O emprego da Cannabis medicinal no enfrentamento à doenças
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0897v31e2022a5398Palabras clave:
Canabinoides, Cannabis, Doença, Endocanabinoides, TerapêuticaResumen
A Cannabis possui como subespécie a Cannabis sativa. As plantas do gênero Cannabis possuem propriedades terapêuticas que são oriundas de compostos denominados canabinoides. O objetivo do presente artigo foi evidenciar como procede o uso terapêutico da Cannabis para enfrentamento das doenças. Realizou-se revisão narrativa da literatura com busca nas bases de dados: PubMED, Google Acadêmico com levantamento de artigos que tratavam acerca do uso da Cannabis medicinal para o tratamento de algumas doenças. Canabinoides correlacionam-se a receptores do nosso corpo, influindo nos mecanismos que regulam o organismo. Cannabis possibilita abordar e intervir em determinadas patologias presentes nos pacientes advindo de possuir ações benéficas anticonvulsivantes, anti-inflamatórias, analgésicas, ansiolíticas, antipsicóticas e antitumorais. Em nosso corpo existem os canabinoides ou endocanabinoides, que são similares aos canabinoides naturais ou fitocanabinoides estruturados na Cannabis. O canabidiol e o tetra-hidrocarbinol constituem canabinoides provenientes da Cannabis que podem tecer relação com os canabinoides configurados por nosso próprio corpo. O sistema de endocanabinoides possibilitou averiguar-se acerca do emprego do canabidiol para tratamento de patologias, como: Doença de Parkinson, Autismo e Epilepsia. Concluiu-se que o emprego terapêutico da Cannabis medicinal pode representar recurso que será válido para resolução do problema de saúde, podendo propiciar melhores condições e qualidade de vida aos pacientes portadores de determinadas patologias em que essa droga pode ser utilizada para tratamento.
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