Fatores de risco cardiovascular em usuários da saúde suplementar
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1868Palabras clave:
Doenças cardiovasculares, Estudos transversais, Fatores de risco, Saúde suplementarResumen
Objetivo
Investigar a prevalência e a simultaneidade dos fatores de risco para doenças cardiovasculares em adultos usuários de um plano de saúde.
Métodos
Realizou-se um estudo transversal, na forma de censo, com titulares do plano de saúde da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Foram investigados dez fatores de risco (individual e simultaneamente): excesso de peso, obesidade abdominal, consumo inadequado de frutas e hortaliças, consumo inadequado de alimentos ricos em gordura saturada, atividade física insuficiente, tabagismo, consumo excessivo de álcool, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia. Utilizaram-se questionários autoaplicados e procedeu-se à medição de peso, altura e pressão arterial.
Resultados
Entre os 369 homens participantes, a prevalência de dois ou mais fatores de risco acumulados foi de 90,5% e, entre as 406 mulheres, a prevalência foi de 80,9%. Os fatores de risco mais frequentes foram: consumo inadequado de frutas e hortaliças, com prevalências de 85,4% e 82,2%; sedentarismo, com 65,6% e 69,0%; e excesso de peso, com 61,2% e 29,1% para homens e mulheres respectivamente. Após análise ajustada, foram observadas associações entre a presença de dois ou mais fatores de risco com o sexo, idade e estado civil.
Conclusão
A elevada prevalência (acima de 60%) de alguns fatores de risco isolados em ambos os sexos, assim como as altas proporções de dois ou mais fatores de risco, que superam valores de outros trabalhos e vão aumentando conforme a idade, chamam a atenção e indicam a importância de ações preventivas em saúde.
Descargas
Citas
Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de Informações de Saúde - 2009. Brasília: MS; 2009 [acesso 2012 mar 2]. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/BR/Brasil_GeralBR.xis>.
Moraes RS, Fuchs FD, Moreira LB, Wiehe M, Pereira GM, Fuchs SC. Risk factors for cardiovascular disease in a Brazilian population-based cohort study. Int J Cardiol. 2003; 90(2-3):205-11.
Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the Interheart Study): Case-control study. Lancet. 2004; 364(9438):937-52.
Wood D, De Backer G, Faergeman O, Graham I, Mancia G, Pyorala K. Prevention of coronary heart disease in clinical practice: Recommendations of the Second Joint Task Force of European and other Societies on Coronary Prevention. Eur Heart J. 1998; 119(10):
-503.
Toscano CM. As campanhas nacionais para detecção das doenças crônicas não-transmissíveis: diabetes e hipertensão arterial. Ciênc Saúde Coletiva. 2004; 9(4): 885-95.
World Health Organization. Diet, nutrition and prevention of chronic diseases. Geneva: WHO; 2003.
World Health Organization. Physical status: The use and interpretation of anthropometric indicators of nutritional status. Geneva: WHO; 1995. Technical Report Series 854.
Santos RD. III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemia e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2001; 77(Supl 3):1-48.
Chobanian AV, Bakris Gl, Black HR, Cushman WC, Green LA, Izzo Jr JL, et al. The seventh report of the Joint National Committee on Detection, evaluation e treatment of high blood pressure: The JNC 7 report. Jama. 2003; 289(19):2560-72.
Iniciativa Panamericana sobre la Hipertensíon. Reunión de trabajo sobre la medición de la presión arterial: recomendaciones para estudios de población. Rev Panam Salud Pública. 2003; 14(5):303-5.
Fornes NS, Martins IS, Velásquez-Meléndes G, Hernan M. Food frequency consumption and lipoproteins serum levels in the population of an urban, Brazil. Rev Saúde Pública. 2000; 34(4):380-7.
Matsudo V. Physical activity: Passport for health. World Health Report. 1997; 50(3):16-7.
Lessa I, Araújo MJ, Magalhães L, Filho NM, Aquino E, Costa MCR. Simultaneidade de fatores de risco cardiovascular modificáveis na população adulta de Salvador (BA), Brasil. Rev Panam Salud Pública. 2004; 16(2):131-7.
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil. São Paulo: ABEP; 2012 [acesso 2006 jun 10]. Disponível em: <http://www.abep.org.br/codigosguias/ABEP_CCEB.pdf>.
Duncan BB, Schimidt MI, Polansczyk CA, Homrich CH, Rosa RS, Achutti AC. Fatores de risco para doenças não-transmissíveis em área metropolitana na região Sul do Brasil. Prevalência e simultaneidade. Rev Saúde Pública. 1993; 27(1):143-8.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares - 2002-2003: análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado Nutricional no Brasil. Brasília: IBGE; 2004 [acesso 2006 mar 10]. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>.
Monteiro CA, Moura ECD, Jaime PC, Lucca A, Florindo AA, Figueiredo ICR, et al. Monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas por entrevistas telefônicas. Rev Saúde Pública. 2005; 39(1):47-57.
Fonseca MJM, Chor D, Valente JG. Hábitos alimentares entre funcionários de banco estatal: padrão de consumo. Cad Saúde Pública. 1999; 15(1):29-40.
Brasil. Ministério da Saúde. Inquérito domiciliar sobre comportamento de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis - 2005 Brasília: MS; 2006 [acesso 2006 set 22]. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/saude/arquivos/pdf/inquerito_nacional_070504.pdf>.
Fonseca MJM, Faerstein E, Chor D, Lopes CS, Andreozzi VL. Associações entre escolaridade, renda e índice de massa corporal em funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, Brasil: estudo pró-saúde. Cad Saúde Pública. 2006; 22(11):2359-67.
Olinto MTA, Nacul LC, Costa JSD, Gigante, DP, Menezes AMB, Macedo S. Níveis de intervenção para obesidade abdominal: prevalência e fatores associados. Cad Saúde Pública. 2006; 22(6):1207-15.
Scarsella C, Després JP. Tratamiento de la obesidad: necesidad de centrar la atención en los pacientes de alto riesgo caracterizados por la obesidad abdominal. Cad Saúde Pública. 2003; 19(Supl 1):7-19.
Gus I, Fischmann A, Medina C. Prevalência dos fatores de risco da doença arterial coronariana no estado do Rio Grande do Sul. Arq Bras Cardiol. 2002; 78(5): 478-83.
Bittencourt RB, Chaves RS, Amado RC, Mendoça VF, Oliveira FJF, Antunes CMF. Validação de inquérito de risco referido para vigilância em saúde de fatores de risco de doença arterial coronariana em servidores públicos estaduais de Juiz de fora, Minas Gerais, Brasil. Cad Saúde Pública. 2004; 20(3):761-70.
Costa JSD, Silveira MF, Gazalle FK, Oliveira SS, Hallal PC, Menezes AMB, et al. Consumo abusivo de álcool e fatores associados: estudo de base populacional. Rev Saúde Pública. 2004; 38(2):284-91.
Chaieb JA, Castellarian C. Associação tabagismo-alcoolismo: introdução às grandes dependências humanas. Rev Saúde Pública. 1998; 32(3):246-54.