A fisioterapia pélvica no tratamento de mulheres portadoras de vaginismo

Autores/as

  • Amanda TOMEN Faculdade Inspirar
  • Giovanna FRACARO Faculdade Inspirar
  • Erica Feio Carneiro NUNES Universidade do Estado do Pará
  • Gustavo Fernando Sutter LATORRE Faculdade Inspirar

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v24n3a3147

Palabras clave:

Fisioterapia. Reabilitação. Vaginismo.

Resumen

O vaginismo é uma desordem sexual caracterizada por espasmos involuntários persistentes ou recorrentes da musculatura perineal e que interferem na relação sexual, levando ao comprometimento das relações interpessoais e conjugais da mulher. A fisioterapia é um recurso terapêutico recente na área da urologia e ginecologia e ainda são raros os estudos os quais abordam este tratamento para o vaginismo. Por causa disso, objetivou-se pesquisar a importância da fisioterapia pélvica e os recursos utilizados no tratamento de mulheres portadoras de vaginismo. Foi realizada uma revisão bibliográfica, tendo como base de dados Lilacs, PubMed e SciELO e incluindo teses, documentos legais e livros sobre o tema, entre os anos de 2001 e 2014. Quanto ao manejo da problemática, o fisioterapeuta se encontra preparado para abordar e tratar a queixa, pois é envolto de vários recursos e técnicas para compreender e abordar o vaginismo, ressaltando a importância do diagnóstico e de uma avaliação completa. Concluiu-se que a fisioterapia pélvica promove efeito significativo sobre a qualidade de vida e satisfação sexual de mulheres portadoras dessa desordem sexual.

Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. Vaginismo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Amanda TOMEN, Faculdade Inspirar

1 Faculdade Inspirar, Pós-Graduação em Fisioterapia. R. Inácio Lustosa, 792, São Francisco, 80510-000, Curitiba, PR, Brasil.

Giovanna FRACARO, Faculdade Inspirar

1 Faculdade Inspirar, Pós-Graduação em Fisioterapia. R. Inácio Lustosa, 792, São Francisco, 80510-000, Curitiba, PR, Brasil.

Erica Feio Carneiro NUNES, Universidade do Estado do Pará

2 Universidade do Estado do Pará, Curso de Fisioterapia. R. do Una, 156, 66050-540, Belém, PA, Brasil. Correspondência para/
Correspondence to: EFC NUNES. E-mail: <ericarneiro@yahoo.com.br>.

Gustavo Fernando Sutter LATORRE, Faculdade Inspirar

1 Faculdade Inspirar, Pós-Graduação em Fisioterapia. R. Inácio Lustosa, 792, São Francisco, 80510-000, Curitiba, PR, Brasil.

Citas

Almeida NAM, Silva LA, Araújo N. Conhecimento de

acadêmicas de enfermagem sobre disfunções sexuais

femininas. Rev Eletrôn Enferm. 2005 [acesso 2014

maio 15]; 7(2):138-47. Disponível em: http://

www.revistas.ufg.br/index.php/fen

Frasson E, Graziottin A, Priori A, Dall’Ora E, Didonè

G, Garbin EL, et al. Central nervous system

abnormalities in vaginismus. Clin Neurophysiol.

; 120(1):177-22.

Moreira RLBD. Vaginismo. Rev Med Minas Gerais.

; 23(3):336-42.

Etienne MA, Waitman MC. Disfunções sexuais

femininas: a fisioterapia como recurso terapêutico.

São Paulo: Livraria Médica Paulista; 2006.

Brosens C, Terrasa S, Astolfi E. Actualización:

vaginismo. Evid Act Pract Ambul. 2009; 12(3):102-3.

Pinheiro MAO. O casal com vaginismo: um olhar

Gestalt-terapia. Rev IGT Rede. 2009; 6(10):91-143.

Girard AL. Vaginismo. In: Palma PCR, organizador.

Urofisioterapia: aplicações clinicas da técnica

fisioterápicas nas disfunções miccionais e do assoalho

pélvico. 2ª ed. São Paulo: Personal Link Comunicações;

McGuire H, Hawton K. Interventions for vaginismus.

Cochrane Database Syst Rev. 2001; 2:CD001760.

http://doi.org/10.1002/14651858

Walker D. Introdução ao estudo da sexologia. 2006

[acesso 2014 nov 28]. Disponível em: http://

www.sitededanielwalker.com/p/livros.html

Serra M. Qualidade de vida e disfunção sexual:

vaginismo [dissertação]. São Paulo: Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo; 2009.

Moura RVA, Brito TPC. Avaliação do grau de força do

assoalho pélvico em mulheres com anorgasmia

secundária [monografia]. Pará: Universidade da

Amazônia; 2006.

Thiel R, Thiel M, Palma P. Urologia feminina e medicina

sexual: o que os médicos precisam saber. Prat Hosp.

; (56):37-9.

Bessa ARS. Fatores associados às disfunções sexuais

entre mulheres de meia idade da região norte do

Brasil [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo;

Luz JAA. A fisioterapia na disfunção sexual feminina

[monografia]. Barcarena: Universidade Atlântica;

Laumann EO, Paik A, Rosen RC. Sexual dysfunction in

the United States: Prevalence and predictors.

JAMA.1999; 281(6):537-44.

Abdo CH, Oliveira WM, Moreira ED. Prevalence of

sexual dysfunction and correlated conditions in a

sample of Brazilian women: Results of the Brazilian

Study on Sexual Behavior (BSSB). Int J Impot Res. 2004;

(2):160-6.

Reissing ED, Binik YM, Khalifé S. Does vaginismus

exist? A critical review of the literature. J Nerv Ment

Dis. 1999;187(5):261-74.

Hawton K, Catalan J. Prognostic factors in sex therapy.

Behav Res Ther. 1986; 24(44):377-85.

Medeiros MW, Braz MM, Brongholi K. Efeitos da

fisioterapia no aprimoramento da vida sexual

feminina. Fisioter Bras. 2004; 5(3):188-93.

Rojtenberg C. Anorgasmia. 2004 [acesso 2014 abr

. Disponível em: http://www.sexologia.com.br/

fanorgasmia.htm

Veiga AP. Orgasmo: querer e poder. Rev IGT Rede.

; 4(6):22-31.

Palma PCR, Berghmans B, Seleme MR. Urofisioterapia:

aplicações clinicas da técnica fisioterápicas nas

disfunções miccionais e do assoalho pélvico. 2ª ed.

São Paulo: AB Editora; 2014.

Moreira Junior ED, Glasser D, Santos DB, Gingell C.

Prevalence of sexual problems and related helpseeking

behaviors among mature adults in Brazil: Data

from the global study of sexual attitudes and

Behaviors. São Paulo Med J. 2005; 123(5):234-41.

Rosenbaum T. Physiotherapy treatment of sexual pain

disorders. J Sex Marital Ther. 2005; 31(4):329-30.

Aveiro MC, Garcia APU, Driusso P. Efetividade de

intervenções fisioterapêuticas para o vaginismo: uma

revisão de literatura. Rev Fisioter Pesq. 2009;

(3):279-83.

Van Lankveld J, Kuile MM, Groot HE, Melles R, Nefs J,

Zanderbergen M. Cognitive-behavioral therapy for

women with lifelong vaginismus: A randomizae

witing-list controlled trial of efficacy. J Consult Clin

Psychol. 2006, 74(1):168-78.

Abdo CHN, Fleury HJ. Aspectos diagnósticos e

terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev

Psiquiatr Clín. 2006; 33(3):162-7. http://dx.doi.org/

1590/S0101-60832006000300006

Rett MT. Incontinência urinária de esforço em

mulheres no menacme: tratamento com exercícios

do assoalho pélvico associados ao biofeedback

eletromiográfico [dissertação]. Campinas:

Universidade Estadual de Campinas; 2004.

Barbosa LMA, Lós DB, Silva IB, Anselmo CWSF. The

effectiveness of biofeedback in treatment of women

with stress urinary incontinence: A systematic review.

Rev Bras Saúde Mater Infant. 2011; 11(3):217-25.

Bianco G, Braz MM. Efeitos dos exercícios do assoalho

pélvico na sexualidade feminina. Universidade do Sul

de Santa Catarina; 2004 [acesso 2014 maio 15].

Disponível em: www.fisiotb.unisul.br./Tccs/04b/

geovana/artigogeovanabianco.pdf

Piassarolli VP, Hardy E, Andrade NF, Ferreira NO, Osis

MJD. Treinamento dos músculos do assoalho pélvico

nas disfunções sexuais femininas. Rev Bras Ginecol

Obstet. 2010; 33(5):234-40.

Henscher U. Fisioterapia em ginecologia. São Paulo:

Santos; 2007.

Fluckiger K. Mulher e orgasmo. [acesso 2014 ago

. Disponível em: http://www.escelsanet.com.br/

sitesaude/artigos_cadastrados/artigo.asp?art=732

Matheus LM, Mazzari CF, Mesquita RA, Oliveira J.

Influência dos exercícios perineais e dos cones

vaginais, associados à correção postural, no

tratamento da incontinência urinária feminina. Rev

Bras Fisioter. 2006; 10(4):387-92.

Moreno AL. Biofeedback. In: Moreno AL. Fisioterapia

em uroginecologia. Barueri: Manole; 2004.

Santos IA. Tratamento fisioterapêutico da incontinência

urinária em pacientes submetidos a

prostatectomia radical: revisão de literatura

[monografia]. São Luís: Faculdade Santa Terezinha;

Rett MT, Simões JÁ, Herrmann V. Incontinência urinária

de esforço em mulheres no menacme: tratamento

com exercícios do assoalho pélvico associados ao

biofeedback eletromiográfico. Rev Bras Ginecol

Obstet. 2005; 27(4):228.

Capelinni MVMA, Riccetto CLZ, Palma PCR.

Tratamento da incontinência urinária de esforço com

biofeedback: análise objetiva e impacto sobre a

qualidade de vida. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;

(4):230.

Freitas F, Menke CH, Rivoire WA, Passos EP. Rotinas

em ginecologia. 5ª ed. Porto Alegre. Artmed; 2006.

Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher.

ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2012.

Kitchen S. Eletroterapia prática baseada em evidências.

São Paulo: Manole; 2003.

Rossella EM, Ferdeghini F, Abbiati I, Vercesi C, Farina

C, Polatti F. Electrical Stimulation (ES) in the

management of sexual pain disorders. J Sex Marital

Ther. 2003; 29(1):103-10.

Antonioli RS, Simões D. Abordagem fisioterapêutica

nas disfunções sexuais femininas. Rev Neurociênc.

; 18(2):267-74.

Seo TJ, Choe JH, Lee WS, Kim KH. Efficacy of functional

electrical simulation-biofeedback with sexual

cognitive-behavioral therapy as treatment of

vaginismus. J Urol. 2005; 66(1):77-81.

Nappi RE, Ferdeghini F, Abbiati I, Vercesi C, Farina C,

Polatti F. Electrical Stimulation (ES) in the management

of sexual pain disorders. J Sex Marital Ther. 2003;

(Suppl. 1):103-10.

Nagib ABL. Avaliação da sinergia da musculatura

abdomino-pélvica em nulíparas com eletromiografia

e biofeedback perineal. Rev Bras Ginecol Obstet.

; 24(4):210-5.

Nolasco J, Martins l, Berquo M, Sandoval RA. Atuação

da cinesioterapia no fortalecimento muscular do assoalho

pélvico feminino: revisão bibliográfica. Rev Digital.

[acesso 2014 dez 2]; 12(117). Disponível

em: http://www.efdeportes.com/efd117fortalecimento

-muscular-do-assoalho-pelvico-feminino.htm

Grosse D, Sengler J. Reeducação perineal: concepção,

realização e transcrição em prática liberal e hospitalar.

São Paulo: Manole; 2002.

Etienne AM, Waitman CM. Disfunções sexuais

femininas: a fisioterapia como recurso terapêutico.

São Paulo: LMP; 2006.

Bergeron S, Binik YM, Khalife S, Pagidas K, Glazer HI,

Meana M, et al. A randomized comparison of group

cognitive-behavioral therapy, surface electromyographic biofeedback, and vestibulectomy in the treatment of

dyspareunia resulting from vulvar vestibulitis. Pain.

; 91(3):297-306.

Prendergast S, Rummer E, Kotarinos R. Treating

vulvodynia with manual physical therapy. Phys Ther.

; 8(3):7-12.

Pinheiro MAO. O casal com vaginismo: um olhar da

Gestalt-terapia. Rev IGT Rede. 2009; 6(10):99-143.

Lara LAS, Silva ACJRS, Romão APMS, Junqueira FRR.

Abordagem das disfunções sexuais femininas. Rev

Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(6):312-21.

Basson R. Women’s sexual dysfunction: Revised and

expanded definitions. CMAJ. 2005; 172(10):1327-33.

Publicado

2016-10-05

Cómo citar

TOMEN, A., FRACARO, G., NUNES, E. F. C., & LATORRE, G. F. S. (2016). A fisioterapia pélvica no tratamento de mulheres portadoras de vaginismo. Revista De Ciências Médicas, 24(3), 121–130. https://doi.org/10.24220/2318-0897v24n3a3147