch Phys Med Rehabil. 1997; 78:512-7.

Renner MJ, Seltzer CP. Characteristics of exploratory and investigatory behavior in the rat (Rattus norvegicus). J Comp Physicol. 1991; 1051:326-39.

Papez JW. A proposed mechanism of emotion. Arch Neurol Psychiatr. 1937; 38:725-43.

Anseloni VZ, Brandão ML. Ethopharmacological analysis of behavior of rats using variations of the elevated plus-maze. Behav Pharmacol. 1997; 8:533-40.

Graeff FG. Neuroanatomy and neurotransmitter regulation of defensive behaviors and related emotions in mammals. Braz J Med Biol Res. 1994; 27(4):811-29.

Pauli JR, Gomes RJ, Luciano E. Eje hipotálamo­ pituitario: efectos dei entrenamiento físico en ratas Wistar con administración de dexametasona. Rev Neurol. 2006; 42:325-31.

Treit D, Menard J, Royan C. Anxiogenic stimuli in the elevated pus-maze. Pharmacol Biochem Behav. 1993, 44:463-9.

File SE, Johnston AL, Baldwin HA. Anxiolitic and anxiogenic drugs: change in behaviors and endocrine responses. Stress Med. 1988; 4:221-30.

File SE, Peet LA. Sensitivity of the rat corticosterone response to environmental manipulation and to chronic clhordiazepoxide treatment. Physiol Behav. 1980, 25753-

Publicado

2009-12-31

Cómo citar

Silva, C. A. da, Guirro, R. R. de J., Macedo Junior, R., & Libardi, J. (2009). Comportamento de ratos imobilizados na posição de 90º do tornozelo e submetidos à estimulação elétrica muscular. Revista De Ciências Médicas, 18(5/6). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/624

Número

Sección

Artigos Originais